Sem medo No outro dia renasci-me. Saí do útero de Deus - TopicsExpress



          

Sem medo No outro dia renasci-me. Saí do útero de Deus escalpelizando verdades de sangue ungido, num sofrer vivido pelas agruras de tamanha libertação. Ali, nesse hiato esquecido do tempo da dor alheia, andei em busca da lógica capaz de reflectir o lado correcto da razão. Um fiel sentido gritado pela realidade de sermos escravos da nossa matriz. Um renascer assim deixa marcas, suturas tatuadas pelas iniciais que nos deram a vida. No pormenor de um todo em redor de nós, relativizamos os nossos males no imenso contexto da injustiça colectiva. Alargarmos o registo muito para lá do quintal onde vivemos, percebemos quanto nada somos, meras pegadas esbatidas de um deserto repleto de outros caminhos, onde a sua grandeza nos esmaga por inteiro. É nos cruzamentos invisíveis do percurso entoado por uma multidão incapaz de nos olhar, indiferente a tomar o pulso às mágoas que não lhes pertencem. Quanto viajamos na pequenez onde nos abrigamos a medo, valorizamos os outros, esquece-mo-nos de nós. E, nesse instante, voltamos à vida, por mérito de simples razões. Aceitamos, no preto e branco, as cores deste novo ser que somos. Na capacidade de abraçar o falhanço, vive o mapa do caminho certo
Posted on: Tue, 09 Jul 2013 05:44:44 +0000

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