Sobre os Valores Humanos “A função da vida é renovar para a perfeição” Emmanuel. Vinha de Luz A nossa condição de viajantes pelos caminhos do aprendizado muitas vezes nos coloca ante dilemas que precisam ser resolvidos à luz de tudo o que conseguimos amealhar ao longo da jornada. As respostas serão sempre proporcionais aos valores adquiridos e o grande desafio reside exatamente na ciência de saber acumular, na medida certa, na proporção adequada. Sabemos que a fé é um dos pilares que sustentam a nossa consciência e ação, é a certeza de uma escolha e o guia perfeito para chegarmos aos objetivos estabelecidos. Todavia, é preciso que a fé seja produto de uma sincera abertura do nosso coração, ante a certeza de um Deus de amor, de justiça e fraternidade, caso contrário, será confundida com a intolerância e o fanatismo. A razão é uma sustentação para os nossos objetivos, conforme nos ensina, sem contestação, o mestre Kardec, ao nos mostrar que somente podemos aceitar aquilo que passa por uma análise racional e se nos ajusta ao coração. Porém, devemos sempre cuidar para que a razão seja, antes de tudo, o produto de um consenso, de idéias discutidas e analisadas, de regras e lições dos que estão acima de nós, em experiência e sabedoria, para que não sejamos ditadores de postulados que só para nós fazem sentido. A caridade é o portal de tantos valores que realizamos e é, sem dúvida, um fator cumulativo que vai se agregando ao longo do caminho, porém, precisa ser administrada, como já exposto, na medida certa, para que não se misture com ranços de vaidade e interesses menores. A justiça é uma das grandes molas do progresso, é escola, é libertação, é exercício para os grandes saltos do espírito, mas, em nenhum momento, pode esconder a pretensão de sermos juízes e algozes daqueles que ainda se regalam nos enganos da matéria. E assim é para todas as questões onde procuramos vencer mazelas como o orgulho, a prepotência, a vaidade, a inveja e outros interesses pequenos que se agigantam ante a nossa imperfeição. Tal é o desafio que temos perante a jornada espiritual, ao recebermos novas oportunidades, tendo como elemento chave, a renovação. A renovação é a chave de todo o mecanismo pelo qual os nossos dilemas se desvanecem, nos proporcionando as oportunidades de aprendizado e equilíbrio em nossas ações, valorizando a capacidade de progredir, através da escolha consciente. Essa é a mágica da vida: Renovar, significando mudar para melhor, recomeçar, consertar. Tanto se questiona as razões de estarmos neste mundo e a resposta se nos apresenta clara na sentença de Emmanuel, mas, infelizmente, nem sempre temos valores acumulados para entendê-la e, nesse caso, haveremos de ser reféns desses dilemas até que nosso coração, pela renovação ante os fatos, se disponha a aceitar a verdadeira função da vida. Assaruhy Franco de Moraes
Posted on: Sat, 07 Sep 2013 06:00:18 +0000
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