Tenho pensado nas efemeridades da vida. De como tudo se esvai, se transforma. Tenho pensado nas passagens, na fragilidade e fortaleza dos momentos. Nós lutamos tanto por algumas coisas, nos desesperamos para "cumprir nossas metas", alcançar nossos objetivos, realizar nossos sonhos, viver nossas paixões e encontrar nossos amores. E quando tudo isso acontece o esforço para manter o que se conquistou , para se fazer sentir do modo como se sentia antes de "tê-las" é muito maior do que o aplicado nesse meio do caminho. A permanência é mais difÃcil do que a trajetória. Nos apaixonamos por ideias, mas sem a experimentação fica tênue a linha entre o que é platônico e o que é real. Como se apaixonar pelo mar sem nunca tê-lo visto e/ou sentido, cheirado, ouvido, mergulhado nele? A gente custa a aprender com as circunstâncias que nos são postas na vida. A gente custa a encontrar um equilÃbrio. E a todo momento surgem novas metas, novos sonhos, novas paixões. Toda angústia parece a primeira, todo problema é "o grande problema" e todo amor é o maior do mundo. Ainda não descobri se me assusto mais em alcançar ou abrir mão dos meus ideais. Os dois me assustam. Mas não é medo. Medo não move, preguiça não move. É dúvida. As dúvidas que dão movimento para a nossa existência. O poder vital de fazer escolhas é uma faca de dois, três, quatro, um trilhão de gumes. E isso é incrÃvel. Poder SENTIR é incrÃvel. E tudo me parece que se chama VIVER! Por Mari Bufalo
Posted on: Sat, 13 Jul 2013 19:11:21 +0000
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