Sede de si mesmo. Às vezes é bom perder o sentido da vida. - TopicsExpress



          

Sede de si mesmo. Às vezes é bom perder o sentido da vida. Viver de sonhos dos quais o simples fato de dormir se torne um veneno. E a sede de viver se torne insaciável. Queres uma prova da infinidade da vida? Olhe o céu, ele está mais infinito que ontem e menos que amanhã. A Lua foi embora, mas nos deixou o Sol como resposta de que nada é oculto por muito tempo. Até mesmo a escuridão absoluta é vencida pela a luz, assim como as lágrimas dão lugar a um sorriso, tristeza dá lugar a alegria. E toda tristeza que me restou dessa ultima madrugada é pura ironia. Somos todos uma casca vazia que com o decorrer da vida aprendemos a fingir o que sentimos, todo alegre se finge de triste, e todo triste se finge de alegre. Eu quereria morrer por alguns dias, e de lá do céu ficar em silêncio, observando, sentado em uma estrela qualquer vendo o mundo girar. Tudo o que eu quero é me libertar, não só de coisas materiais, mas de mim mesmo, quero ir além das respostas, quero uma certeza absoluta. Quero enxergar além do que o Sol possa iluminar. Toda certeza absoluta é uma ilusão, nós sempre podemos ir além. Quero saber o motivo da minha existência, quero saber o porque de tanto sofrimento global, quero respostas para tudo que não seja explicável, quero ir além do além, quero desvendar os mistérios da vida e estar vivo para poder vivê-los. Meus pés cansados já não agüentam mais caminhar, eu quero asas. Amar alguém é como se tornar adepto de uma nova religião, nós construímos planos, depositamos confiança, enxergamos um futuro que ultrapassa as fronteiras da imaginação. E os milagres só são concedidos quando a nossa fé na relação chega ao ponto ápice, dois tolos apaixonados, que por uma aventura se dão as mãos e saem para uma jornada em busca da felicidade. Sem se importar com o que vier depois, desde que o presente esteja sempre construindo um futuro. Para se preparar para o futuro é preciso destruir o passado, pois faremos castelos dos escombros. Todo mundo tem em si o bem e o mal. Sorte e azar, tristeza e alegria, amor e ódio. Mas preste atenção, é preciso cautela ao suprir de qualquer de sentimento. Quem muito abusa da sorte acaba acumulando uma grande quantidade de azar, e conseqüentemente perderá tudo o que conquistou, pois o azar que lhe foi acumulado é maior do que a sorte que foi designada. Quem muito abusa da tristeza se esquece de que um dia foi ou pode ser feliz, pois a tristeza acumulada é maior do que a felicidade que de tão contida lhe foi arrancada. Quem muito abusa do amor, se esquece de acumular ódio, e conseqüentemente se torna um ser frágil, pois qualquer palavra que lhe for dirigida indevidamente o deixa afogado no ódio que até então tinha sido esquecido. De todos os sentimentos o mais fácil de ser usado é o amor, pois amor não se pede, amor se ganha. Amor não se vende, amor é roubado. Amor não renasce, se desperta. Amor não se acumula, amor se fortalece, e nos dá a impressão de termos o acumulado. Misture duas xícaras de bondade e maldade, adicione duas colheres de sorte e azar, tempere tua alma com uma pitada de tristeza e refogue na alegria, leve-a para o mais profundo abismo dos teus pensamentos e a aqueça com todo o calor que um amor pode nos oferecer. E por fim, prove de tua própria criação, ame a si mesma, se estiver no ponto, se dê para alguém que esteja faminto de amor. Autor: Anderson Beowulf.
Posted on: Thu, 27 Jun 2013 02:50:58 +0000

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