Sete anos de Resistência da Aldeia Maracanã! Aniversário de 7 - TopicsExpress



          

Sete anos de Resistência da Aldeia Maracanã! Aniversário de 7 anos da Retomada (ocupação), resistência e construção da Universidade Indígena Aldeia Maracanã , haverá danças, comidas e contação de histórias durante todo o dia, debates com o Movimento Passe Livre, neste sábado, 18h, e, no domingo, Sessão Victor Ribeiro e Soledad Barbosa Pela Libertação das pessoas Presas Políticos do Festival internacional de cinema globale Rio 2013, também 18h. Venha comemorar conosco!!! Veja a Programação Veja detalhes da Programação e texto sobre estes 7 anos abaixo: Sábado, 26 9h - Reflorestamento e Inauguração da 1a. Oca construída após a Retomada de 5 de agosto, com rituais e cantos indígenas ( https://facebook/events/521484891274276/?previousaction=join&ref_dashboard_filter=upcoming&source=1 ) 15h - 3a sessão do Grupo de Estudos Maria Lacerda de Moura - Texto impulsionador do debate: A Sociedade contra o Estado – Pierre Clastres ( terraeliberdade.org/militancia/grupo-de-estudos-maria-lacerda-de-moura/ ) 17h - Roda de Conversas: O direito à cidade e a tarifa zero, com Aldeia Maracanã, Movimento Passe Livre-MPL-Niterói, Centro Acadêmico de História-CAHIS da UERJ eVila Autódromo (https://facebook/events/1407273776170980/?ref=22 ) 19h - Atividades Culturais - Palco Aberto Domingo, 27 18h - Sessão Victor Ribeiro e Soledad Barbosa pela Liberdade dxs Presxs Políticos com os filmes: Cine Fantasma, de coletivo Cine Fantasma. Brasil, 2013. Documentário, Experimental, 15 min: Cine Fantasma é uma série de videointervenções urbanas que ocupa espaços públicos ao ar livre, e acontece em locais que já abrigaram, um dia, salas de cinema. Mixando imagens de arquivo com trechos de filmes e imagens captadas ao vivo no local da ação, as evaporam-se pelas paredes externas dos edifícios, ativando a memória da cidade e cruzando imaginários urbanos. Performers caracterizados como fantasmas interpelam os passantes com perguntas e respostas sobre o fim dos cinemas de rua e as implicadas mudanças em espaços comuns nos bairros. COM VANDALISMO, de Coletivo Nigéria. Brasil, 2013. Documentário, 77min.: SEM VANDALISMO! repetiam gritando parte dos manifestantes que ocuparam as ruas de Fortaleza. Mas na multidão das manifestações, que explodiram no Brasil em junho de 2013, outros grupos empregaram métodos mais diretos. Tachados de vândalos, foram criminalizados por parte da grande mídia, antes mesmo de serem ouvidos. Este documentário vai à linha de frente para registrar os confrontos e entrevistar os manifestantes para mostrar as motivações dos atos de desobediência civil. 2.100, videoclipe da banda Anjos em Queda Livre produzido pelos alunos do Núcleo de Artes da Escola Municipal Grécia. O clipe tem 3 min 27 seg. Uma banda adolescente fez uma música no estilo do grupo Legião Urbana e filmaram as manifestações de junho. Aí, montaram. 20h - Ativistas e coletivos de videoativismo estarão conosco para debater os filmes e o contexto da Aldeia e da produção social de cidades globais, dos megaeventos internacionais e dos imperativos do desenvolvimento capitalista, precedidos e sucedidos por rituais indígenas de canto e franquias baratas de comemoração dos 7 anos de resistência da Aldeia Maracanã. https://facebook/events/1408691506029172/?previousaction=join&source=1 20 de outubro de 2006, 7 anos de resistência e sonho coletivo da UNIVERSIDADE INTERCULTURAL INDÍGENA E POPULAR, Aldeia Maracanã. Por Urutau Wazaizara Guajajara e Fernando Soares Há exatos 7 anos, com 50 indígenas representantes de 20 povos originários, de todo território nacional, organizamos 1º Congresso do Movimento Tamoio dos Povos Originários no auditório do 9º andar da UERJ e dali ao final, saímos em caminhada para a Rua Machado nº 127, Maracanã, sede do antigo museu do índio. A mãe natureza nos enviou uma chuva fina que ajudou a esvaziar as ruas do trajeto pensado, facilitando a nossa retomada, estremecida apenas pela surpresa dos vigias que, assustados apontaram suas armas para nós. Dialogamos e mostramos que éramos indígenas e estávamos apenas voltando para a casa de nossos ancestrais, numa ocupação pacífica. Ao batermos maraká, cantarmos e dançarmos, eles se acalmaram e nos alojamos naquele espaço sem luz, nem água, com entulhos espalhados por toda parte, com ratos, baratas e mosquitos. A alegria de retomarmos a aldeia de nossos ancestrais nos deixou felizes, apesar das condições precárias. A cada dia, tínhamos uma batalha a vencer e durante todos esses 7 anos tentamos negociar o direito da posse territorial legítima do imóvel, que, segundo o 11º RGI, mede 14. 300 m2, abandonado pelo poder público desde 1978. Outros desafios chegaram. Por ocasião da Copa, as ameaças constantes de desocupação para transformar aquele espaço em estacionamento, shopping, ou qualquer coisa, menos para destinação cultural indígena, nos consumiram na luta contra tal proposta absurda, prejudicando o projeto UNIVERSIDADE INDÍGENA, Aldeia Maracaná, de difusão preservação e perpetuação das nossas culturas e línguas. Mas, resistimos, e na luta aprendemos, fazendo com que o sonho coletivo já seja real no cotidiano da Aldeia. Em 12 de janeiro de 2013, resistimos à tentativa de invasão da tropa de Choque da Polícia Militar do Estado do do RJ. No dia 22 de março, a PM, de forma violenta, nos expulsou da Aldeia. Mas a nossa luta se espalhou, contagiante, sendo um vetor importante das jornadas de junho, criando um novo contexto político favorável à retomada que se concretizou no dia 5 de agosto. A retomada da Aldeia ocorreu no mesmo mês e ano que as ocupas Flor do Asfalto e Quilombo Das Guerreiras e até hoje tem importância fundamental para a resistência popular às remoções arbitrárias, à produção social de uma cidade global de exceção da Copa e das Olimpíadas, entre outros megaeventos internacionais e aos imperativos do desenvolvimentismo capitalista. Agora é hora de comemorar, cantar, bater maraká e reforçar a luta, a resistência e a construção desta Universidade Intercultural lndígena, mas também Popular, Aldeia Maracanã (R)existe!
Posted on: Sat, 26 Oct 2013 14:05:05 +0000

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