Saldo devedor de contratos nos tempos da inflação Já pode estar - TopicsExpress



          

Saldo devedor de contratos nos tempos da inflação Já pode estar quitado ►Em 1989, o comerciário Eduardo Rapparini, de 59 anos, comprou um imóvel na Ilha do Governador. Ele pagou as prestações, religiosamente, durante 12 anos. Entretanto, começou a perceber que o saldo devedor não parava de aumentar. — (O saldo) Era maior do que o valor do apartamento e muito maior que o (saldo) inicial — relembra. Muitos contratos imobiliários firmados entre 1988 e 1997, que estão vencendo atualmente, podem apresentar o problema. Na época, havia dois indexadores diferentes: um para a parcela e outro para o saldo devedor. O primeiro, era baseado no reajuste da categoria profissional. O segundo, na inflação, que subia absurdamente e impedia que o contrato fosse quitado: Era o que chamamos de contrato impagável — afirma Eliel Jacintho, diretor jurídico da Associação dos Mutuários do Rio (AmuRio). Octavio de Lazari Junior, presidente da Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip), explica o descompasso que havia entre as correções de parcelas e saldo:— A categoria corrigia 5%, e a inflação era de 20%. Tinha um valor que ia se acumulando, durante os anos. A pessoa estava submetida ao cenário da época. Era cruel, mas estava dentro do contrato, afirma Renato Silva dos Santos, gerente regional de Construção Civil da Caixa Econômica Federal. O que se constatou, no caso de Rapparini e em muitos outros, era que o financiamento já havia sido quitado, mas a pessoa continuava pagando, para tentar quitar o saldo residual.
Posted on: Sun, 25 Aug 2013 23:31:35 +0000

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