Tudo como dantes, sem procura de uma república melhor por José - TopicsExpress



          

Tudo como dantes, sem procura de uma república melhor por José Adelino Maltez Em poucos de um quarto de hora, os portugueses, feitos auditores do comentário oficial, ficaram a saber que, sem nenhum actor pedir perdão pela ilusão de interrupção, o programa (de uma maioria, um governo e um presidente) segue dentro de momentos. Porque tudo continua como dantes, com o quartel-general nos directórios partidários da maioria formal da presente aritmética parlamentar. Não emergiu um autor, constitucionalmente autorizado, da geometria social capaz de reforçar a confiança pública no funcionamento regular das instituições, com poder de controlo democrático do dito “normal financiamento do Estado e da economia”. O presidente preferiu o estático da mera sintonia entre dois dos três pilares do situacionismo da troika, com diminuição de arco, sem antecipação de um “novo ciclo político”, melhor do que este, o que não se mostra aberto à “cultura política do compromisso”. Até nesta “ocasião de emergência”, ou “fase crucial”, não ousou procurar aquele médio prazo que nos permitiria navegar para o porto seguro da pós-troika. Apenas se confirmou que o presidente abdicou da solução que, categoricamente, considerou a melhor. O nosso futuro ficou, assim, limitado ao chamado pretérito imperfeito, o do “país imprevisível”. Logo, face ao vazio político moderador do centro, capaz de ser realmente concêntrico face ao país, para que “o país possa ser administrado pelo país”, ficou a resignação do “salvo-seja”. Porque o presidente temeu sulcar o imprevisível, até com a mediação activa do risco, pela criatividade institucional, que parecia prometida. Esperemos que, pelo menos, “os cidadãos” tenham ficado “mais conscientes” e surjam novas forças vivas que antecipem a pilotagem do amanhã. (No DN de hoje)
Posted on: Mon, 22 Jul 2013 08:31:39 +0000

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