Todo o discurso sobre o amor se encontra equivocado nos dias atuais. Desde os livros até a publicidade, diversos autores tratam a questão como uma extensão do ego, uma tentativa de autovaloração em detrimento a um mundo composto de pessoas incompreensiveis. A verdade é que confunde-se mormente o sentimento do amor, com a manifestação biológica do desejo, transformada em ideologia, plenamente aceita e ensinada por todos. O desejo é auto indugente mesmo, satisfeito em si mesmo, controlador, egoista, expansionista. Diferente do amor, que sempre ocorre de forma minimalista. A grandiloquencia das ditas historias romanticas tem em seu cerne o processo da sedução, uma especie de pré-prazer, manifestação primaria do desejo e de todo seu desencadear. O amor é uma manifestação altruista, voltada exclusivamente para o outro. O amor não exige, não manifesta vontades, não oprime. A confusão presente até nos maiores poetas acerca da distinção entre paixão e amor pode se r resumida em poucas palavras. A paixão é a hiperbole do prazer, do egoismo, do consumir o outro como se este lhe pertenceste. Esse leva ao sofrimento e incompreensão. A prova de cxomo esta questão é delicada, se dá nas leituras feitas sobre a obra de Epicuro. Amor representa doação, abnegação, aceitação e acima de tudo compreensão, como ja dizia Buber. O amor verdadeiro acontece no respeito total da liberdade do outro, assim como o amor de Santo Agostinho. A partir da distinção de sentimentos e ações totalmente opostas , mas confundiveis em seu desenrolar, é possivel entender a dor, a propria e a do proximo, estabelecer um dialogo pleno com o outro e consigo mesmo, viver a sua liberdade em toda sua dimensão.
Posted on: Mon, 29 Jul 2013 12:25:07 +0000
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