TEXTOS PARA MEUS ALUNOS DO COLÉGIO VENCEDOR Colégio Vencedor / - TopicsExpress



          

TEXTOS PARA MEUS ALUNOS DO COLÉGIO VENCEDOR Colégio Vencedor / Pré-Vestibular e Concursos Prof. Antonio Ferreira / História professorantonio7@hotmail Texto 01: A REVOLUÇÃO MEXICANA 1. O que foi: período de grandes transformações sociais e políticas no México (1910 - 1940) – mobiliza milhões de camponeses índios – provoca a derrocada do poder da Igreja, dos grandes latifundiários e do capital estrangeiro. 2. Origens: datam dos conflitos e tensões geradas pelas transformações demográficas, econômicas e sociais ocorridas durante a precedência de Porfírio Dias (Porfíriato – 1876/1911). 3. O Porfiriato (1876-1911): ditadura de Porfírio Diaz - responsável pelo desenvolvimento do capitalismo mexicano – apoiado no ingresso de capitais e empresas estrangeiras e em uma política anti-popular – seu governo foi dominado por uma burguesia positivista (os científicos – responsáveis pelo desenvolvimento do capitalismo associado e pela política repressiva às camadas populares) - apoiou-se no Exército (possuía a função de polícia do Estado) e na Igreja Católica (era proibida de possuir propriedades que não se destinassem ao culto, mas possuía grande liberdade de ação) – a principal base de apoio foi a camada latifundiária (beneficiada com a eliminação do Ejido – terras comunitárias de origem indígena) – possibilitou grande concentração fundiária e formação de camponeses superexplorados) e o capital estrangeiro (controlava a exploração mineral, petrolífera, estradas de ferro, bancos, produção e distribuição de energia elétrica, parte da indústria e do grande comércio. 4. O início da Revolução: Dias convoca eleições (1910) – prende o latifundiário liberal Francisco Madero (líder do movimento que se opunha a reeleição do ditador) – Dias e eleito – Madero foge para os EUA – conclama o povo a rebelião popular – promete reforma eleitoral e terras para o camponeses – o povo se entusiasma e a revolta se alastra pelo país – no sul destaca-se Emílio Zapata (comando 20 mil homens na “Legião da Morte”, combatendo as forças Porfiristas com fuzis e facões de cortar cana) – ao norte, os líderes camponeses importantes são Pancho Villa e Pascual Orozco – cresce o movimento camponês - Porfírio Díaz renuncia e foge (maio 1911). 5. A presidência de Francisco Madero: mantém intacto o aparelho de Estado, em particular o exército – seus apoiadores revoltam-se – Zapata recusa-se a desarmar seus homens e exige a reforma agrária – Madero nega a reforma agrária – Zapata proclama-se em rebelião contra Madero e anuncia o Plano de Ayala (novembro de 1911 – distribuição da terra dos latifundiários aos camponeses) – Pancho Villa engrossa o movimento - Madero envia o general Victoriano Huerta para caçar Zapata – Zapata repele a ofensiva do Exército e ganha prestígio junto as populações pobres – num lance ousado Zapata vai disfarçado à Cidade do México para uma audiência com Madero, em que pretendia obter a legalização de seu Exército de Libertação do Sul – Madero recusa-se a negociar. 6. O assassinato de Madero: enquanto a luta prossegue no Norte e no Sul, o general Huerta assassina Madero (fevereiro de 1913) – o golpe de Huerta é organizado com apoio da Embaixada dos EUA e das empresas petrolíferas que querem um governo mais forte para derrotar os revolucionários – forma-se uma frente de oposição liderada pelo liberal Venustiano Carranza e participação de Zapata e Villa – proclamam o Plano de Reconstrução Constitucional – governo dos EUA resolve interferir – procura intimidar Huerta e as forças revolucionárias – Huerta renuncia (julho de 1914) – o poder passa para Carranza e é imediatamente reconhecido pelos EUA. 7. O governo de Carranza: procura consolidar as estruturas políticas – provocou intenso combate às forças populares (tanto no sul como no norte do país) – adotou medidas nacionalistas (nacionalização do petróleo) – fez concessões às grandes empresas norte-americanas – organizou uma Assembléia Constituinte (excluindo a participação camponesa). 8. Divisões: vitoriosos, os revolucionários dividem-se em Constitucionalistas (Carranza e Álvaro Obregón – propõem a reforma da Constituição Liberal de 1857) e os Convencionalistas (Zapata e Villa – desejam implementar as propostas de transformações radicais de Aguascalientes (1914) – nas regiões controladas por Zapata começam a ser colocadas em prática as reformas do Plano de Ayala (prevê a devolução da terra às comunidades indígenas, expropriação de um terço das terras dos grandes proprietários para distribuição aos camponeses sem terras, fundação de um Banco Agrícola Nacional e de um Partido Agrário e confisco total das terras de quem se opusesse às reformas) – formam-se escolas técnicas, fábricas de ferramentas e um Banco de Crédito Rural – Carranza pretende institucionalizar a revolução e Zapata aparece como obstáculo. 9. Constituição Reformada (fevereiro de 1917): nacionalização do solo e subsolo e devolução das terras comuns aos indígenas (os Ejidos) – a Igreja católica é separada do Estado e tem seus poderes diminuídos – reconhecimentos dos direitos dos trabalhadores (jornada de trabalho de 8/h, proibição do trabalho infantil e indenização por tempo de serviço aos empregados dispensados). 10. Atitudes: Carranza ignora as medidas previstas na Constituição – Zapata é assassinado a mando de Carranza (1919) e o país continua em guerra civil – Carranza é deposto e assassinado (1920) – o general Álvaro Obregón torna-se presidente e consolida a revolução – Pancho Villa abandona a luta (1920) e é assassinado (1923) – vários revolucionários no governo procuram enriquecer, traindo a confiança que as amplas massas populares depositam em sua atuação. 11. Novas mudanças: apesar de tudo no governo de Obregón (1920-1924) organizam-se sindicatos e consolida-se o sistema de educação nacional (mesmo com a oposição da Igreja) – no plano artístico inicia-se o desenvolvimento da grande pintura mural mexicana, que tem entre seus maiores realizadores Diego Rivera, José Clemente Orosco e David Siqueiros. 12. O PRN: em 1929 é fundado o Partido Revolucionário Nacional (PRN) – em 1938 é rebatizado de Partido revolucionário do México (PRM) e em 1946 de Partido Revolucionário Institucional (PRI), que se torna por décadas, o virtual partido único no país. 13. Consolidação da Revolução: o general Lázaro Cárdenas (1934-1940) aprofunda a reforma agrária e nacionaliza as empresas de petróleo e ferrovias – o presidente Manuel Ávila Camacho (1940-1946) é eleito e ocorre um período de consolidação e reconciliação marcando o fim da revolução, dando início a uma fase de desenvolvimento industrial. Texto 02: A REVOLUÇÃO CUBANA 1. Movimento revolucionário em Cuba que derruba a ditadura de Fulgêncio Batista, em 1959, e instaura o único governo latino-americano baseado no modelo soviético. O regime, de partido único, promove amplos avanços sociais no país, em particular na saúde pública e na educação, e reivindica-se socialista até hoje. 2. Cuba permanece juridicamente como um protetorado norte-americano até 1934. Os Estados Unidos (EUA) mantêm na ilha a base naval de Guantánamo e o direito de intervir em seus assuntos internos. Vários governos corruptos se sucedem no início do século, culminando com o brutal e autoritário regime de Gerardo Machado (1925-33), que estimula a abortada revolução de 1933-34. O ex-sargento Fulgencio Batista aproveita-se do levante popular e toma o poder, que fica sob sua chefia até 1944. Em 1952, Batista dá um golpe de Estado e estabelece uma ditadura, de caráter corrupto e impiedoso. Os setores açucareiro, de mineração, turismo e jogo atraem para Cuba investimentos norte-americanos, mas a prosperidade não beneficia a maioria da população. 3. A oposição à ditadura cresce, particularmente entre o proletariado urbano e a juventude universitária. Jovens rebeldes liderados por Fidel Castro organizam, em 26 de julho de 1953, um ataque ao quartel de La Moncada, na cidade de Santiago de Cuba. O grupo é derrotado e sofre pesadas baixas. Castro é preso e, ao ser libertado, exila-se no México, onde organiza o Movimento 26 de Julho. Em dezembro de 1956, Castro e um pequeno grupo de 82 guerrilheiros, do qual participam o argentino Ernesto Che Guevara e Camilo Cienfuegos, chegam a Cuba no iate Granma. O grupo é atacado pelo Exército e dispersa-se, sendo reduzido a 12 homens, que conseguem chegar à Sierra Maestra com a ajuda de camponeses. Ali, junta-se a outros grupos guerrilheiros. Ao mesmo tempo, a mobilização nas cidades contra a ditadura se desenvolve. Em janeiro de 1957, uma greve paralisa quatro cidades no leste da ilha. Organizações do Movimento 26 de Julho constituem-se nas cidades e dão apoio político ao grupo de Castro. 4. O exército de Batista tem 70 mil homens bem armados, enquanto a guerrilha conta com no máximo 5 mil, muitos sem fuzis. O crescimento da luta contra Batista e sua derrubada explicam-se pela crise do regime e o forte movimento de massas, entre os camponeses e trabalhadores urbanos, que dá sustentação à atividade da guerrilha. Combates se desenvolvem por dois anos. O Movimento 26 de Julho começa a tomar várias cidades em direção a Havana, a capital, enquanto o Exército e as instituições da ditadura se desagregam. Batista e membros do governo, apoiado até o fim pelo governo dos EUA, fogem. Em 1º de janeiro de 1959, os guerrilheiros entram em Havana, em meio a gigantescas manifestações populares. 5. Fidel Castro torna-se primeiro-ministro e promete eleições em 18 meses. O governo revolucionário não se alinha neste momento à União Soviética (URSS) e promove uma série de medidas com o objetivo de implantar a igualdade e a justiça social. Realiza a reforma agrária, nacionaliza empresas estrangeiras, abre 10 mil salas de aula para erradicar o analfabetismo e reajusta os salários dos trabalhadores. 6. O choque entre as reformas colocadas em prática e os interesses dos EUA leva ao rompimento das relações diplomáticas entre as duas nações, em janeiro de 1961. A tensão cresce em abril, quando exilados cubanos treinados e equipados pela CIA desembarcam na baía dos Porcos, numa tentativa frustrada de derrubar o regime cubano. Em dezembro, Castro anuncia a adesão do Estado cubano ao socialismo e a aproximação com a URSS. Em 1961, também, ocorre a fusão do Movimento 26 de Julho com o partido ligado a Moscou, o Partido Socialista Popular, que havia sustentado a ditadura de Batista e era contrário à revolução até cinco meses antes de seu triunfo. Da fusão nasce a única organização partidária considerada legal no país, o Partido Unido da Revolução Socialista, mais tarde chamado de Partido Comunista Cubano (PCC). 7. Os EUA decretam em 1962 bloqueio econômico e político contra Cuba, que é expulsa da Organização dos Estados Americanos (OEA). Como o país vendia açúcar e charutos aos EUA e importava dos norte-americanos diversos produtos essenciais a sua economia, o bloqueio traz problemas sérios. Isso leva o governo Castro a uma aproximação maior com a URSS, que fornece ajuda financeira, técnica e militar para a estruturação do país de acordo com os moldes socialistas. Em outubro de 1962, o governo norte-americano descobre que há mísseis soviéticos na ilha e ameaça atacar o país, expondo-se ao risco de iniciar uma guerra nuclear com a URSS. Os EUA impõem bloqueio naval a Cuba e os mísseis são retirados pela URSS. 8. A partir de 1965, Cuba passa a incentivar movimentos revolucionários de esquerda na América Latina e na África. "Che" Guevara morre em 1967, executado por soldados do Exército, quando tentava organizar um movimento de guerrilhas no interior da Bolívia. 9. As realizações da revolução garantem amplo apoio popular ao regime. A miséria e o desemprego desaparecem e os preços dos aluguéis tornam-se extremamente baixos. O analfabetismo é eliminado em 1964, após uma campanha que envolve 271 mil voluntários. O ensino, a justiça e a assistência médica passam a ser gratuitos. Na economia, as esperanças iniciais de diversificação e de industrialização não se realizam. Em 1972, Cuba entra no Conselho de Mútua Assistência Econômica (Comecon), o mercado comum dos países do bloco socialista, no qual recebe tratamento preferencial: exporta açúcar e importa petróleo a preços favorecidos. A subsistência do país continua a se basear na exportação de açúcar e nos subsídios soviéticos. A produção agrícola deficitária e a manutenção do bloqueio provocam a escassez de alimentos, e o racionamento é imposto. 10. A frustração com o regime leva a um êxodo de 125 mil cubanos em 1980. Com o desmantelamento do Comecon e da URSS, em 1990 e 1991, respectivamente, o país enfrenta grave crise econômica. Os trabalhadores recebem salários baixos e há racionamento de alimentos. A partir de 1992, delineia-se certa abertura econômica e política, com vistas a combater a crise no país.
Posted on: Thu, 20 Jun 2013 01:21:47 +0000

Trending Topics



Recently Viewed Topics




© 2015