UM POUCO DE HISTÓRIA - PORQUE NÃO REALIZAMOS O CAMPEONATO - TopicsExpress



          

UM POUCO DE HISTÓRIA - PORQUE NÃO REALIZAMOS O CAMPEONATO MUNDIAL DE FUTEBOL NO BRASIL, EM 1986... Outro dia ouvi de um cidadão: "Os militares nada fizeram pelo país! Foram 20 anos de escuridão. Nunca se viu tanta corrupção". Não sei se simplesmente, por algum motivo que ignoro completamente, queria me atingir, por eu ser militar, ou se era por simples ignorância ou ingenuidade sobre a realidade pela qual passamos. Por este motivo sempre que tenho oportunidade faço questão de contribuir com fatos para que cada um tire a sua própria conclusão, uma vez que não tenho a pretensão de ser "arauto" da verdade. O momento em que vivemos alguns FATOS são importantes de serem lembrados, ou mesmo conhecidos, pois a imensa maioria do povo desconhece a história por trás da história que é contada e deturpada por aqueles que não tem compromisso com o povo brasileiro, e só pensam na manutenção do poder e na sua filosofia radical, a qual colocam como sendo A VERDADE... PORQUE NÃO REALIZAMOS O CAMPEONATO MUNDIAL DE FUTEBOL NO BRASIL, EM 1986... Olá, É tempo de conhecer (relembrar) um acontecimento da Granja do Torto, na ocasião residência do presidente da república, relatada e comentada pelo filho dele [ao final, comentário do jornalista Rodrigo Araujo]: João Figueiredo, Havelange e a Copa... PALAVRAS DO FILHO DO PRESIDENTE JOAO FIGUEIREDO (com comentários dele mesmo): Como você sabe, sou, evidentemente, talvez o cara mais suspeito para tecer considerações sobre qualquer matéria que faça juízo de valor a respeito de meu pai, especialmente em atos do seu governo. Mas sobre este episódio, especificamente, não posso me furtar a lhe dizer, e com certeza absoluta, que o que está relatado é totalmente verdadeiro. Até porque, veja você, calhou de eu estar presente no mencionado encontro. Tinha acabado de vir do Rio, e fui direto ao Torto ver os meus pais, como eu sempre fazia assim que chegava em Brasília. Soube que o "Velho" estava reunido com o Havellange, no gabinete da residência. Como sempre tivemos com ele uma relação muito cordial, me permiti entrar para cumprimentá-lo e dar-lhe um abraço. - João e João ? Esta reunião eu tenho que respeitar !, brinquei irreverente, dele recebendo um carinhoso beijo. (Havellange sempre teve o hábito de beijar os amigos). Ia, logicamente, me retirar, mas Papai me deixou à vontade: - Senta aí, estamos falando de futebol, que é coisa que você adora. Fui logo sacaneando: - E ele já descobriu um jeito de salvar o Fluminense ? (risos - os dois, tricolores roxos...). - Ainda não, mas vamos chegar lá. Estamos conversando sobre Copa do Mundo... E deu-se então o diálogo, do qual o trecho que está contido no texto fez parte, realmente. O Velho não concordava que o país dispendesse quase 1 bilhão de dólares (valor abissal para os números daquela época) para tentar satisfazer o caderno de encargos da FIFA, principalmente diante do quadro de enorme dificuldade financeira que o Brasil atravessava. Uma situação cambial dramática, resultante de um aperto histórico na liquidez internacional - taxa de juros internacionais de 22% a.a, barril de petróleo a 50 dólares no mercado spot - agravada pela necessidade de se dar continuidade a um importantíssimo conjunto de obras de infraestrutura. Muitas delas iniciadas, diga-se de passagem, em governos anteriores, mas que não poderiam ser paralisadas por serem realmente de vital importância para a continuidade do nosso desenvolvimento. Para se ter uma idéia: produzíamos, em 1979 (quando houve o segundo "oil shock"), apenas 164.000 barris de petróleo por dia, contra uma demanda de 1,2 milhões. Um forte investimento nos programas de prospecção e mudança no perfil do refino, associado à criação e implementação do Proácool, permitiu que em 1985 se atingisse uma produção de 640.000 barris/dia, fora a triplicação das reservas cubadas de gás, e ainda tivéssemos grande parte da bacia de Campos instalada (o que, sem medo de falar bobagem, até hoje garante o abastecimento do nosso carro ou o óleo diesel do nosso busão). Realmente, era contrastante com o que se fez (ou melhor, o que NÃO se fez) nos governos seguintes: - várias hidrelétricas, começando por Itaipu - até hoje é a segunda maior do mundo, além de Tucuruí, Balbina, Sobradinho, etc, todas com as suas gigantescas linhas de transmissão; - conclusão da expansão de todas as grandes siderúrgicas (CSN, Usiminas, Cosipa e outras - que fizeram o Brasil passar de crônico importador para exportador de aço); - conclusão das usinas de Angra 1 e 2; - um programa agrícola que permitiu que ainda hoje estejamos colhendo os frutos da disparada de produção de grãos - graças à Embrapa, ao programa dos cerrados e ao programa "Plante que o João garante"; - um salto formidável nas telecomunicações, até então ridículas; multiplicação da malha rodoviária - a mesma, praticamente, na qual hoje ainda rodamos, só que agora sucateada e abandonada; inauguração de dois metrôs: Rio e São Paulo; - instalação de vários açudes no sertão nordestino; - e, o que não vejo ninguém da mídia mencionar (até porque não lhes interessa): a construção de 2.400.000 casas populares, mais do que toda a história do BNH até então, e muito mais do que a soma de todos os outros governos (?!) que se sucederam. Isto é apenas o que eu me lembro agora, ao aqui escrever rapidamente. Em resumo: naquela época, o dinheiro dos impostos dos brasileiros, simplesmente, destinava-se ao desenvolvimento do país. Daí não ter havido condições de se fazer a Copa de 1986. O mais engraçado foi no dia seguinte: Delfim era muito ligado ao então presidente da CBF (ou ainda era CBD ?), Giulitte Coutinho, que, lógico, tinha todo o interesse em trazer aquela Copa para o Brasil. No despacho, Delfim foi logo colocando: - "Presidente, trago aqui os números globais de custo para fazermos a Copa, blá, blá, blá, vai dar entre uns 300 a 500 milhões de dólares, blá, blá, blá..." O Velho, que já havia pedido ao SNI para preparar um estudo acurado, cortou sumariamente : - "Não é isso não, Delfim, você está enganado, iria custar isto, mais isto, mais aquilo ... e pode esquecer, porque nós não vamos entrar nesta fria!" Mas, para concluir, já falando do presente: o que se está fazendo com o povo brasileiro é simplesmente criminoso. Só que a roubalheira na construção dos estádios é apenas a cabeça do iceberg... Só chamando um Aiatolá para dar jeito, mesmo. Grande abraço, P Fig 19/06/13 - O dia em que João Figueiredo mandou Havelange enfiar a Copa onde ele quisesse! Recebido por e-mail. Sempre foi autêntico... falava na cara o que pensava... saudades !! Texto do jornalista Rodrigo Araújo: O Havelange ofereceu a Copa do Mundo no Brasil e o “delicado” presidente lhe respondeu: - Você conhece uma favela do Rio de Janeiro? Você já viu a seca do nordeste? E você acha que eu vou gastar dinheiro com estádio de futebol? Esse governo atual, esdrúxulo e despreparado, está gastando oceanos e não rios de dinheiro para construir estádios inúteis e nada de infra-estrutura. Educação pra quê? Nem eles têm, como podem oferecer ao povo? E, o mais nojento, é o tanto que os petistas e comunistas do PC do B estão ricos. Pra mim, a Copa será a 1ª grande desgraça do Brasil no século 21. Vamos levar uns 20 anos pra recuperar do prejuízo causado nos dois últimos anos, com essas obras mirabolantes. A farra dos governantes, dirigentes e empreiteiros. Uma lástima. Se gastam bilhões para um eventozinho da FIFA, que ganhou antipatia geral, e dura um mês, imagine quanto deveriam gastar em infra estrutura, educação, saúde e segurança para o povo que vai passar a vida toda aqui? Compartilhem ao máximo, O PAIS AGRADECE !!!
Posted on: Sun, 28 Jul 2013 21:16:26 +0000

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