Seria a superinteligência algo ruim? Especialistas alertam que a - TopicsExpress



          

Seria a superinteligência algo ruim? Especialistas alertam que a busca por mais conhecimento pode levar a maldade e psicose O neurobiólogo teórico Mark Changizi e o filósofo Mark Walker afirmam que estamos obcecados em atingir uma inteligência cada vez maior Mas eles alertam que isso pode levar a comportamentos antissociais e psicóticos Segundo eles, se as pessoas se tornarem extremamente inteligentes, mas não houver o acompanhamento de inteligência moral, podem utilizar seus poderes para o mal Emma Innes A ficção científica há tempos é fascinada pela ideia de criar uma raça de pessoas com uma superinteligência, mas dois especialistas agora defendem que isso está longe de ser uma boa ideia. O neurobiólogo teórico Mark Changizi e o filósofo Mark Walker passaram mais tempo contemplando a questão que a maioria das pessoas. Em uma entrevista para o site io9, a dupla explicou os problemas. Eles acreditam que uma inteligência excessiva poderia ter consequências negativas para a pessoa, causando má-adaptação, comportamento antissocial e até psicose. A ficção científica há tempos é fascinada pela ideia de criar uma raça de pessoas com uma superinteligência (como Spock, do seriado Jornada nas Estrelas), mas dois especialistas agora defendem que isso está longe de ser uma coisa boa Suas descobertas surgem em um momento em que as pessoas estão obcecadas com inteligência, QI e a busca por conhecimento inesgotável. Eles também acreditam que o conceito é complicado, uma vez que a inteligência é difícil de definir, e fatores como moral e empatia podem ser deixados de lado. Walker explica à io9: “Os transhumanistas, quando dizem que a inteligência deve ser aprimorada, quase nunca se referem a algum tipo de inteligência social. Raramente falam de outras formas de inteligência, como uma empatia aprimorada, ou a capacidade de entender o que significa promover o bem estar de outra pessoa”. E acrescenta: “Só porque você tem inteligência no sentido de QI não significa necessariamente que você tem um instrumento universal para te ajudar a conseguir tudo o mais que quiser na vida”. Changizi explica que a questão é como definimos a inteligência, e a partir de então, aonde queremos chegar quando dizemos que queremos criar pessoas com uma inteligência sobrehumana. Ele acredita que as pessoas tendem a pensar na inteligência como algo no qual o cérebro não é particularmente bom; por exemplo, ser capaz de jogar xadrez ou resolver problemas lógicos. E ele segue explicando que as coisas nas quais as pessoas são naturalmente boas, como coisas que vêm instintivamente, não são vistas por nós como parte da nossa inteligência. Eles acreditam que uma inteligência excessiva (como a de Albert Einstein) poderia ter consequências negativas para a pessoa, causando má-adaptação, comportamento antissocial e até psicose Ele disse ao io9 que as pessoas não percebem seus cérebros quando fazem essas coisas, então não tendem a vê-las como parte da inteligência. Walker concorda que as pessoas tendem a ter uma visão simplista demais da inteligência. Segundo ele, as pessoas que tentam transformar a inteligência em uma categoria estreita a estão simplificando demais. Por exemplo, ele percebe que há pessoas que são muito boas em resolver problemas matemáticos, mas são quase incapazes de montar uma sentença. Sua preocupação é se as pessoas ganharem uma inteligência sobrehumana, seria quase impossível aprimorar todas as áreas que podem constituir a inteligência. Ele argumenta que, uma vez que todos valorizam diferentes áreas da inteligência, se todos impulsionassem a área de inteligência que consideram importante, isso poderia gerar resultados ruins. Walker se preocupa, por exemplo, que as pessoas acabem tendo habilidades impressionantes em coisas como matemática, mas não apresentar inteligência emocional ou moral. Isso, acredita ele, poderia resultar em pessoas utilizando seus talentos para o mal. Como resultado, ele acredita que a única maneira de isso funcionar seria aprimorar a inteligência na mesma proporção da autoconsciência e da modéstia. O filósofo também se preocupa com o fato de que, como o cérebro humano não foi criado para ser superinteligente, poderá responder ao estímulo se tornando desajustado ou mesmo psicótico. No entanto, a dupla de especialistas acredita que pode haver soluções. Changizi acredita que a maneira de tornar as pessoas brilhantes é aproveitando os instintos naturais do cérebro. Os especialistas acreditam que a inteligência é difícil de definir inteligência, e fatores como moral e empatia podem ser deixados de lado. Sheldon Cooper, da série de comédia The Big Bang Theori, é conhecido por ser muito inteligente, mas não ter emoções Ele acredita que, no futuro, será mais importante para as pessoas ser capazes de aprimorar esses fatores para nos permitir, por exemplo, navegar por novos lugares, que propriamente aprimorar o tipo de inteligência ligado a coisas como matemática. Por outro lado, Walker acredita que a coisa mais valiosa seria fomentar a capacidade das pessoas de ser felizes. Ele acredita que as pessoas que são felizes são mais bem sucedidas em uma série de áreas, como em seus relacionamentos, seu trabalho e suas vidas sociais. Traduzido por Luis Gustavo Gentil do original do Daily Mail: Is superhuman intelligence a bad idea? Experts warn the quest for greater knowledge could lead to evil and psychosis
Posted on: Sun, 01 Sep 2013 18:28:02 +0000

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