The Hangover III é o tipo de filme que não me interessaria e - TopicsExpress



          

The Hangover III é o tipo de filme que não me interessaria e sobre o qual não estaria escrever na Red Room, excepto pelo facto da primeira parte desta trilogia de humor (razoavelmente) boçal, assinada por Todd Phillips, estar na lista dos melhores filmes de humor (razoavelmente) boçal que vi nos últimos anos. A presença no elenco de Zach Galifianakis é, certamente, um dos pontos a favor. Bradley Cooper e Justin Bartha arrastaram-se pelo ecrã ao longo dos três filmes sem nada oferecer (no caso de Justin Bartha o tempo de antena até foi bastante reduzido) e Ed Helms tentou justificar o motivo pelo qual quase toda a gente que passa pelo Daily Show acaba por tornar-se num actor de cinema. E fracassou. Posto isto, vamos à parte três, anunciada como o desfecho épico da saga dos quatro amigos. Em primeiro lugar, não há lugar para o factor épico neste filme. Enfim, podemos considerar a presença de John Goodman no filme como um feito épico, mas só ao nível da contratação, já que a prestação do homem limitou-se a uma actuação em piloto-automático. Há acção, mais movimento e violência do que nos anteriores. Talvez fosse essa ideia de "épico" na mente de quem imaginou a tagline: "The epic conclusion to the trilogy of mayhem and bad decisions" (a conclusão da trilogia de destruição e decisões erradas). O que não há é uma ressaca, apesar do título, nem muitos momentos de humor, mesmo daquele razoavelmente boçal. Vamos, então à sinopse, que justifica (razoavelmente) o porquê desta mudança radical no esquema da trilogia: o pai de Alan (Zach Galifianakis) - interpretado, com brevidade, por Jeffrey Tambor - morre e a apatia natural do filho alcança níveis preocupantes. Doug (Justin Bartha) insiste que o cunhado seja internado num instituição de saúde mental especializada em depressões e afins, porém Alan só aceita se os membros do "Wolf Pack" (a Matilha) o levarem até lá de carro, para uma última aventura em conjunto. A viagem, obviamente, não decorre de acordo com o planeado, desta feita não por intervenção directa de Alan, mas porque o "amigo" deste, Mr. Chow (Kem Jeong) envolveu-se com criminosos (razoavelmente) perigosos - liderados por Marshall (John Goodman) -, os quais acabam por descobrir a ligação entre Chow e os quatro norte-americanos. Seguem-se as patetices do costume, mas desta vez com mais armas de fogo. Os momentos de humor são fracos, as perseguições e trocas de tiros não têm ali grande cabimento e a transformação do enredo - mesmo que necessária para não cair no absurdo de três casamentos, três noites de loucura, três ressacas mesmo muito complicadas - tornou o que deveria ser uma comédia boçal, numa má comédia de acção. Resumidamente, este desfecho épico era perfeitamente desnecessário. Se bem que o mesmo se pode dizer da segunda parte. Para quem apreciou os dois anteriores, é provável que não seja uma grande decepção e, de facto, o filme fecha esta história. Desde que não esperem uma película com uma grande dose de humor. **** (4/10) Miguel Ângelo Ribeiro
Posted on: Sun, 30 Jun 2013 17:27:32 +0000

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