Se há coisa que gosto pouco nas relações humanas é a existência de preconceitos, entendidos no mau sentido do termo. Geralmente os preconceitos são entendidos de uma forma negativa, tratando-se de ideias, muitas vezes infundadas e com um sentimento latente de rejeição sobre algum aspecto da vida, alguma pessoa ou povo. É um sentimento de aversão sobretudo ao que é diferente, e por consequência considerado estranho. Seja qual for o preconceito, muitas vezes surge ou por más experiências vividas na primeira pessoa, ou por observação de más experiências de outras pessoas. Ou ainda pelo conhecimento (um conhecimento muitas vezes pela rama e generalizado) de certos traços caracterizadores daquilo que leva ao preconceito. Existem vários preconceitos que me causam repulsa. Uma ideia que muitas vezes se torna mesmo um preconceito que me deixa quase os cabelos em pé é a associação, um bocado disparatada, do que é considerado totalmente masculino e feminino. Detesto debater-me com ideias machistas ou feministas ligadas, por exemplo, à prática de certo tipo de atividades. Acho que não fazem qualquer sentido numa sociedade que se quer, cada vez mais, com igualdade de direitos. Qual é o mal de o ballet ou a patinagem serem praticados por homens, por exemplo? E por que razão as mulheres não podem ser boas eletricistas ou canalizadoras? Eu compreendo que existem imensas atividades praticadas maioritariamente por mulheres e outras tantas praticadas maioritariamente por homens. Mas isso não invalida que as minorias que possam existir não sejam dignas dessa mesma prática! Cada um tem os seus gostos próprios, e se esses gostos contrastarem o gosto da maioria, não há qualquer motivo para ser recriminado. Fico sempre irritado quando ouço coisas do tipo: Que mariquinhas, pareces uma menina a chorar!, Cor-de-rosa? Isso é para as mulheres! ou Que horror, isso é coisa de meninas, não podias praticar outra coisa? Não vejo razão de ser que justifique este tipo de preconceitos nas pessoas. Acho que cada um é livre de ter a sua própria identidade, ter os seus próprios gostos, escolher o seu caminho para a vida e ter o apoio daqueles que mais gosta. Somos livres de não concordar com as escolhas dos outros, mas acho que temos a obrigação de, no mínimo, respeitá-las.
Posted on: Mon, 30 Sep 2013 19:45:36 +0000
Trending Topics
Recently Viewed Topics
© 2015