Sobre a vida de Sant´Ana Da vida da mãe de Maria Santíssima - TopicsExpress



          

Sobre a vida de Sant´Ana Da vida da mãe de Maria Santíssima nada sabemos ao certo. Apenas a tradição cristã nos fornece alguns esclarecimentos a respeito de sua mãe, Sant’Ana, dados, cujo valor histórico não é possível apurar. Nem mesmo as Sagradas Escrituras nos diz algo, contudo, existe um livro venerável do século II do Cristianismo: Proto-Evangelho de São Tiago, que alcançou grande autoridade nas comunidades cristãs primitivas. É exatamente este livro que nos traz a mais antiga tradição sobre os pais de Nossa Senhora. Diz a tradição antiqüíssima que Sant’Ana nasceu em Belém de Judá, tendo por pai, Mathan, sacerdote da tribo de Levi e da família de Araão; e por mãe, Maria, da tribo de Judá. Teve esse piedoso casal três filhas. A mais velha chamava-se Maria, como sua mãe, e veio a ser mais tarde esposa de Cleophas, de Sadoc e de Eli e foi mãe de Tiago Menor, Judas Tadeu, Simão e José, apóstolos ou discípulos de Cristo, que segundo o costume hebraico, se chama no Evangelho «irmãos do Senhor», quando de fato eram primos irmãos. A Segunda filha foi Sobé. A terceira e mais nova, enfim, foi Ana, destinada a dar ao mundo a Bem-aventurada entre as mulheres. Por inspiração de Deus casou-se com Joaquim, habitante de Nazaré, da família real de Davi. O nome Joaquim é bíblico e, significa: “homem que Javé confirma”. Joaquim e Ana eram um casal distinto, mas viviam tristes e humilhados porque já estavam chegando à idade avançada e eram estéreis. Sendo também um casal justo e observante das leis judaicas. Possuíam certa fortuna que lhes proporcionava uma vida folgada. Dividiam suas rendas anuais em três partes: uma era conservada para as próprias necessidades; a segunda era reservada para o culto judaico e, finalmente, a terceira parte era distribuída entre os pobres. Eles continuavam rezando confiantes que Deus teria suscitado para eles uma descendência. Joaquim retirou-se ao deserto para rezar, onde permaneceu quarenta dias em jejum e oração. Finalmente, um anjo apareceu a Joaquim comunicando-lhe uma boa notícia: “ - Joaquim, disse o anjo, tua oração foi ouvida. Uma filha te será dada, a quem darás o nome de Maria”. Também Ana recebeu um aviso do anjo: " - Ana, Ana, o Senhor darás à luz e, por toda a terra, falar-se-á de tua descendência". Ao voltar Joaquim para casa, eis que sua esposa atirou-se em seus braços exclamando cheia de alegria: ‘Agora sei que o Senhor derramou sua bênção sobre o nosso lar; pois eu era como uma viúva, era estéril, mas agora meu seio já concebeu, seja bendito o Altíssimo!’ Então, fez o voto de consagrar a menina prometida por Deus ao serviço do Templo. De fato, a menina (Maria) foi levada mais tarde pelos pais, Joaquim e Ana, para o Templo, onde foi educada, ficando aí até o tempo do noivado com José. No ano da anunciação, já era falecida Sant’Ana, tendo alcançado uma idade de 79 anos, como refere a tradição. Foi sepultada junto de seu esposo. Muitos anos depois, transferiram as suas relíquias para a Igreja do sepulcro de Nossa Senhora, no vale de Josaphat. O Calendário Litúrgico da Igreja Romana comemora no dia 26 de julho a memória de São Joaquim e Sant’Ana. No entanto, o culto deles foi difundido na Igreja desde o século VI. Começou no Oriente e depois passou para a Igreja Romana. Neste caso, a devoção foi muito mais popular. Ela difundiu-se, sobretudo, nos povos nórdicos, onde o nome Ana é mais usado. Também no Brasil, o culto a Sant’Ana é muito conhecido. Antes, ela mereceu o título que só é reservado à sua Filha, isto é, Senhora Sant’Ana.
Posted on: Fri, 26 Jul 2013 11:25:11 +0000

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