Teístas e ateus, convoco o debate. Vamos discutir aquilo que - TopicsExpress



          

Teístas e ateus, convoco o debate. Vamos discutir aquilo que chamo de "estelionato ideológico" dos nossos tempos, que é a fusão dos conceitos de deus e moral. Essa discussão é central no conceito de "cristianismo ateu", a minha maneira de ver as coisas. Quando vc não sabe que a Terra é redonda e não sabe o que é o vulcão, a mitologia faz sentido. Se a realidade ao seu redor não tem causalidades definidas, você cria algo pra amarrar o sentido de tudo, a permanência das coisas, etc. O problema é que hoje nós sabemos o que é o vulcão, e sabemos nosso lugar no universo conhecido. Ainda que a realidade continue com todos os furos de causalidade que sabemos (nós temos limites cognitivos graves pra descrever o universo que descobrimos desde o tempo do vulcão-deus: não podemos "explicar" o tamanho do universo, por exemplo), não é mais lícita a confusão entre "deus" e "amor", por exemplo. Não consigo achar que a gente só não bate numa velhinha porque acredita em deus. Eu não vou sair por aí pisando na cabeça alheia ou estuprando crianças porque sou ateu. A empatia não depende de nenhuma mitologia. Penso que permanecer na mitologia depois da voyager é se recusar a sair da infância. Eu te amo, que nem jesus falou que era pra gente perceber (não acho que tenha sido uma "ordem" isso, é apenas constatar o óbvio). Eu só não acho que isso tenha dependência direta de uma cosmogonia (trindade, "eu sou deus", etc). Quando Jesus é um filósofo e a megalomania teísta pode ser vista como inserções medievais no texto (é sabido que houve centenas delas, comprovadas), ou mesmo que esta megalomania teísta seja lícita e realmente originária do sujeito, não consigo deixar de pensar que não faz diferença nenhuma, em termos de ser um código moral ou proposta de empatia. E aí? como que fica?
Posted on: Sat, 07 Sep 2013 11:22:37 +0000

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