Salvador Dalí apresentava problemas de coerência que dificilmente ele conseguia explicar (tentou algumas vezes). Desde seus trabalhos iniciais com forte influência de Miró e Picasso, depois de se unir ao grupo francês surrealista de Montparnasse, seu modo de ser no mundo acentuou os caracteres: apoiou Franco, mas em sua autobiografia de diz um anarquista, um comunista. Causou muitos problemas em New York a seu amigo Luis Buñuel ao denunciá-lo como comunista e ateu. Dalí, com seu mosaico existencial, após a II Guerra Mundial se aproximou do catolicismo. Muitos relatos existem sobre isso. A pintura serviu de expressão para um além-mundo de Dalí neste mundo? Daqui ele olhava horizontes que somente existem pelas pinturas que surgem por meio dele; e de lá ele retorna ao mundo com as colagens dos paradoxos realizados? Será que é mesmo assim? Se for, talvez ele tenha conseguido uma brecha por onde transitar entre o mundo que chamamos de real, um outro mundo imagético (dentro deste mundo), uma ponte de conexão. Lúcio Packter Obs.: prezados leitores do site e ouvintes do programa de rádio, pedimos para endereçarem cartas e observações para o email [email protected] . Nosso objetivo aqui no Facebook é o de ilustrar diariamente o programa de rádio que vai ao ar aos sábados, 20h00. O fórum aqui é exemplificativo. Agradecemos.
Posted on: Thu, 25 Jul 2013 21:01:11 +0000
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