SONETO Nº94 O RAPAZ RICO E VIRGEM Magro de corpo e tímido no - TopicsExpress



          

SONETO Nº94 O RAPAZ RICO E VIRGEM Magro de corpo e tímido no intento, Lá foi às putas todo receoso, E ao lá chegar o moço carinhoso, Vê tal donzela esbelta no momento. Em ambiente de muito movimento. Senta-se a ver as putas, de mucoso Nariz, assim horrendo e malcheiroso, Que só devia estar melhor ao vento! A tal donzela vai à beira dele, E assim manhosa tenta seduzi-lo, Passando a mão no pau de tenra pele. Ela assim, sem pudor, foi conduzi-lo Ao quarto, e em tal engenho o tal rapaz, Deu dez fodas e não ficou em paz... Angelo Augusto SONETO Nº95 NOS CORNOS AGRESTES DA VIL DESGRAÇA Na vida que espero a divina graça, Que sempre ilumina a difícil vida, Que faço em maior e em gentil ferida Nos cornos agrestes da vil desgraça. Ardente pensar que o destino traça Nas horas vazias de dura sida, Desfaz pensamento que houver medida Dum tempo que mata a fatal carcaça. De gênio cruel em pudor ligeiro, Negrura nos olhos de tais famintos Lugares de merda em gentil dinheiro, Que junta ladrões dos demais instintos Latentes da fúria que emana inteiro E louco viver de cerveja e absinto. SONETO Nº96 MOMENTO LOUCO No louco amor de meu desejo intento De paixão, que a musa deste pejo Comprime na ternura de seu beijo Doce, e de meu contente sentimento. Minha obscena vontade em pensamento, Em querer ver o fogo que flamejo, Lá no lugar que mais assim almejo Um prazer demorado que lhe assento. Dentre o maior gemido de verdade, Sem pudor em tesão perdidamente Voraz, e solto em corpo seu me invade... Oh, que momento louco e docemente Saboreado na vida em lealdade, Que assim me satisfaz tão plenamente... Angelo Augusto SONETO Nº97 SACRIFÍCIO Deste tão duro amor, de sacrifício Desmedido de pura lealdade A que assim me sujeito na verdade; Por maior mal do custo e benefício! No enorme ardor de grande meu suplício; Do suplicado amor que sinto, invade Meu coração de forte intensidade A ver do desgraçado meu ofício!... Minha dura paixão de sofrimento Agreste, a que me vejo condenado Em lágrimas do pranto em meu tormento. Negro tempo sofrido e amargurado, Que me sinto na forca do lamento, Vertido no meu sangue derramado. Angelo Augusto SONETO Nº98 NO INTENTO QUE ME VEJO SEM VERGONHA Eu sou louco nos versos de esperança; Que esperançado seja eternamente E que já me bastava amor doente, Da doença da minha segurança. Do mal que assim me cai em aliança, Que aliançado meu corpo tão dormente, Do grande sentimento, que somente Já chegava de agreste cor de lança. Minha alma vagabunda em horizonte; Contrasta na vontade tão medonha, De me encontrar no amor assim de fronte. No intento que me vejo sem vergonha; De lutar por gentil paixão de fonte Límpida, que o maior amor exponha... AUTOR: Angelo Augusto SONETO Nº99 (Soneto inglês) O TEMPO DO AMOR DA MINHA VIDA O vento sopra pela minha boca Um ar de duro e insano tempo feito De leve dor, que está na minha troca De som gentil de amor assim desfeito. Nas águas surgem golpes desta cura Latente, forte e densa sempre aquém Dos males tantos meus, que tenho dura; Paixão, que já se vai bem mais além... Eu vejo a doce flor de ramo verde, Que minha voz anseia assim demais, Momento outrora amor, que nunca perde Desejo dentro em mim dos seus sinais. Oh, tempo traz-me amor que me levaste, Sem plena dor que amor assim deixaste!... Autor: Angelo Augusto SONETO Nº100 MINHA FLOR DO GENTIL DESPREZO HONESTO Minha flor do gentil desprezo honesto; Vais sedenta de enorme sentimento, Não te esqueças do amor assim de resto, Da certeza em meu doce pensamento... Nesta vida que tento ser-te presto, Pela verdade ardente em meu intento, Vês em mim um maior singelo gesto No desejo em curar o teu lamento. Olha em mim com teus olhos mesmo belos, Que vês o quanto amor eu te mereço, Com medo de não mais voltar a vê-los. Penso que assim é justo o meu apreço, Do quão nos anos meus de grandes gelos, Pago-te amor de tão divino preço. AUTOR: ANGELO AUGUSTO SONETO Nº101 POVO TRABALHADOR Ó povo que trabalhas arduamente, Em prol de assim ganhares tua vida, Não te esqueças da pátria da tal gente, Que és filho da esperança não perdida... No teu enorme sonho sem medida, Nasce a fé de alma, corpo, sangue e mente, Nesta tua ambição, mais comedida; Solta-se essa verdade eternamente... Povo trabalhador, nação aceite; Onde nas oliveiras tens o fruto Do teu suor, que luz em bom azeite. Transformas seu estado puro e bruto, No alimento que o pão jamais rejeite, O alimento do teu saber astuto... AUTOR: ANGELO AUGUSTO SONETO Nº102 CAMÕES, DANTE E HOMERO E AS EPOPEIAS No seu renascentista e inquieto siso, E o classicismo em gênio de Camões, Já Dante mitológico em sermões Do purgatório, inferno e paraíso!... Onde Homero de ardente seu sorriso, Em figuras dos deuses e barões Gregos, dos imortais pagãos sarmões, Desta vasta existência em ter conciso Estado espiritual, dos seus enredos, Que se afiguram nobres em vil morte; Onde se esbatem sobre humanos medos. Ora Camões do peito ilustre em sorte Lusa, e Dante em comédia de bruxedos, Resta Homero de causa em grande porte... Angelo Augusto SONETO Nº103 PARA QUE ASSIM JAMAIS VOLTE A PECAR Homens, ouçam melhor o que eu vos digo, Gritem todos na nossa fantochada, Que assim vemos mulher a ser linchada Por trair o querido nosso amigo!... Essa mulher é mesmo o tal perigo, Triste a ser condenada e desgraçada Pelo tanto pecado amordaçada, Que se esconde no mal do seu abrigo. E vamos enforcá-la numa corda; Para que assim jamais volte a pecar, Não haverá a tal gente que discorda? Meus amigos no tempo que secar, E desta longa história alguém concorda? Olhem bem, eu estava só a brincar... AUTOR: ANGELO AUGUSTO SONETO Nº104 A COBRA, O TIGRE E A ÁGUIA A ver o corpo morto que deixou; De sinal que jamais outrora berre Assim deu nesta vida o grande show, Antes que sobejada cobra R. Tigre já gargalhou demais na pele, Que não adianta ter enorme prece, E como dura cobra, faz-se a L, A rabiar assim, já feito um S!... Da tempestade mórbida que alague-a Do tempo tão perfeito, e que se veste Na pele da matança de tal águia. Que já cheira de morta e louca peste, E a cobra assim fingindo não se vê, Renasce, mas ninguém jamais a V... AUTOR: ANGELO AUGUSTO SONETO Nº105 PARA EU ESTAR PRESENTE ALÉM DA MORTE Para eu estar presente além da morte, Para que o meu amor por ti eterno Seja, assim caminhei em negro inferno, Onde me transformei na luz do norte. E pelo meu destino em grande porte; Que iluminei o mundo meu moderno Entre os versos de solto meu caderno, Aventurei-me em pura e enorme sorte! Agora cruzo o vento em pensamento, Aqueço a tua linda vida em prol Do imenso amor que está no sentimento. Assim eu como estrela em arrebol, Vou estar sempre em cada teu momento, Porque sou tua eterna luz do sol... AUTOR: ANGELO AUGUSTO SONETO Nº106 SAUDADE TÃO LONGE E TÃO PERTO Eu sinto-te bem longe em amor de verdade, Bate-me esta saudade imensa do teu beijo, Cada instante em memória, eu assim mais te vejo, Quão o meu puro amor é feito em lealdade. Longe da minha pátria, eu sinto a liberdade Dentre o maior confuso existir que flamejo, Como fruto pingado em um bem que te almejo Fortuna que não vejo em minha realidade!... Sinto-me assim no amor, que pelos meus lamentos Tortuosos mais percorro em máxima loucura Combater a maior dor dos meus sentimentos. Assim da minha boca em sedenta secura E no país que eu sonho em tantos pensamentos, Saudade que a nação de amor jamais me cura... AUTOR: ANGELO AUGUSTO SONETO Nº107 UM OLHAR O MUNDO Um olhar de mais negro pensamento, Que faz mera esperança, uma mudança; Onde se desfaz forte segurança, A contrastar um grande e vil lamento. Por mórbido sentir o sentimento, Sem compaixão de amor nem aliança Desespera no peso da balança, Onde o pecado sofre o seu tormento. Um olhar o universo assim constante, De o ver além da morte moribunda, Que já chega de o ver morrer bastante. Neste mundo onde o caos maior abunda Encontra-se uma voz de som gritante, Que grita o quanto o mundo mais se afunda! Angelo Augusto SONETO Nº 108 A DEUSA ESPERANÇA PORTUGUESA A batalha entre lusos e os tais mouros; Com Saturno e Plutão, que assim espalham O mal nos lusitanos, mas, encalham Nesta Deusa Esperança em grandes louros, Que conduz estes Deuses pelos couros Da beleza divina, que atrapalham Força dos lusitanos, porém falham; Ajuda da Esperança nos estouros, Que Plutão e saturno tentam ver Na desgraça dos lusos, que se valem Da Esperança, e os consegue então vencer! Esperança diz: - " Calem-se os que falem E atentem contra os lusos!... De um querer Imortal, que jamais estes se calem!" AUTOR: ANGELO AUGUSTO SONETO Nº109 A LINFA (A DEUSA DO PRAZER) No concílio dos deuses circulava A Linfa do prazer, e que fazia Amor com todos deuses que queria, A todos no prazer mais delirava! Assim, ela, dizia que os amava, De amor carnal imenso em fantasia, Com suspiros, gemidos de magia E aos céus os novos deuses encantava. Estes deuses andavam tão contentes, Festejando em amor de que encontraram Nos eternos prazeres da serpente. Eram já velhos deuses, e que amaram A Linfa do prazer perdidamente, De quem tanta ilusão de amor ganharam!... Autor: Angelo Augusto SONETO Nº 110 O TERRÍVEL BACO GREGO DO MAR VERMELHO Cristo e seus homens foram pelo mar Vermelho, onde encontraram o Deus Baco, Que manda a tempestade de tabaco Envolta em vento forte a derramar... Nas correntes de um grande navegar Agreste, e os homens como pau de caco Frágil pedem a Cristo em seu escaco Poder, que os livre deste naufragar!... As nuvens tão cerradas num emprego E intuito de matar a obra de Cristo, Que dos céus desce contra Baco grego. Cristo ordena: - "Que parem chuvas disto, E acalme-se o mar dentre o vento em prego, Que todo o mal jamais será mais visto!..." AUTOR: ANGELO AUGUSTO SONETO Nº111 LUTO SEM TER MEDO Nesta guerra sangrenta que me encontro Contra meus grandes males que sou feito, Não vejo o tempo certo de desfeito Mistério deste norte em desencontro! Na serpente de corno que vai contro Meu pecado diverso em imperfeito Existir, que mais peca de perfeito Sentido que caminha ao meu encontro. Luto sempre sem nunca ter o medo De morrer nesta terra fascinante, A cruzar minha guia em grande enredo. Nos meus versos que sou um assinante Devoto em maior crença do bruxedo, Que enfrento deste modo arrepiante! AUTOR: ANGELO AUGUSTO
Posted on: Sat, 21 Sep 2013 22:06:12 +0000

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