Trecho da entrevista concedida por Octávio Florisbal, - TopicsExpress



          

Trecho da entrevista concedida por Octávio Florisbal, diretor-geral da TV Globo, ao Jornal O Estadão, nas páginas do caderno de Economia, em 12/Ago/2012. Nos últimos cinco anos, em termos porcentuais, a Globo reduziu sua fatia de audiência, mas não perdeu receita publicitária. Como a TV aberta abocanha 65% da publicidade, com internet e TV paga em pleno crescimento? Nós acompanhamos essa questão de audiência, somos neuróticos. Temos duas reuniões por semana, de programação, conteúdo, e a gente fica mapeando tudo. O PNT (Painel Nacional do Ibope) foi inaugurado em 1997. A Globo tinha, de 97 a 2004, 21 pontos das 7h à 0h. O SBT vinha em segundo, a Record, em terceiro – somavam 12, 13 pontos, a mesma coisa que hoje. Entre 2005 e 2006, fomos a 23 pontos. Depois voltamos a 21. Nos últimos anos, no PNT, temos 18, 19 pontos. Se você olhar assim, tem uma perda percentual, mas, hoje, os 18 pontos são muito mais telespectadores do que os 21 de 1997, porque hoje há 55 milhões de domicílios vendo TV e lá havia 35 milhões. A queixa da Record é que a fatia que a Globo tem disso em publicidade já não corresponde à fatia de audiência. No primeiro semestre deste ano, numa lista dos 50 programas de maior audiência, 47 são da Globo (PNT). As agências e os anunciantes sabem o target que eles querem atingir, e eles fazem esse ranking, eles têm lá os simuladores deles. Eles pegam assim os 30 maiores e a grande maioria é da TV Globo. A TV Globo, de fato, nesses 65% de TV aberta, tem uma participação majoritária, acima de 50%. E há o parâmetro dos dois dígitos (acima de 10 pontos no Ibope). Atingir dois dígitos é um fator que desperta a atenção do mercado. Ontem (quinta-feira), nós tivemos 22 ou 23 programas acima de 10 pontos. A Record teve 1 programa e o SBT teve 1. A Globo tem o menor custo por mil (consumidores).
Posted on: Tue, 05 Nov 2013 21:37:16 +0000

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