Saravá os fiosinho do nego! Nego tá feliz de pudê usá tecnologia pra falar um cadinho com os fio!Afinal a tecnologia e a ciência tem se desenvolvido tanto nos últimos tempos né? Nego só lamenta que a condição moral dos fios num acompanhe essa evolução toda, e eles continue valorizando mais o ouro de tolo que os tesouros verdadeiros da alma. Pra esse nêgo, todo ouro ou tesouro material, é de tolo, uma vez que os fio continue se perdendo e se matando mutuamente pra amontoar porcarias que pertencem a terra e pra terra sempre retornaram, e perdem precioso tempo na aquisição de valores reais do espírito, e esses sim, vão acompanhar os fios onde quer que eles forem. Nêgo num qué julgar os fios, porque num cabe isso ao nêgo, mais como irmão mais velho dos fio, nêgo pode aconselhar. Nêgo se lembra de ouvir uma velha canção que dizia que não somos nada além de tijolos no muro, e a verdade nesse refrão, nêgo pode agarantir que somos todos tijolos na obra do grande construtor do universo, mais nêgo num acha que todos os tijolos são iguais e nem tem que ser, pois que cada qual guarda algo de especial que só a sabedoria divina podia ter colocado no barro que compõe cada um. Portanto meus fio, nessa mania que cês tem de querer fazer do próximo sua imagem e semelhança com o pouco saber que ainda possuem é um erro. Pai maior sabia que ia precisar de tijolos de variados tamanhos, cores e qualidades pra compor a obra dele, por isso deu a liberdade de cada um mostrar sua individualidade, uma vez que ele deseja construir um mosaico colorido e formoso, e não um muro cinzento e feio como muitos que tentam derrubar a obra pretendem construir. Pai maior conhece as qualidades e a importância de cada tijolo, e tenta unir a todos com a argamassa do amor, pra que aja coesão sem fusão, e pra que aja distinção dos tijolos sem separação, sem segregação e sem exclusão de tijolo pobre, feio, preto, branco, amarelo ou vermelho. Cada qual tem função definida no todo, por isso não precisa ser igual. Os fios agora precisam aprender com o grande arquiteto, a ordem e a simplicidade da criação, e o equilíbrio que mantém toda a construção de pé, e a harmonia da força empregada, pra que os tijolos por meras tolices, não se entrechoquem, provocando assim o caos e a destruição desnecessários, frutos do velho egoísmo do qual muitos fios bisonhos ainda não conseguiram se libertar. E cada fio mais equilibrado e consciente, precisa servir de apoio pros fio mais fraco, e não escravizá ou maltratá como o nêgo vê tanto por aí. Precisam aprender a ser serventes valorosos do grande pedreiro, pra um dia também se tornarem construtores da beleza real. E quando o nêgo fala em equilíbrio, num fala desse equilíbrio de quem anda sobre o muro, nêgo fala do equilíbrio das duas forças universais já tão conhecidas dos fios, o negativo e o positivo, que nada tem a ver com bem e mal, pois que se ainda num aclareô na cabeça dos fios, só há um caminho, o resto meus fio, é desvio construídos por mentes adoentadas, mais que um dia irão se curar com o único remédio capaz de sanar as moléstias do ser, o remédio do amor! As duas forças que compõe a dimensão dos fio, já são o exemplo do equilíbrio a que deve chegar o ser humano. Ao invés de dizer positivo e negativo, nêgo poderia dizer respiração e expiração, repele e coagula ou atração e repulsão. E de acordo com a vontade dos fio, de despertar equilibradamente pra realidade, é que será formada a aparência do muro. Os fios querem ver um mosaico de rara beleza e requintes artísticos, ou as figuras amorfas de uma descuidada pichação? Nêgo num veio trazer peixe pra ninguém, veio só indicá o caminho do rio, como ensinou nosso Senhor, muito antes do nêgo. Mais como ainda tem muitos fios perdidos nas trilhas dessa mata chamada vida, esse e muitos outros nêgos ainda vão continuar aí pelo caminho, pra servir de auxílio aos fios que se perdem dentro de si mesmos, sem saber que é aí mesmo que está o caminho!
Posted on: Sun, 18 Aug 2013 20:15:01 +0000