Sera que deviamios ... A América Latina tem uma história mesmo - TopicsExpress



          

Sera que deviamios ... A América Latina tem uma história mesmo muito semelhante. Começa lá na época da colonização – tanto na América hispânica como na portuguesa – foram colônias de exploração. Dos nossos solos de tudo foi sugado e enviado para a Europa. Nossas inúmeras riquezas ajudaram a construir palácios, igrejas, sustentar as suntuosas cortes, financiar guerras. Quantos escravos negros e índios não morreram nesta nossa América por isso? Assim permanecemos por quatro ou mais séculos! Esqueçamos a outra América, que hoje quer utilizar o nome como seu e nos deixar com o sobrenome de Latina – a América do Norte ou se quiserem os Estados Unidos da América. Essa foi colônia de colonização. Aos poucos, cansados da exploração e graças ao enfraquecimento da Espanha e de Portugal, os países latinos foram se tornando independentes, cada um ao seu tempo, mas todos no início do século XIX. O Brasil foi o último a desatrelar-se de seu colonizador e o único a se tornar um Império, o único dos trópicos, mas mesmo assim em 1822. Assim fomos caminhando ao longo do século XIX e XX, com miséria, subdesenvolvimento, ainda exploração e governos populistas. Mudamos apenas de colonizadores. Passou a ser um a mandar e desmandar neste pobre continente: o Tio Sam ou “Uncle Sam”, se preferirem a abreviação, USA ou como eles mesmos se auto-intitulam, América. Então, por volta da década de 60, com a onda esquerdista no mundo e após a revolução comunista em Cuba, a expulsão de Fulgêncio Batista e a tomada do poder por Fidel e seus camaradas, no quintal dos Estados unidos, as ditaduras militares começaram a “pipocar” com a ajuda dos nossos colonizadores norte-americanos, da CIA, inclusive aqui, como todos sabemos. Muitos morreram torturados nessa época e nenhum outro país atreveu-se a seguir o exemplo daquela ilha, que até hoje mantém seu regime anacrônico, sem as verbas da extinta União Soviética, vivendo às mínguas. As ditaduras latinas eram coirmãs, mantinham um sistema de cooperação chamado de “Operação Condor”. A redemocratização também foi mais ou menos na mesma época, no Brasil no início dos anos 80 e os então exilados retornaram pela então Lei da Anistia de 1979. Os militares entregaram o poder por eleição indireta a Tancredo Neves. Um período meio heterogêneo aconteceu, mas em geral todos os países latinos passaram a enfrentar esquecimento do capital mundial, dívidas externas estratosféricas, hiperinflação e empobrecimento ainda maior da população. Até que em 1998, começa novo período de semelhanças: Hugo Chávez foi eleito presidente da Venezuela. Intitulando-se esquerdista, líder da que denominava Revolução Bolivariana, o que ele chamava, o socialismo do século XXI. O coronel Hugo Chávez, através de uma política populista, promoveu um programa de transferência de renda para os mais pobres. Adotou uma atitude externa antiamericanista. Com o uso de seus petrodólares financiou outros países latinos em dificuladade econômica e até, suspeita-se, as FARC. Então, essa Revolução Bolivariana começou a ser adotada em outros dos nossos vizinhos, no Equador, o Presidente Rafael Correa passou a empunhar a bandeira, na Bolívia, Evo Morales e até a Argentina, com Cristina Kirchner. Se apenas tomassem medidas populistas ainda não seria o pior dos piores modelos políticos, mas controlam a oposição, a imprensa, quebram contratos, afastam os investidores internacionais e por consequência sobrevem a inflação e o desemprego. O Brasil parecia imune a esse sistema. Com a eleição do Presidente Lula, a Bolsa família foi instituída e uma politica de transferência de renda aos mais pobres começada. Até aí sem muitos problemas, o Estado deveria prover aos miseráveis as condições mais básicas de sobrevivência, esquecidos por vários outros governos, senão todos, mas as contrapartidas foram poucas ou quase que inexistentes para desmamá-los da “mesada” estatal depois de algum tempo. Por outro lado, o Partido dos Trabalhadores, o PT, observou no eleitorado o que esse programa é capaz de produzir: uma máquina de votos. Ora, aí está configurada, nada mais do que uma plataforma populista e assistencialista de permanência no poder. E é com esses brasileiros que a Presidente Dilma mais se preocupa, a sua base de votos, seus eleitores fiéis, essa massa de manobra. Mas, infelizmente, dessa geração de ex-guerrilheiros ou ex-presos políticos, esperávamos no mínimo algum patriotismo, alguma forma de mudar esse status quo, mas com diz o roqueiro lobão foram os “libertários” e na sua definição libertário é “uma criatura que pegou em armas nos anos 1960 para impor uma ditadura no Brasil, com álibi capenga de lutar contra uma outra ditadura. Qualquer ditadura é injustificável, e esse pessoal, com raríssimas exceções teima em negar esse singelo detalhe. Anseiam de maneira apaixonada que Cuba seja aqui.” Com toda loucura de Lobão, sou capaz de dizer que é muito mais inteligente do que qualquer petista atualmente. Chegando à conclusão de que o que querem é impor uma ditadura aqui, podemos prosseguir. O ex-presidente venezuelano Hugo Chávez, populista de carteirinha, cerceava a atividade da imprensa livre, o que aqui foi esboçado no Governo petista e logo esquecido perante a revolta apresentada pela mídia organizada. Vale ressaltar a ampla guerra entre o Governo argentino e o grupo Clarìn. Nada mais Chavista do que a tentativa de comprar o Congresso, como o que foi tentado no primeiro mandato do Governo Lula, episódio então conhecido por todos nós como mensalão, um projeto petista de se eternizar no poder. Após a prisão recente determinada pelo STF do deputado de Rondônia, Natan Donadon, que desviou milhões de reais dos cofres públicos, hoje corrigidos cerca de 58 milhões. Esperamos em breve ver os mensaleiros com o mesmo destino. Perante ao clamor das ruas, nada mais pôde se comparar também a uma saída digna do ex-presidente venezuelano morto do que a resposta dada pela Presidente Dilma: uma Constituinte exclusiva para realizar a reforma tributária. Logo no dia seguinte, foi descartada perante a revolta do meio jurídico e do Congresso. Uma proposta, digamos de passagem, até inconstitucional. Propôs em seguida o plebiscito e então, até este vem sendo descartado. O Congresso colocou em pauta alguns temas que seriam abordados no plebiscito, esvaziando-o e o governo anda a procura de uma saída honrosa. Questiono-me como seria o plebiscito sobre reforma politica, que nada mais é do que uma consulta ao povo antes da lei ser constituída, perguntando a uma grande parte de nossa população, formada por analfabetos funcionais, sobre questões tão específicas, como se prefeririam o financiamento público de campanha, o particular ou o misto, sobre lista fechada ou lista aberta , voto distrital ou misto. Na realidade, a pergunta que fica é que será que não estamos vivendo mais um período em comum novamente na história da América Latina, o de um novo ciclo populista? Na realidade talvez a resposta seja sim e não. Talvez estejamos vivendo numa “ditadura branca”, por debaixo dos panos, com governos que têm sempre a maioria do Congresso e aprovam o que bem querem e entendem e através da distribuição dos mais variados programas de distribuição de bolsas, garantem uma base de eleitores capaz de mantê-los no poder durante décadas. É só observarmos que no Brasil, vamos completar 12 anos de governo petista e corremos o risco de amargarmos mais quatro, mais quatro e assim vai. Hugo Chávez conseguiu eleger mesmo depois de morto, o desconhecido da população, o ex-maquinista Nicolás Maduro. Para o bem da democracia, é importante uma oposição forte para fiscalizar as ações da situação, como também a alternância no poder. Partidos com verdadeiras ideologias e não siglas de aluguel, que a todo momento mudam de nome e o eleitor não se identifica. Nos nossos vizinhos do norte, os Estados Unidos da América, há os Republicanos e os Democratas, que estão sempre se alternando no poder e quando na oposição fiscalizam a situação. Existe inclusive a possibilidade do cidadão candidatar-se sem partido. A impressa é livre. O povo paga imposto, mas quando compra um produto vê discriminado na nota fiscal qual o valor do produto e o do imposto e é notável que são empregados em prol da sociedade. O que é engraçado, que lá, todos que vêm da América do Sul ou Central são chamados de latinos, como se fosse um povo proveniente de um único país. Muitos lá, pensam que nós brasileiros falamos espanhol, acho até que deveríamos, porque há muito, as semelhanças são notáveis! Ah sim! Existem algumas exceções neste continente: o Chile por exemplo, que também passou por uma ditadura militar entre 1973 a 1990, após a retirada do poder de Salvador Allende, desde a década de 90, apresenta um crescimento anual de cerca de 5% ou mais, diminuindo a pobreza, sem utilizar os métodos populistas típicos do que recorrentemente vemos em outros países latinos como o nosso.
Posted on: Mon, 08 Jul 2013 22:57:02 +0000

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