SUJEITOS E ATORES SOCIAIS José Valmir Dantas de - TopicsExpress



          

SUJEITOS E ATORES SOCIAIS José Valmir Dantas de Andrade Demonstrarei um registro de fatos do cotidiano da política brasileira entre os anos 30 do século XX e o início do século XXI e a correlação de forças dentro deste período. O texto carregará esses acontecimentos com uma carga pessoal, mostrando minha visão sobre o período de tempo correspondentes ao processo de formação da política brasileira a partir da Nova República. Como se deram os fatos políticos que demarcaram a política brasileira dos anos trinta do século XX ao inicio do século XXI? Tratarei como os acontecimentos políticos foram influenciando na minha vida e na vida da coletividade. Falarei de um movimento de um Brasil rural a um país urbanizado e a luta dentro da cena política dos atores sociais, na busca por seu reconhecimento enquanto sujeitos sociais. Quais os sujeitos e atores sociais tivemos no Brasil nas últimas décadas entre a segunda metade do século XX e início do século XXI? O cenário que nós vivemos, no Brasil no que se refere aos fatos sociais, políticos e seus sujeitos sociais e atores que se intrincaram nas relações de poder são, a classe operária vinda do interior. Um processo de migração, um país de características rurais se torna urbano de forma vertiginosa. No período histórico citado houve um fluxo migratório muito forte. Lembro-me do meu pai saindo da Bahia para ira para São Paulo, aquilo para mim era muito triste. Eu me sentia órfão de pai vivo, e minha mãe se sentia viúva de marido vivo. A cidade como uma noção de migração, como reflexo da desorganização social; cidades que recebem fluxos imensos de migrantes, sem lhes oferecer estruturas básicas. A cidade aparecia como um espectro despersonalizado e despersonalizante. O homem vindo do interior cantado por Belchior se via estranho e estranhado. No meio do contexto surge o sindicalismo ainda sob o controle do Estado. Sindicalismo tutelado pelo Estado, o processo de formação sindical tutelado por Getulio Vargas, a partir da revolução de 1930. O Estado como doador de direito, burocrático e clientelista. O sindicato surge como um pai assistencialista, também. Mas, de repente surge a ruptura para demonstrar a fragilidade do paternalismo getulista. Vem o golpe de 64. O gople de 64 dá início a rupturas. A partir deste golpe, há a revelação dos abismos, a desilusão provoca rupturas. Com isso, há a necessidade de revisão e análise das fraquezas do pacto populista. O sindicato emerge como espaço político e ideológico, emerge uma classe em movimento; da subordinação emerge a insubordinação. Os movimentos sindicais de 70 e 80 no ABC paulista é um fato social e político que denota a emergência de novos sujeitos e atores sociais. Há, assim, um caratê social, político e histórico do movimento operário que entra em cena. Assim, os novos sujeitos e atores sociais entram em cena. E hoje, como estou agindo pra para garantir a minha permanência como sujeito social dentro da trama histórica e no local onde estou? O que estou fazendo enquanto ator social? Sou cofundador de uma associação de professores de Manaus. A ASPROM (Associação de Luta dos Professores de Manaus). Esta associação tem por objetivo ocupar o espaço deixado pelo SINTEAM (Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Amazonas). Este deixou os trabalhadores acéfalos, foi cedido para prestar serviços aos governos. A ASPROM pretende fazer um estudo das lutas dos trabalhadores brasileiros, com um recorte específico dos trabalhadores e trabalhadoras em educação de Estado do Amazonas buscando conquistar seus direitos, não só no âmbito de suas profissões, mas também como cidadãos e sujeitos políticos do Brasil, que buscam dentro de uma nova morfologia do trabalho mostrar que o trabalho na educação ainda é, no inicio do século XXI, uma questão vital de construção do ser social, apesar da sua realidade, hoje, dentro do projeto neoliberal, em que precariza a vida do trabalhador – no caso dos professores os contratos PSS. Para isso, precisamos fazer um estudo em nível de toda a relação entre capital e trabalho em caráter estrutural e paradigmático, visando rupturas e propondo a construção de novos paradigmas. Precisamos tratar o trabalho e o trabalhador com substância social relevantes. Quero ser dirigente, não ser dirigido. Cansei de ser conduzido, quero conduzir-me. Recalcitrei, quero carregar o peso da minha cabeça, de todo o tempo vivido.
Posted on: Sat, 31 Aug 2013 23:46:44 +0000

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