Será que Deus continua falando à Sua Igreja através da - TopicsExpress



          

Será que Deus continua falando à Sua Igreja através da revelação direta? Será que o ofício de profeta continua operante no corpo de Cristo hoje em dia? Os carismáticos ensinam que nós continuamos recebendo revelação direta de Deus. Muitos carismáticos se sentem desconfortáveis diante da idéia de que a profecia moderna está em pé de igualdade com às Escrituras. Por isso eles desenvolvem a noção de que a profecia neotestamentária é, de algum modo, uma profecia inferior. A fim de respondermos apropriadamente a essas questões nós precisamos responder a seguinte pergunta: "O que é profecia?" Para refutarmos a concepção popular carismática de que a profecia do Novo Testamento é de alguma forma inferior às demais Escrituras nós precisamos examinar a descontinuidade que existe entre o profeta do Antigo e do Novo Testamento. A passagem que estabelece o padrão divino que define o ofício de profeta é Dt 18. Notem que o profeta fala as próprias palavras de Deus, seja o que for que o Senhor lhe tenha ordenado dizer. “Porém o profeta que presumir de falar alguma palavra em meu nome, que eu lhe não mandei falar, ou que falar em nome de outros deuses, esse profeta será morto. Se disseres no teu coração: Como conhecerei a palavra que o Senhor não falou? Sabe que, quando esse profeta falar em nome do Senhor, e a palavra dele se não cumprir, nem sucedeu, como profetizou, esta é a palavra que o Senhor não disse; não tenhas temor dele ". (Dt 18:20-22). Há dois métodos para se reconhecer um verdadeiro profeta. Primeiro, o profeta deve falar em nome do verdadeiro Deus - ou seja, o profeta deve ter uma teologia correta. Segundo , seja o que for que o profeta profetize, deve acontecer 100% de exatidão - qualquer coisa menos que isso requeria a morte por apedrejamento. Se alguém alega ter o dom da profecia, mas nunca faz uma profecia específica, através da qual esse profeta pode ser objetivamente testado, não temos absolutamente nenhuma razão para acreditarmos ou temermos esse auto-intitulado "profeta". O que concedia uma autoridade única e uma legitimidade objetiva aos profetas do Antigo Testamento era o fato de que o que eles diziam verdadeiramente acontecia. Sem o elemento específico da predição, os profetas teriam sido nada além de mestres da lei. Esse teste do verdadeiro profeta também se aplica aos profetas do Novo Testamento, pois, definitivamente, existe uma continuidade entre o profeta do Antigo e do Novo Testamento. Após o derramamento do Espírito Santo sobre a igreja, Pedro citou o profeta Joel: " E acontecerá nos últimos dias, diz o Senhor, que derramarei do meu Espírito sobre toda a carne; vossos filhos e vossas filhas profetizarão, vossos jovens terão visões, e sonharão vossos velhos, até sobre os meus servos e sobre as minhas servas derramarei do meu Espírito naqueles dias, e profetizarão. " (At 2:17,18). Notem que o profeta do Novo Testamento estava envolvido exatamente com os mesmos fenômenos ao profeta do Antigo Testamento: sonhos, visões e profecia (Cf Nm 12:6). "Dessa forma temos a profecia do Antigo Testamento (formas proféticas do Antigo Testamento) adentrando a nova era neotestamentária, e como cumprimento da palavra específica de um profeta do AT. E isso está de acordo com a interpretação divinamente inspirada de Pedro sobre Joel" (31). Essa continuação da profecia do Antigo Testamento no Novo Testamento é confirmada pelo profeta neotestamentário Ágabo. Ele falou as palavras do próprio Espírito Santo. Falando as palavras de Deus, Ágabo, como os profetas do Antigo Testamento, revelou o futuro. “Demorando-nos ali alguns dias, desceu da Judéia um profeta chamado Ágabo; e, vindo ter conosco, tomando o cinto de Paulo, ligando com ele seus próprios pés e mãos, declarou: Isto diz o Espírito Santo: Assim os judeus em Jerusalém farão ao dono deste cinto, e o entregarão nas mãos dos gentios”. (At 21:10-11) O fato de que o profeta neotestamentário fala as palavras diretas de Deus, e não é meramente um mestre ou pregador, é sustentado por Paulo: " Ainda que eu tenha o dom de profetizar e conheça os mistérios... " (1 Co 13:2). A palavra mistério no Novo Testamento não tem o mesmo significado que o termo em português. Edward escreve: “A palavra aparece 27 ou 28 vezes no Novo Testamento; principalmente nos escritos de Paulo... Ela denota o seu antigo significado de segredo revelado, não o seu sentido moderno de algo que não pode ser perscrutado ou compreendido... De longe o significado mais comum no Novo Testamento é aquele que é tão característico de Paulo, uma verdade divina, antes encoberta, agora sendo revelada pelo Evangelho... (a) Devemos notar quão próximo mistério é associado com revelação... tanto quanto palavras de significado similar... "Mistério" e "Revelação" são, de fato, termos correlatos, quase sinônimos." (32) O Profeta revela à igreja um mistério, ou os mistérios de Deus. Ele revela algo antes desconhecido, agora revelado pela primeira vez. Paulo diz especificamente em 1Co 14 que os profetas recebem a "revelação": " Falem apenas dois ou três e os outros julguem. Se porém vier revelação a outrem que esteja assentado, cale-se o primeiro. " (1 Co 14:30 cf v. 26). Revelação (apokalupsis) é um descortinar de alguma coisa que antes era desconhecida; e revelação divina é a comunicação de verdades antes desconhecidas diretamente de Deus ao homem. Essa última pode ocorrer através de sonhos visões, comunicação oral ou de outro modo (Dn 2:19; 1 Co 14:26; 2 Co 12:1; Gl 1:12; Ap 1:1). (33) O fato de que o ofício profético no Novo Testamento é tão revelador quanto o do Antigo Testamento é claramente ensinado pelo uso que Paulo faz dos termos "mistério" e "revelação". Percebam como ele utiliza os dois termos juntos em Ef 3:3-5: " ...pois segundo uma revelação me foi dado conhecer o mistério conforme escrevi há pouco, resumidamente, pelo qual, quando lerdes, podeis compreender o meu discernimento no mistério de Cristo, o qual em outras gerações não foi dado a conhecer aos filhos dos homens, como agora foi revelado aos seus santos apóstolos e profetas, no Espírito,...” (34) Dessa forma, os profetas de Deus, tanto na antiga como na nova aliança falam sob inspiração divina. Eles podiam fazer pronunciamentos plenamente autoritativos, como quando o Espírito Santo ordenou à igreja que enviasse Paulo e Barnabé como missionários. Eles podiam, por inspiração, dizer o futuro (e.g. Ágabo). Podiam falar mistérios. Os profetas podiam literalmente fornecer à igreja uma doutrina nova e autoritativa. Os apóstolos e profetas, por inspiração divina, explicavam à igreja o significado da morte de Cristo. O Espírito Santo revelou à igreja que as leis cerimoniais da antiga aliança haviam passado, e que a parede de inimizade havia sido derrubada; desse modo, Deus tem somente um povo: aqueles que estão em Cristo. Todas as diversas implicações da cruz precisam de uma explicação revelacional ( inspirada pelo Espírito Santo ). A razão pela qual é importante definir a natureza da profecia do Novo Testamento é porque muitos carismáticos, explícita ou implicitamente, consideram essas profecias menos revelacionais e autoritativas que o restante das Escrituras. O fato de que nem todo o pronunciamento profético foi importante ou adicionado ao Cânon (os 66 livros) não é importante para esta discussão, porque nem todos os pronunciamentos ou escritos inspirados dos apóstolos foram incluídos no Cânon (e.g. a carta perdida de Paulo à igreja de Corinto). Quando um carismático diz que muito do que um profeta do Novo Testamento faz não é prever o futuro, mas exortar, ele pode estar certo. Mas exortação profética não é apenas um conselho santo; não é somente a exposição das Escrituras; é também uma exortação inspirada e revelada pelo Espírito Santo. Ela tem a mesma autoridade das Escrituras; ela ee uma exortação "assim diz o Senhor". Este autor freqüentou igrejas carismáticas por mais de três anos e ouviu centenas de "profecias". Contudo nenhuma vez ouviu uma nova doutrina. Na verdade, quando um "profeta" falava alguma nova doutrina, o pastor e os anciãos diziam para que ele se calasse. Nas muitas vezes que esses "profetas" ordenavam pessoas a fazerem certas coisas (e.g. "Maria, Deus me disse que você deve se casar com João") essas pessoas aprenderam rapidamente que tais exortações deviam ser recebidas com uma boa dose de cuidado! Por quê? Simplesmente porque os profetas carismáticos não merecem confiança. Eles são tão confiáveis quanto um par de dados. Portanto, até mesmo a maioria das carismáticos não levam suas profecias a sério. Por que os carismáticos se desviam de seus próprios princípios para redefinirem a profecia como sendo algo inferior ao que ela realmente era no Novo Testamento? (35) Fundamentalmente porque a maioria dos carismáticos se dá conta de que a profecia pentecostal moderna, na verdade, não se assemelha em nada à profecia do Antigo e do Novo Testamento. Se os carismáticos não redefinissem a profecia como sendo basicamente nada mais do que "vagas" exortações espirituais, então os seus profetas estariam sujeitos a uma averiguação mais objetiva. Compare uma profecia bíblica típica com uma típica profecia carismática moderna. Elias, o tesbita, veio e profetizou ao perverso rei Acabe e a sua maligna mulher Jezabel. Notem quão específico ele foi: a família de Acabe seria dizimada (i.e. assassinada; 1 Rs 21:21). A posteridade de Acabe seria exterminada após a sua morte (vv 9 ). A mulher de Acabe seria comida pelos cães dentro dos muros de Jezreel (vv 23). No exato lugar onde os cães lamberam o sangue de Nabote (a quem Acabe assassinou), os cães lamberiam o sangue de Acabe. Essas profecias se cumpriram perfeitamente (cf. 1 Rs 22:33-39; 2 Rs 9:32-37, 10:7-11). Depois que a última dessas profecias se cumpriu, Deus disse: "Sabei, pois, agora, que da palavra do Senhor, pronunciada contra a casa de Acabe, nada cairá em terra, porque o Senhor fez o que falou por intermédio do seu servo Elias" ( 2 Rs 10:10). Agora compare a profecia de Elias com a típica "profecia" carismática: "Oh, vinde a mim meu povo. Se voltarem para mim eu o abençoarei... se achegarem-se até mim, eu os amarei e abençoarei, etc." Esse tipo vago e não específico de profecia nunca pode ser confirmado como verdadeiro, porque não contém nada especificamente relacionado como o futuro. Além disso, quando carismáticos se arriscam indo mais um pouco adiante e se tornam específicos, o que acontece? Eles estão, vez após vez, consistentemente errados . Com literalmente milhares de "profetas" carismáticos nos dias de hoje, seria de se esperar econtrarmos ao menos alguns que pudessem passar no teste do verdadeiro profeta de Deuteronômio 18. A verdade ee que não existem mais profetas verdadeiros nos dias de hoje, porque a profecia, como as línguas, cessaram quando o Novo Testamento foi concluído. Lembremos que Deus concedeu os dons e sinais, como línguas, profecias, curas dramáticas, etc, de sorte que eles atestassem publicamente a verdade da Palavra de Deus. Por isso é que as profecias, línguas e curas no Novo Testamento eram realmente vistas e conhecidas como verdadeiras tanto por cirstãos como por incrédulos. Os inimigos de Cristo não puderam negar que Ele operava espantosos milagres e foram forçados a atribuí-los a Satanás (Mt 14:11). O fato de uma análise empírica e objetiva da profecia carismática provar que aquilo que é chamado de profecia hoje em dia não é a mesma coisa que a profecia neotestamentária não significa, necessariamente, que as profecias cessaram. Isso quer dizer apenas que as alegações dos carismáticos de que essa prática é uma continuação do que ocorria nos dias dos apóstolos são falsas. Para provarmos que as profecias cessaram depois da morte dos apóstolos e do encerramento do Cânon (do Novo Testamento), devemos ir às Escrituras. Um texto que ensina que as línguas e profecias cessaram é 1 Co 13:8-13. Esse texto foi discutido em nossas considerações a respeito das línguas. Outro texto que prova que o ofício de profeta era fundamental e temporário é Fé 2:19-22 . “Assim, já não sois estrangeiros e peregrinos, mas concidadãos dos santos, e sois da família de Deus; edificados sobre o fundamento dos apóstolos e profetas, sendo Ele mesmo, Cristo Jesus, a pedra angular; no qual todo edifício, bem ajustado, cresce para santuário dedicado ao Senhor, no qual também vós juntamente estais sendo edificados para habitação de Deus no Espírito”. Antes de discutirmos sobre a natureza do fundamento dos ofícios neotestamentários de apóstolo e profeta nós devemos por de lado a noção de que Paulo está se referindo aos profetas do Antigo Testamento no versículo 20. Há várias razões pelas quais o termo "profetas" definitivamente se refere aos profetas do Novo testamento. Observe que Paulo menciona primeiro os apóstolos e depois os profetas. Quando fala dos dons do Espírito Santo na igreja neotestamentária, Paulo segue um padrão consistente. Os apóstolos são sempre listados antes dos profetas do Novo Testamento. " A uns estabeleceu Deus na igreja, primeiramente apóstolos, em segundo lugar, profetas... Porventura são todos apóstolos? ou todos profetas...? " (1 Co 12:28, 29). Se Paulo estivesse se referindo aos profetas do Antigo Testamento, ele logicamente os teria citado antes dos apóstolos, e não depois deles. Segundo, o contexto do livro de Efésios mostra que Paulo está falando de profetas neotestamentários. " ... no mistério de Cristo..., como agora foi revelado aos seus santos apóstolos e profetas " (Ef 2:4, 5). Embora Efésios 3:5 esteja sete versículos depois de Ef 2:20, no grego ele é justamente a sentença imediata. Além do quê, a palavra grega num ("agora") não pode se referir aos profetas do Antigo Testamento porque ela se refere a uma realidade presente (i.e., quando Paulo escreveu a epístola). Terceiro, no capítulo 4 de Efésios, Paulo diz bem especificamente o que ele quer dizer com apóstolos e profetas. Ele diz que, após Cristo ter subido ao Pai, Ele concedeu dons à Sua igreja (vv. 7-8). No versículo 12 ele diz que esses dons são " para a edificação do corpo de Cristo " (i.e., a igreja do Novo Testamento). No verso 11, Paulo identifica o que são esses dons do Novo Testamento: " E Ele mesmo concedeu uns para apóstolos, outros para profetas . " "Visto que os profetas eram dons concedidos, juntamente com os apóstolos, como conseqüência da vitoriosa ascensão de Cristo, eles deviam ser profetas do Novo Testamento." (36) Paulo menciona apóstolos e profetas três vezes nessa pequena espístola, e em cada uma delas ele obviamente quer dizer a mesma coisa: apóstolos e profetas do Novo Testamento. Paulo diz que os ofícios neotestamentários de apóstolo e profeta eram o fundamento da igreja cristã. Um fundamento, pela sua própria natureza ee lançado apenas uma vez, enquanto que a estrutura pode ser levantada por um longo período de tempo. Na verdade, Paulo diz qui claramente que o fundamento já foi lançado. Ele diz: “edificados sobre o fundamento” (epoikodomethentes). Mas ele continua a falar do edifício que “cresce” (auxei) e que está “sendo edificado” (sunoikodomeisthe) sobre esse fundamento. (37) A cena que Paulo coloca diante de nós é a de um alicerce já terminado, sobre o qual está a igreja de Jesus Cristo. Mas a igreja, diferentemente do alicerce, continua a crescer. O verbo "crescer" no verso 21 está no presente e demonstra que a igreja de Cristo continua a crescer nos dias de hoje. Os ofícios de apóstolo e profeta eram unicamente para quela situação da igreja antes do Cânon ser concluído. A revelação era necessária para a produção do Novo Testamento. E antes que o Novo Testamento fosse concluído, uma revelação direta era necessária para explicar a obra de Cristo a para satisfazer às necessidades daquele momento. Imaginem como seria tentar explicar o significado da obra de Cristo sem o Novo Testamento! Após a conclusão do Cânon do Novo Testamento e da morte do último apóstolo e do último profeta, os dons revelacionais cessaram. Isso não ee somente o ensino de 1 Co 13:8-23 e Ef 2:20, é também um fato histórico. Desde o tempo dos apóstolos até hoje, a igreja tem crido que a Bíblia é completa, eficiente, suficiente , inerrante, infalível e autoritativa. Qualquer tentativa de acrescentar algo à Bíblia, de reivindicar uma revelação adicional de Deus, tem sempre resultado em seitas, heresias, ou no enfraquecimento do corpo de Cristo. Muito embora os carismáticos neguem que eles tentam adicionar alguma coisa às Escrituras, suas posições sobre línguas proféticas, dons de profecia e revelação dizem exatamente o contrário. Ao fazerem acréscimos - ainda que involuntariamente - à revelação final de Deus, eles minam a unicidade e a autoridade da Bíblia. Novas revelações, sonhos e visões tornam-se tão autoritativos para consciência do crente quanto o livro de Romanos ou o Evangelho de João. (38) Portanto, nós verificamos que a maioria dos carismáticos tem redefinido que aquilo que ocorria nos dias dos apóstolos. Essa redefinição antibíblica de profecia permite duas coisas aos carismáticos. Primeiro, ao fazerem exortações vagas e ao proferirem profecias não específicas (as quais facilmente poderiam ser avaliadas por qualquer crente; suas profecias generalistas não podem ser consideradas verdadeiras ou falsas), eles evitam a verificação objetiva a que estavam sujeitos os profetas bíblicos. Segundo, ao declararem que a profecia é menos revelacional e autoritativa que as Escrituras, eles podem reivindicar que não estão fazendo nenhum acréscimo às Escrituras. Temos observado que o ofício de profeta no Novo Testamento é uma continuação do mesmo ofício do Antigo Testamento. As profecias e exortações do profeta do Novo testamento eram inspiradas pelo Espírito e iguais em autoridade às Escrituras. Além do quê, a Bíblia ensina que a profecia tinha uma função distintamente fundamental na igreja devido às circunstâncias históricas (i.e. Cânon aberto). Quando o Cânon do Novo Testamento foi concluído, a profecia cessou, porque já não era mais necessária. A descrição que demos até aqui daquilo que os carismáticos crêem com relação à profecia não retrata plenamente toda a verdade sobre quão mal as coisas estão como o movimento carismático. Uma coisa seria dizer que os carismáticos têm uns poucos "profetas" em cada igreja, proferindo exortações vagas e profecias nada específicas. Mas, na verdade, a maioria dos carismáticos crê que Deus fala diretamente a cada "crente cheio do Espírito"; crêem que Ele leva as pessoas a fazerem coisas à parte das Sagradas Escrituras. Frases comuns nos círculos carismáticos são "Deus me disse para fazer isso"; "O Espírito me levou a fazer aquilo"; "Jesus falou comigo e me disse assim". Tal modo de pensar conduz ao subjetivismo e ao misticismo; e contradiz a Palavra de Deus. Nos dias dos apóstolos, quando os dons sobrenaturais estavam sendo praticados, a revelação direta era dada somente através dos apóstolos e dos profetas (línguas e suas interpretações eram também uma forma de revelação). O apóstolo Paulo diz especificamente que nem todos possuíam o dom de línguas, e que somente alguns eram profetas (cf. 1 Co 12:30, Ef 4:11). A idéia comum em nossos dias, de que Deus dirige diretamente as pessoas ou de que Ele se comunica diretamente com elas é perigosa e antibíblica. Enquanto a maioria dos carismáticos crê na inerrância bíblica e declaram amar a Bíblia, muitos estão sendo dirigidos por sentimentos subjetivos, por intuições e experiências em vez do claro ensino da Palavra de Deus. Nossa responsabilidade como crentes não é seguirmos nossas emoções ou impressões, mas estudarmos a Palavra de Deus e aplicá-la às nossas vidas. Tudo aquilo de que precisamos na vida pata tomar nossas decisões pode ser aprendido dos princípios bíblicos. Os crentes têm de parar de acreditar em intuições místicas, começar a aprender como inferir as verdades das Escrituras e aplicá-las em suas vidas, suas famílias, empregos, estudos, governos e tudo mais. O movimento carismático e o seu subjetivismo implícito têm causado um dano incalculável a milhares de cristãos. O autor conhece pessoalmente relatos terríveis em que crentes imaturos foram "guiados" a tomar atitudes tolas e antibíblicas (e.g., "Deus me disse para abandonar meu emprego e ir morar numa barraca"; "Deus me disse para deixar minha esposa"; "Deus me disse para investir nisso e naquilo"; etc). Se alguém lhes disser que Deus falou consigo, responda: "Mostre-me isso na Bíblia". Quando um crente lhe disser que Deus o dirigiu a fazer alguma coisa, diga a ele que prove isso com a Palavra de Deus. A nossa liberdade diante de pastores autoritários, governantes opressores, e de absurdos subjetivos é a objetiva, infalível e suficiente Palavra de Deus, a Bíblia. O Movimento Carismático: Uma Crítica Bíblica - por Brian Schwertley monergismo/textos/pentecostalismo/movimento_carismatico_brian_schwertley.htm
Posted on: Thu, 26 Sep 2013 02:04:22 +0000

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