Sempre fui de controlar, organizar, de antecipar as coisas, e em - TopicsExpress



          

Sempre fui de controlar, organizar, de antecipar as coisas, e em muitas vezes, não escutei o som dos lugares, das coisas. A vida nos empurra para este ritmo frenético que nos amortece, nos deixa surdos, mudos, cegos para o que nos passa. Mas com um filho, isso tudo muda muito. Luiz Felipe, me faz sentir que eu sou a vida, que sou do tamanho das transformações da vida. Eu percebo que não tenho todas as respostas, quero certas coisas, mas não sei de nada, vivo a dúvida, desejo sempre o novo e me apaixono por qualquer pequeno acontecimento. Essa falta de controle sobre a vida é apaixonante. É grandioso e transformador. Filosofei agora. Mas estou, mais uma vez, tentando falar desse amor que sentimos por um filho. É uma das experiências mais emocionantes e sensacionais da vida, é o nascimento de um amor. Um amor que nasce aberto para a construção diária, presente em cada pensamento. Estou aprendendo a amar. Amar uma criaturinha linda que cresce a cada dia. Estou amado também ser mãe. Estou amado as coisas cotidianas, o mundo, os gestos das pessoas, as coisas da vida. Me sinto muito diferente do que eu era. Mais inteira, mais completa. A maternidade melhora muitas pessoas. Sempre vejo mulheres que são mães e se tornaram mais simpáticas, mais abertas, mais queridas. E acredito que melhorei muito também, me sinto mais feliz, por isso, tento passar está felicidade em tudo que eu faço. No início, isso tudo é muito estranho. Vai mudando na gestação já, percebia quando pessoas desconhecidas sorriam para mim, quando me viam com aquele barrigão. Hoje, mulheres puxam papo no salão, na fila do supermercado, no banco. Os vizinhos pergunto do Luiz Felipe. Converso mais com as mães das minhas amigas, do que com elas, porque elas me entendem como mãe, pois já são mães. Parece que o Luiz Felipe, equivale a uma carteirinha de sócio de um clube super. exclusivo universal: o clube dos pais e das mães. É uma nova oportunidade para fazer novos amigos. Minha vida e do Rodrigo, gira em torno do nosso príncipe, que nem fala direito ainda imagina quando ele falar. O tema das nossas conversas é sempre sobre ele. Por isso, acabamos nos aproximando de pessoas que tem filhos ou estão planejando ter um. Outro sinal, que a gente entrou para este clube, é quando eu me apresento como "a mãe do Luiz Felipe". Foi tão engraçado a primeira vez que falei isso. Liguei para pediatra dele e tive o seguinte diálogo com a secretária: - Oi! Tudo bem? É a Larissa, quero confirmar o dia e horário da consulta do meu filho. - Oi! Tudo e você? É a Larissa, "mãe do Luiz Felipe"? Eu respondi com uma voz de tacho, pensando, sou a mãe do Luiz Felipe será?! Rs.. -Sim, Larissa "mãe do Luiz Felipe" sim... Eu parecia não acreditar naquela frase, na forma que eu falei. Foi muito estranho. Agora estou acostumada já. Solto de cara: "Sou a mãe do Luiz Felipe Gomes". Acho até que mudei de sobrenome. As pessoas falam: "Aquela é a Larissa Mãe do Luiz Felipe, rs. E cada dia que passa me amo mais ser mãe, e também amo cada vez mais o Luiz Felipe. Amo, cada dia mais, o Rodrigo, também. Não sei explicar, tenho uma admiração maior por ele. Estou conhecendo o lado pai dele, que eu não conhecia. E ele se sai muito bem neste papel. Ele também mudou bastante, e ele deve saber e sentir esta diferença. Muitas pessoas pensam que filho segura casamento, mas eu já penso totalmente o contrário. Junto com um filho vêm alguns probleminhas: financeiros, psicológicos ou emocionais. O marido acaba ficando em segundo plano e sei de alguns que até acabaram disputando lugar com o bebê. Sei por que, antes fazia janta para o Rodrigo, arrumava as roupas dele, acordava mais cedo para tomar café com ele, íamos deitar juntos. Tudo era para ele. E com o Luiz felipe, esqueci de tudo isso. Estes dias ele me cobrou. E olha, se não houver muito amor, respeito, compreensão e admiração mútua, o filho ao invés de unir, pode separar um casal. Tem também as mulheres que deixam de se cuidar, deixam de ser atraentes. Por exemplo, hoje, não tenho tempo para uma chuveirada demorada, com direito a música, com sessão de cuidados para pele. Olha isso era sagrado para mim, cuidados com a pele do corpo, do rosto, maquiagem completa. Mas nosso príncipe, me toma muito tempo. E tem também as mudanças corporais, que veem junto com um bebê, que pegam muitas mulheres de surpresa. Quadris mais largos, barriga nada lisinha, pés maiores, seios inchados.Tem ainda o olhar de "panda" e o cabelo que não para de cair. Por isso muitas mulheres esquecem que são mulheres e só se dedicam a função mãe. Nas primeiras semanas com o Luiz Felipe, passava correndo pela frente do espelho. Me sentia horrível. Não queria tirar fotos com as visitas e nem com o recém-nascido. Ainda bem que ele não enxergava direito quando nasceu, se não, ia ver uma mãe horrível. Além de não ter tempo para me arrumar, não tinha a mínima vontade. Aquela barriga "pêra" me incomodava, inchaço nos pés também. Foi uma fase difícil, mas passou. Comecei a emagrecer, a ir ao salão e voltou a vontade de me arrumar. Acho que a fase de "lamber a cria" é necessária e natural. Mas não pode de jeito nenhum, se prolongar. Confesso que nunca fui exageradamente vaidosa. Mas agora tenho minha atividade todos os sábado, faça unha, caminho sempre que posso, me cuido da maneira que da. Estou sempre atualizando minhas maquiagem. Não quero que o Luiz Felipe tenha uma mamãe, que depois que ele nasceu, virou uma "Baraga" né? Voltando a falar sobre o casamento, sou super. a favor do casal, as vezes, sair da rotina. Temos um acordo. Sempre saímos para namorar, nos encontrar com os amigos, nos distrair. E isso nos faz muito bem, E é claro que brigamos também né? Temos nossos estresses. Nem tudo é perfeito, ainda bem.rs. Mas tudo é resolvido, com muita calma e conversa, que bom! As borboletas no estomago sempre permanecem vivas, voando e fazendo cócegas. Acrescentamos sempre em nossa vida a dois, uma boa dose de bom humor, não levamos as coisas tão a sério, como algumas pessoas. Às vezes rimos de nós mesmos, e essas gargalhadas, nos deu um casamento á prova de filho. Fraldas colocadas ao contrário, leite quente demais, banho frio, ou uma papinha "incomível" já fez parte dos nossos dias. E hoje, talvez 30% mais experientes saboreamos um bom vinho a dois em apenas dois goles e comemos aquela boa massa, na panela mesmo, para economizar tempo, antes de nosso príncipe acordar. Nos lembramos felizes, dos dias em que fomos verdadeiros "Debi e Lóides" do mundo dos pais. Bom, gostaria de saber até onde vai a nossa capacidade de amar? Digo, a minha e a do Rodrigo, em relação ao Luiz Felipe. A gente sempre achou que o nosso amo era profundo, mas quando achamos isso, ainda estávamos no raso. Cada dia, o amamos mais e mais. Esses dias perguntei para o Rodrigo, será que este presente é para nós mesmo? Não se enganaram? Nunca imaginamos sermos capazes de cuidar de uma criaturinha tão pequenininha, tão dependente, tão precisada de nós, do nosso amor, do nosso calor. E somos capazes! Para minha surpresa, somos capazes E isso tudo é o que me faz lutar a cada dia, que me faz buscar forças lá no útero da alma, que me faz aprender, decorar, acostumar com coisas novas. Coisas que eu tenho, eu preciso, para cuidar de você meu Anjinho, minha luz, meu amor maior. Será que você não se enganou e escolheu a mamãe e o papai errado? Porque eu te amo tanto que até dói. Amo, como se amanhã o mundo fosse acabar. E se for acabar mesmo e eu não tiver te amado o suficiente? Então eu te amo por hoje, por amanhã e por todo sempre. Só para garantir tá? Rs... Te amamos muito.
Posted on: Sun, 25 Aug 2013 00:52:03 +0000

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