Se levarmos a sério discursos de alguns analistas, o país estaria à beira de uma hecatombe. A inflação estaria perigosamente descontrolada, a atividade econômica, no caminho inevitável da recessão; as contas públicas totalmente desarrumadas; as contas externas no rumo do default, a corrupção em ritmo desenfreado. Só pessoas impregnadas de pessimismo doentio ou mal intencionadas podem considerar esses problemas como insuperáveis. Vamos aos dados atuais de nossa realidade: a inflação chegou perto e até ultrapassou o teto da meta em recente momento. Hoje, segundo dado do IPCA-15, mostrou que estivemos perto de zero em junho, e com possibilidade de deflação em julho - embora os preços dos serviços, e o efeito do câmbio possam impactar negativamente no segundo semestre - mas nada como o velho dragão da hiperinflação de tempos passados. A atividade econômica segue fraca, principalmente a indústria - prejudicada pela concorrência das importações, mas o país não segue na rota da recessão. Os dados trimestrais do IBC-Br do Banco Central indicam uma aceleração da economia em um crescimento próximo de 4%. Os gastos do governo preocupam porque são pouco direcionados para investimentos, mas o déficit está longe da calamidade pública e encontra-se num patamar inferior a 3% do PIB - o que mereceria uma "condecoração" se estivéssemos na União Européia. O ingresso de investimentos diretos que havia caído voltou a subir e hoje se encontra US$7,17 bilhões. As nossas reservas cambiais tem gorda reserva de US$370 bilhões para qualquer eventualidade. O mundo está em crise desde 2008,há desemprego por toda parte , e neste período o Brasil criou 9,9 milhões de empregos. Quanto a corrupção devemos combatê-la com todas as nossas forças, mas jamais imputando essa excrescência política apenas ao governo de plantão. Jânio Quadros em sua campanha para a presidência nos idos anos 60 tinha um jingle que dizia assim: varre varre vassourinha /varre a bandalheira/ que o povo está cansado de sofrer dessa maneira. Este tema sim, permanece atual e justifica o povo nas ruas. Nem tudo está perdido, sejamos mais otimistas e realistas com os números...que não mentem. PS: adaptação/resumo do texto do empresário Benjamin Steinbruch publicado no jornal Hoje em Dia.
Posted on: Tue, 30 Jul 2013 21:35:30 +0000
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