UM BREVE BALANÇO DA EDUCAÇÃO EM PERNAMBUCO Intensificando a - TopicsExpress



          

UM BREVE BALANÇO DA EDUCAÇÃO EM PERNAMBUCO Intensificando a política neoliberal iniciada em gestões passadas o governo Eduardo Campos (PSB-PE) gerencia o Estado com base num programa de cumprimento de metas e estímulo a meritocracia. Através do BDE (Bônus de Desempenho Educacional) o governo promove a discriminação entre as unidades de ensino. Escolas que não conseguem cumprir as metas estabelecidas pela INDG (Instituto de Gerenciamento Educacional), empresa privada mineira, contratada pelo governo para auxiliar o gerenciamento da educação no estado, são classificadas em ‘’escolas zero’’, as que cumprem completamente as metas estipuladas, são consideradas” escolas cem por cento”. Assim, como acontece nas empresas privadas o cumprimento de metas leva à concorrência, produz estresse, e adoece o trabalhador. Não é à toa que o número de pessoas com problemas psicológicos vem crescendo continuadamente, de acordo com informes dados no V Seminário Sobre a Saúde do Trabalhador/SINTEPE, são as doenças de origem psicológicas as principais causas de afastamento dos profissionais da educação. Utilizando-se dos números do IDEPE (Índice de Desenvolvimento da Educação de Pernambuco) que mede anualmente a “qualidade” da educação, o governo comemorou e, alardeou na mídia a ‘’evolução educacional’’ no Estado. Os resultados apresentados para os anos 2010/2011 respectivamente, foram: Séries finais do Fundamental I (4.0- 4.4), Fundamental II (3.4- 3.5) e Ensino Médio (3.0- 3.3). Apesar de índices tão baixos, o Secretário de Educação na época, Anderson Gomes disse que, a qualidade do ensinou melhorou e que, o modelo de educação desenvolvido no estado deverá servir de exemplo para o país. Em janeiro de 2009 Eduardo Campos numa afronta ao trabalhador e, em total desrespeito a Lei 11.738/2008, deixa de reajustar o Piso Salarial dos Professores como determina o artigo 5º a mesma. No mesmo ano após a realização de uma greve de aproximadamente um mês de duração, o governo descontou os dias parados e impediu os professores de fazer a reposição das aulas. Além do dano causado ao bolso do trabalhador o governo sonegou ao aluno o direito aos 200 dias (no mínimo) letivos com aulas, exigidos pela LDB. Dando continuidade a política de ataques, no início de 2010, Eduardo Campos rasga o Plano de Cargos e Carreiras do Trabalhadores em Educação, e anexa a Gratificação do Exercício do Magistério (‘’pó de giz’’ ) ao vencimento base para compor o valor do Piso Salarial. E, como se não bastasse todo esse desmando e abuso, estabelece valores fixos por faixa salarial para o pagamento da gratificação do difícil acesso quando, o Estatuto do Magistério em seu capítulo V (artigo 31) assegura ao trabalhador o direito à gratificação de 40% sobre o vencimento base. Numa falta extrema de exercício da democracia o governo acaba com o processo de eleições diretas para a escolha de diretores de escolas públicas. Gestores ‘’colaboradores’’ do governo mantiveram-se em seus cargos por meio de decreto outros, foram substituídos, sendo a SEE encarregada de fazer a intervenção e indicar o diretor. Em 2012 após muita luta, as eleições voltaram a acontecer na escola porém, o governo por meio de mais um decreto (nº 38.103/12) estabelece as regras e ditas o normas para as eleições. Exige curso de aperfeiçoamento e, numa lista tríplice composta pelos candidatos mais votados em cada escola, decide quem é o diretor. Bom frisar que, o curso de ‘’aperfeiçoamento de gestão’’ foi realizado aos sábados sem que os participantes fossem afastados de suas funções. Outra vez, o governo contraria o Estatuto do Magistério quando em seu Capítulo IV artigo 28, concede ao professor afastamento sem prejuízo de seus vencimentos e vantagens para participação em cursos, seminários, atividades sindicais e outras. O número excessivo de professores contratados temporariamente é mais um atestado do descaso governamental com a educação. Em 2012 dados da SEE/PE apontam que havia na rede, 12.846 temporários para um total de aproximadamente 35 mil funcionários estatutários enquanto isso, professores aprovados em concursos passados ainda aguardam na fila a convocação. Ampliando o número de escolas de Referências que atualmente já somam 217 (sendo 100 semi-integrais) o governo fecha aleatoriamente turmas do Ensino Fundamental (5ª a 8ª séries). Para fechar turmas o governo estrategicamente utiliza o sistema de matrícula pelo 0800. Nas escolas que estão na mira para serem transformadas em Referência, a Secretaria de Educação não disponibiliza vagas pelo telefone assim, a escola não apresenta demanda de alunos e com base na Instrução Normativa 007/12 e na Portaria nº 397/2011 a secretaria determina o fechamento de turmas. Esse procedimento tem jogado alunos para estudar em locais distantes de suas residências e, fere totalmente as recomendações da Lei de Diretrizes e Bases (LDB nº 9394/96 ) que em seu artigo 4º garante ao aluno o direito de estudar em local próximo onde mora. O fechamento de turmas acarreta também problemas para o professor que, sem turmas é obrigado a procurar outra unidade para lecionar. Todo esse desmantelo é batizado pela Secretaria de Educação de “reordenamento das escolas’ e tem como objetivo a consolidação da política de municipalização em que, os municípios ficarão exclusivamente com o Ensino Fundamental (I e II) e o Estado apenas com o Ensino Médio. Porém, a Constituição Federal em seu artigo 211 que trata da Educação não transfere responsabilidades exclusivas do Ensino Médio ou Fundamental para os estados ou os municípios. A lei diz que, a organização do ensino deverá ocorrer em regime de colaboração entre estes. E tem mais, Instruções Normativas e Portarias não podem sobrepor-se à uma Lei. Ainda permeando a política de desvalorização do trabalho docente Eduardo Campos amplia o número de salas do Projeto Travessia. Esse programa absorve apenas dois professores contratados temporariamente, um encarregado de lecionar as disciplinas de Humanas e outro, Exatas. Tal atitude é mais uma comprovação que o governo Eduardo Campos não respeita a legislação (Estatuto do Magistério- Art. 11 - Para o exercício do cargo de professor do Ensino Fundamental de 5ª a 8ª série e do Ensino Médio da carreira do magistério público do Ensino Fundamental de 5ª a 8ª série e Ensino Médio exigir-se-á Licenciatura Plena compatível com a disciplina a ser ministrada) Mantido por empresas privadas entre elas a Fundação Roberto Marinho e o Instituto Airton Senna, o projeto visa a aceleração da aprendizagem para alunos considerados fora de faixa etária. O projeto é bastante lucrativo para o governo uma vez que, utiliza a mão-de-obra barata de apenas dois professores para dar conta de diversas disciplinas. Margeados por uma infinidade de problemas educacionais que desmotivam e aflige o trabalhador estes, ainda são obrigados a conviver com uma intensa burocracia que vai desde o preenchimento do livro de ponto até os diários de classe. Além disso, convivem em escolas com problemas relacionados à estrutura física ( rede de esgoto, eletrificação, rachaduras, infiltrações etc.), com laboratórios de informática e de ciências e bibliotecas sem funcionamento ou funcionando precariamente. Vítimas de assédio moral, ainda são fiscalizados pelas câmeras ‘big brother’’ instaladas pela Secretaria de Educação nos corredores de várias escolas e que, segundo declaração da própria Secretaria, serão coladas também dentro das salas de aulas. Uma atitude invasiva e antipedagógica mas que, por não encontrar resistência vem se estendendo pelas unidades de ensino. Até mesmo o SINTEPE, sindicato que representa os trabalhadores em educação não tem se posicionado contrário. As câmeras assim, como os tabletes distribuídos para os alunos do Ensino Médio, as cadernetas eletrônicas e os microfones entregues para (alguns) professores doentes com problemas na voz, fazem parte do ‘kit de tecnologias avançadas’ implantadas nas escolas a rede. Importante lembrar que, medida alguma adotada pelo governo para a educação, passa por uma discussão com a categoria. As decisões são tomadas em gabinetes e repassadas às escolas via Secretaria de Educação/GREs/ Direções de Escolas. Aos trabalhadores, cabe apenas, executá-las. Maria Albênia Silva
Posted on: Tue, 09 Jul 2013 18:49:55 +0000

Trending Topics



n-height:30px;">
Bukan Cinta Biasa (BCB) part #58 like yang banyak yoo ! mimin
--------►The Sleeping Giant Isnt Sleeping Any
Ok... i havent been posting a lot and havent been on much due to
UPS Battery bfqueox 9204614926209 iv9t8a l6gdw1 t56icl6.
Luke 4:1-4 And Jesus being full of the Holy Ghost returned from
HOW TO GENERATE LEADS FAST ON FACEBOOK FROM ANY COMPANY OR
Gen II Sheathing System Triad Gen II Sheathing System Triads

Recently Viewed Topics




© 2015