SOLSTÍCIO DE INVERNO A tradição das cerimônias das - TopicsExpress



          

SOLSTÍCIO DE INVERNO A tradição das cerimônias das estações perde-se na noite dos tempos, e são tão antigas como as montanhas onde eram celebradas no passado. Ao longo de um ciclo anual, o Sol, nosso Astro-Rei, passa aparentemente por quatro portais ou fases, denominada equinócio e solstício, produzindo-se na natureza grandes fluxos e circulações de energia, que influenciam a Terra e todos os seres que a habitam. Estas cerimônias comemorativas tratam de incentivar a sintonia de nossas naturezas internas com a natureza universal. Uma vez estabelecida esta sintonia, grandes transformações poderão se produzir no homem, realizando-se, assim, a Grande Alquimia Universal. As raízes elementares de nossa tradição desenvolveram-se de combates com os elementos da natureza em tentativas de sobrevivência, constituindo-se o fator principal desse processo a Fertilidade. Os fatores considerados fundamentais da Vida eram o Nascimento, o Crescimento e a Morte, e mais um quarto fator, que faz a ligação da morte a um novo nascimento. Desta triplicidade fundamental da vida, obscurecida pelo quarto aspecto, basearam-se todas as religiões e credos filosóficos, tornando-se com o tempo distintas tradições, conforme as interpretações. O Nascimento era visto pelos antigos, como o evento que trazia o homem de um lugar invisível para este mundo visível. Quem o indivíduo era, porque veio e para que estava em nosso meio, isto iria depender do Crescimento. Os antigos conheciam o valor das raças reprodutoras selecionadas, pois observavam isso na natureza e em si próprio. O Crescimento, através do selecionamento, era um fator de vida do qual os antigos se utilizavam, produzindo dessa forma, linhagens de homens fortes e mulheres formosas. A Morte tinha para os antigos um significado maior que apenas uma migração para outro lugar. Baseados no entendimento do quarto fator, os antigos dispunham do corpo deixado para trás conforme o respeito e mérito que o indivíduo tivesse naquela comunidade. Se desejassem seu retorno, trataram do corpo com todo cuidado; caso contrário, o atirariam aos animais ou a um lodaçal, desencorajando outra vinda daquele entre eles. A crença no Quarto Fator de ligação da Morte com a Nascimento, provinha da própria natureza. Os antigos sentiam que existia um Deus-Pai no Céu e uma Deusa-Mãe na Terra. Ouviam o Pai resmungar muitas vezes no céu quando estava de mau humor. Então Sua sombra deitava-se sobre a Mãe-Terra num grande abraço. De repente, Seu terrível “Phallus de Fogo” penetrava na Terra e se ouvia Seu grito de triunfo sobre Ela, com forte paixão. Ouvia-se, às vezes, os estrondos Dela em resposta a Céu, em suspiros de satisfação. Da repetição deste ato, densa corrente de divino sêmen desciam sobre a Terra, fertilizando todo o seu expectativo e desejoso útero. Quando ele se aquietava, exausto, voltava às suas nuvens, sorrindo para o Sol, enquanto a Terra deitava-se embebida e afogada de amor. Sua prole chegaria mais tarde, da qual comeria o homem, assim como a Terra come seu corpo quando a vida dele se retira. Estes ciclos repetiam-se constantemente, com nascimentos, crescimentos, mortes e novos nascimentos na natureza, e a eles o homem também estava atado. Afinal, a vida provinha dos Deuses e a Eles voltaria após seu ciclo no mundo. Estamos comemorando O Solstício de Inverno O Sol, o Astro-Rei de nosso sistema planetário, em seu movimento aparente ao redor de nossa Terra, desponta no oriente em lugares diferentes a cada época do ano. Isto se deve à inclinação do eixo imaginário de nosso planeta em relação a seu plano de translação. Devido a esta inclinação é que a Terra possui as quatro estações. Assim, durante o ano, o Sol em sua trajetória, chega a uma máxima posição Norte afastando-se do Equador para depois caminhar até a máxima posição Sul e retornar a seguir para Norte, num infinito bailado. Nossos ancestrais mantinham o maior interesse no conhecimento preciso das épocas em que estas mudanças ocorriam, demarcando os ciclos em que a natureza evolui, contribuindo com seu progresso e rogando aos deuses proteção e fecundidade. Para marcarem as posições máximas alcançadas pelo Sol, construíram dois pilares de pedra, cujas ruínas intrigam até hoje, as mentes aguçadas. Esses pilares representam, em síntese, as linhas imaginárias dos Trópicos. Os pilares nos pórticos dos templos, como as colunas “J” e “B” de nossos Templos maçônicos, são reminiscências dos pilares de pedra da antiguidade, erigidos para demarcarem os limites do campo dos nascimentos helíacos. Como nos ensinam nossas instruções maçônicas, as colunas “J” e “B” são representações dos pontos máximos de afastamento do Sol do Equador, conhecidos como pontos solsticiais. Assim como o Sol atinge limite máximo ao Norte, tocando a linha imaginária do Trópico de Câncer, ocorre no hemisfério Sul o Solstício de Inverno. O termo “solstício” se deve ao fator de que o Sol, no seu afastamento máximo do Equador, parece nesse ponto estacionar, para em seguida, retornar sua caminhada em direção ao Equador. Desde tempos imemoráveis, nossos antepassados festejavam os solstícios. Nos mistérios egípcios, o Sol era simbolizado por Osíris, como o Espírito do Universo e Governador das Estrelas. Os egípcios cultuavam o Sol como sua Divindade e o representavam sob várias formas, de acordo com suas fases, ou seja: a infância, no Solstício de Inverno; a adolescência, no Equinócio de Primavera; a maturidade, no Solstício de Verão e a velhice, no Equinócio de Outono. Os romanos celebravam as festas solsticiais em honra ao Deus Janus, o deus de dupla face. Que esta estação seja celebrada com o símbolo do bom vinho, semelhante ao da própria vida, extraído de nós pela experiência primeira e então amadurecida com o tempo, para tornar-se melhor do que quando nasceu. Tomemos o primeiro gole, Nada como um correto envelhecimento para que se torne o vinho valioso, assim como nossa alma só será salva quando estivermos suficientemente amadurecidos e aptos a apreciar o sabor da Verdade. Tomemos o segundo gole. Que o espírito do vinho nunca seja tão forte que exagere seu benefício, mas somente sirva para estimular nossa busca ao Espírito. Tomemos o terceiro e último gole. Consideremos estes pães com os quais o solstício é relembrado. Que estes pães nos lembrem que nossas melhores qualidades pessoais na vida são deixadas aqui na Terra, enquanto que nossa essência passa a viver nos céus. Tomemos dele o primeiro pedaço. Abençoadas sejam as formas do sangue e da carne que colocamos juntos dentro de nós. Recolhamo-nos em nossos pensamentos, enquanto terminamos nossa degustação. Sentemo-nos. Para finalizarmos nossa comemoração ajudem-me a invocar o auxilio do G.´.A.´.D.´.U.´. nesta solene ocasião, a fim de rogarmos a devida proteção. Louvado seja G.´.A.´.D.´.U.´., Senhor da Suprema Luz, Doador do Fogo Espiritual do Amor. Rogamos a ti, JOÃO, o maior entre os homens e menor entre os deuses, assim como fostes o Anunciador dos Novos Tempos em teu ciclo; faz de nós teus afilhados, os Anunciadores de novos tempos para Espírito e a realização do verdadeiro Evangelho que cada maçom possa ser de ti um pequeno símbolo, a fim de espalharmos pela Terra a Fé, a Esperança e o Amor.
Posted on: Sun, 23 Jun 2013 01:01:35 +0000

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