TRÊS MULHERES... TRÊS PAIXÕES... IGUAIS DESILUSÕES PRIMEIRA HISTÓRIA Decorriam os anos quarenta do século vinte, guerra na Europa. Com os torpedeamentos de nossos navios cargueiros, o Brasil pela afronta da agressão enviou tropas para lutarem em além mar. O jovem Altamirando integrando um contingente parte apreensivo e já saudoso por afastar-se da sua noiva Alzenarina. O tempo passa, escreve-lhe muitas cartas desde o Rio de Janeiro. Já no teatro do conflito, servia-se dos escassos momentos de vigília para escrever dizendo-lhe de seu grande amor, tendo em resposta cartas igualmente apaixonadas. Durante mais de quatrocentos dias em campanha lhe escreveu aproximadamente trezentas missivas, mas nem tantas teve em resposta, mesmo citada em todas as demais encaminhada para amigos e familiares. Maio de mil novecentos e quarenta e cinco, a almejada paz. Regresso a sua amada que deixara dois anos antes. Passado algum tempo, uma desagradável surpresa por vir a saber, por ela mesmo que o contido na correspondência enviada era de autoria de vizinho também militar, que as escrevia a seu pedido por ser analfabeta, condição muito comum na época, deixando os tratamentos ao seu critério. Muitos anos mais tarde, ele já idoso e inválido, seus familiares nos passaram que ainda possuía um sentimento de revolta pelo ocorrido há tanto tempo em plena juventude.
Posted on: Sat, 24 Aug 2013 21:35:19 +0000
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