Tenho me perguntado por andam andam os precursores de "novas" - TopicsExpress



          

Tenho me perguntado por andam andam os precursores de "novas" teorias sociais e econômicas. Me parece q no mundo de hoje não dá para utilizarmos teorias de 50, 100 ou 200 anos atrás. Porém sempre vejo uma "implicância" por parte da "esquerda" com a classe média, a burguesia. Pois digo que sem classe média e sem a burguesia e os anseios de todas as pessoas no mundo por uma vida melhor não teríamos avançado em diversas facetas de nossa vida contemporânea. E essa conquista só com liberdade, e esforço sem fim, pessoal, individual levando essa premissa ao coletivo, nunca ao contrário. Max, Engels, Adam Smith enfim.... me parecem ultrapassados e inadequados a nossa relidade global. Achei legal essa visão desse texto. Com dados históricos surpreendentes. O MITO DO ESTADO DO BEM-ESTAR SOCIAL Quando Karl Marx teorizou suas premissas estava diante um ambiente de revoluções ocasionadas pelo fracasso da monarquia absolutista imposta pelo Congresso de Viena. Naquele período o povo alemão não vivia o pensamento econômico de Adam Smith. As tomadas de decisão eram autocráticas, privilegiavam determinados grupos e indivíduos e forjava um ilusório e atrativo progresso que seduzia as pessoas do campo para a cidade. Com isto, as condições de trabalho tornavam-se precárias e os salários baixos. Entretanto a partir de 1871 com a unificação conquistada por Bismarck à região crescera de uma forma não pensada por Marx, tornando-se a maior potencia na Europa continental. Neste período, também não havia espaço para o livre mercado. Cartéis eram formados através do poder estatal, assim como o Estado passou a intervir cada vez mais na vida dos cidadãos. Entretanto, com o avanço da industrialização, a unidade cultura, econômica e a expansão de seus mercados no exterior ocorrera um desenvolvimento social não previsto por Marx. Também havia-se de notar o grande desenvolvimento socioeconômico da Grã-Bretanha. Assim muitos intelectuais passaram a questionar o pensamento marxista. No final do século XIX, surgiram os revisionistas através de Karl Kautsky e Eduard Bernstein. Estes intelectuais socialistas se dispuseram a repensar as teorias de Marx. Em face a suas análises, tornaram-se contrários ao materialismo dialético, acreditando na existência de fatores sociais além da economia. Opunham-se a revolução armada visando uma revolução socialista gradativa e democrática. E principalmente: atacaram o conceito marxista de inevitabilidade da concentração de renda, provando através de estatísticas que o poder de compra e acumulação do proletariado aumentavam gradativamente, o que propiciava que assalariados se transformassem em empreendedores. Mais de meio século depois, o economista e socialista sueco Gunnar Myrdal desenvolve o conceito de Estado do bem-estar social. Este sistema defende que o Estado deva agir como agente da promoção do desenvolvimento social através de ampla seguridade social (custeada por impostos altos) e como regulador da economia. O governo tornar-se-ia o gestor da sociedade em parceria com sindicatos, empresas privadas e órgãos públicos. Desde sua origem teórica e renome mundial, o Estado do bem-estar social fora amplamente adotado em países nórdicos. A partir de então há um mito defendido por socialistas sugere que este modelo propiciara um aumento exponencial da qualidade de vida na região com serviços públicos exemplares além de relatarem que este sistema persiste firmemente na atualidade. Doravante, desfarei este mito. Para tanto, cabe de antemão memorar a história sueca. Na primeira metade do século XIX a Suécia era pobre e pouco industrializada. Mas as reformas de livre mercado adotadas em 1860 permitiram seu ingresso na emergente evolução industrial, mantendo gastos governamentais inferiores a 10% do PIB. Rapidamente alcançaram o maior crescimento de renda per capita do mundo, entrando para o ranking das mais desenvolvidas. Com a Grande Depressão que trazia certo entusiasmo com o intervencionismo do New Deal os social-democratas subiram ao poder. Entretanto, pouco fizeram neste sentido. Mas de 1950 a 1975 os gastos públicos subiram de 20% para 50% do PIB. Já na década de 1970, a economia sueca crescia abaixo da média mundial. A inflação sueca se elevara, juntamente com os custos de vida, enquanto empresas e capitais fugiam para nações com menor carga tributária e pouca burocracia. Na década de 1990 a economia estava estagnada e em recessão. A empregabilidade caia e a dívida publica se elevava. A renda sueca que fora uma das mais elevadas no passado, chegara perto da vigésima colocação. O mesmo ocorria nas demais nações que praticavam o Estado do bem-estar social. A única alternativa era a liberalização econômica. Estatais foram privatizadas, setores foram desregulamentados, tributos reduzidos, havendo uma busca pela eliminação do déficit público. Noruega, Dinamarca e Finlândia tornaram-se economistas mistas, assim como a Suécia está se tornando desde a liberação mais severa propiciada pelo Partido Liberal a partir de 2006. Atualmente tais nações possuem uma intervenção binária, ou seja: tributação com mercado desregulamentado. Assim reverteram o processo de estagnação e voltaram a crescer. Esta noção não é a mesma defendida por Myrdal cuja base era regulamentaria. A tendência única é a continuidade do processo de liberalização a fins de solidificar suas economias. Na Suécia ocorrera a introdução do sistema de voucher na educação. Assim os pais recebem subsídios para escolher qual escola privada seus filhos estudarão. Outro fator ignorado pelos defensores do sistema de bem-estar social é a demora e burocracia no atendimento público. Na Suécia, para coisas simples, como instalar uma caixa de correio, o sistema funciona, mas para questões mais serias como uma cirurgia há imensa lentidão. Muitos suecos são forçados a deixar o país para se hospitalizarem em outras nações. Já a previdência é outro sistema a beira da falência. Na Dinamarca as leis trabalhistas foram revistas, uma vez que uma parte da população não tinha mais interesse em preencher as vagas de emprego, graças às altas pensões. Outro fator que devemos notar é redução atenuante dos impostos sobre rendas elevadas, embora persistam sobre bens e serviços tal como a desregulamentação trabalhista: na Escandinávia nem ao menos existe salário mínimo. Atualmente estas nações se encontram entre as maiores em liberdade econômica. Logo supor que sejam bons exemplos socialistas é um imenso disparate. Referências: Nipperdey – Alemanha, de Napoleão a Bismarck: David T. Murphy – “Prussiano visa a Zollverein, Stefan Karlsson – The Sweden Myth Markus Bergström – The Scandinavian-Welfare Myth Revisited Johan Norberg – Em defesa do capitalismo global
Posted on: Sat, 03 Aug 2013 16:31:15 +0000

Trending Topics



Recently Viewed Topics




© 2015