Sala de espera é algo bem interessante, às vezes nos leva à impaciência, à intolerância ou ao tédio... O certo é que exercitamos nossos limites quando estamos a esperar. Eu, particularmente, tento tirar bom proveito das intermináveis esperas das salas de espera. É interessante observar o entra e sai de pessoas, pessoas tão diversas e com histórias e mais histórias, basta querer ouvi-las. É um bom lugar para fazermos uma retrospectiva, as revistas que lá estão nos convidam a isso. Também é um bom lugar para colocar o sono em dia ou mesmo fazer a “siesta” (sesta). Hoje descobri que uma sala de espera pode nos levar a filosofar – folheando uma revista Caras (ai, ai...), deparei-me com um artigo que trazia as seguintes frases: “Nós somos, na maior parte do tempo, uns sem-idade.” (Milan Kundera) “Qual seria a sua idade se você não soubesse quantos anos tem.” (Confúcio) Essas frases me fizeram parar e refletir e passei a me entender mais ainda, agora tenho a plena convicção que sou uma “sem-idade” e totalmente “confuciana” (termo particular), isso não tem nada haver com minha idade cronológica, que não escondo de ninguém, mas minha idade de alma. Léia Vaz de Mello (texto rascunhado na sala de espera, 04/11/2013)
Posted on: Mon, 04 Nov 2013 23:27:14 +0000
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