UMA ANÁLISE MINUCIOSA DE FILIPENSES 2:5-7 De sorte que haja em - TopicsExpress



          

UMA ANÁLISE MINUCIOSA DE FILIPENSES 2:5-7 De sorte que haja em vós o mesmo sentimento que houve também no Messias Yeshua, Que, sendo em FORMA de elohim, não teve por usurpação ser igual a Dus, Mas esvaziou-se a si mesmo, tomando a FORMA de servo, fazendo-se semelhante aos homens. A reivindicação trinitária Uma pesquisa de comentários trinitarianos revela inúmeras variações sobre a interpretação geral deste verso e/ou relativa a determinados aspectos ou detalhes deste versículo. Portanto, é difícil afirmar uma interpretação representante específica trinitária. No entanto, geralmente os trinitarianos insistem que este versículo identifica Yeshua como Dus e também insistem que este versículo descreve Yeshua não considerando sua realidade ontológica de divindade e/ou glória divina, mas sim humilhando-se a si mesmo para tomar a natureza humana sobre si mesmo e tornando-se humano. Junto com esta interpretação, alguns trinitários comumente insistem que Yeshua também desistiu de algumas de suas prerrogativas divinas ou alguma ideia semelhante a essas. Análise da alegação 1. Intepretações trinitariana Os trinitarianos geralmente leem este versículo como se o Rav. Shaul (Paulo) estivesse falando sobre Yeshua e sua decisão de se tornar um ser humano. Para os trinitários, Shaul está se referindo a encarnação do Deus Filho. A palavra MORPHE é geralmente tomada como se ela significasse natureza divina e o verso é lido como se dissesse, Yeshua, que, sendo da natureza divina do Deus UM (...) 2. A gramática grega e sua Estrutura neste verso: ὃς ἐν μορφῇ θεοῦ ὑπάρχων οὐχ , ἁρπαγμὸν ἡγήσατο τὸ εἶναι ἴσα θεῷ que em forma de Deus, começou por baixo, não furtando autoridade, para ser igual a Deus 3. O significado pretendido de MORPHE Esta palavra grega é comumente traduzido para o Inglês como FORMA. Os trinitarianos tendem a interpretar esta palavra grega, como se isso significa natureza divina. No entanto, este não é o significado pretendido e veremos isto sem grandes dificuldades. Primeiro, a evidência para estas palavras demonstra que elas se referem À APARÊNCIA, O QUE SE VIU COM OS OLHOS. Mas Dus é invisível, indicando que sua natureza divina é invisível. Um Deus Filho não pode ter uma natureza divina visível e o Pai ter uma natureza divina invisível, ou então eles não têm a mesma natureza divina e eles não seriam UM em termos de doutrina trinitária. Enquanto Yeshua poderia, hipoteticamente, aparecer de forma visível, como ocorre com anjos invisíveis de outra forma, esta forma não poderia ser a natureza divina invisível uma vez que essa natureza é compartilhada com o Pai na doutrina trinitária e que o Pai é, naturalmente, invisível. Segundo, Paulo contrasta a MORPHE DE ELOHIM com a MORPHE DE UM SERVO. Parece absurdo ter Paulo contrastando um o que (a natureza divina) versus um quem (um funcionário). Os Trinitários são então forçados a ler forma de servo, como se diz, a forma de um ser humano, mas isso não é o que diz Paulo. Além disso, UM SERVO NÃO É UM SERVO DEVIDO A ELE POSSUIR UMA NATUREZA FÍSICA, CONSTITUIÇÃO BIOLÓGICA, OU SUBSTÂNCIA QUE O CATEGORIZA COMO UM SERVO. UM SERVO É UM SERVO, DEVIDOÀ SUA POSIÇÃO HIERÁRQUICA NA VIDA E AS ATIVIDADES DE SERVO QUE ELE REALIZA. E PORTANTO ESTE TEXTO INTEIRO DE FILIPENSES FALA DE FUNÇÃO, E NÃO DE ESSÊNCIAINTERNA DO SER OU NATUREZA DIVINA. Terceiro, temos evidências sobre o significado de MORPHE durante os tempos da Brit Chadashá, Kenneth Wuest, um estudioso trinitariano, e professor de grego no Moody Bible Institute, tem pesquisado o significado da palavra em MORPHE no grego koiné. No momento em que a Brit Chadashá foi escrita, MORPHE significava UMA FASE NA VIDA, UM STATUS OU POSIÇÃO QUE ALGUÉM DETÉM, A CLASSIFICAÇÃO DE ALGUÉM. E isso é o significadodo significado da palavra MORPHE neste contexto. (O uso prático do grego do Novo Testamento, p. 84). A palavra grega MORPHE é usada apenas três vezes na Brit Chadashá, duas vezes nesta passagem e uma vez em Marcos 16:12, onde é traduzido como FORMA. Embora, Marcos 16:12 é uma passagem controvertida, ele representa a maneira pela qual esta palavra era usada pelos antigos oradores gregos. Aqui MORPHE obviamente se refere À APARÊNCIA, como Yeshua apareceu para as pessoas. Depois disso, ele apareceu em uma FORMA diferente a dois deles, enquanto eles estavam andando em seu caminho para o interior. De sorte que haja em vós o mesmo sentimento que houve também no Messias Yeshua, Que, sendo em FORMA de ELOHIM, não teve por usurpação ser igual a Dus, Mas esvaziou-se a si mesmo, tomando a FORMA de servo, fazendo-se semelhante aos homens; A palavra MORPHE aparece quatro vezes na Septuaginta (TANACH grego), veja: Depois disse a Zeba e Zalmuna, Que tipo de homens eram os que você matou em Tabor? E eles responderam: Como você, de modo que, cada um tinha a forma (morphe) de o filho de um rei(Juízes 8:18). Então um espírito passou pelo meu rosto, o cabelo da minha carne eriçou-se. Parou ele, mas não pude discernir a sua aparência, um vulto (morphe) estava diante dos meus olhos. (Jó 14:16). Outro esculpe a madeira, ele estende uma linha de medição, ele a contorna com giz vermelho. Ele trabalha com reguas e desenha nela com um compasso, e o faz com a forma (morphe) de um homem, semelhante a beleza do homem, para que ela possa ficar em uma casa. (Isaías 44:13). Nabucodonosor estava cheio de fúria, e a forma (morphe) de seu rosto foi alterada. (obviamente a natureza física do rosto dele não foi alterada, e sim SUA APARÊNCIA)(Daniel 3:19). Aquilla também usou morphe em sua tradução do segundo século nos versos seguintes: Sua aparência foi marcado mais do que qualquer homem e sua forma (morphe) mais do que os filhos dos homens .... Pois ele cresceu diante dele como um renovo, e como raiz de uma terra seca; ele não tem forma (morphe) imponente ou majestade para que devessemos olhar para ele, nem aparência que nos atraisse a ele. (Isaías 52:14; 53:2). MAIS UM CASO ÓBVIO EM QUE MORPHE NÃO FALA DE ESSÊNCIA DO SER OU NATUREZA FÍSICA, MAS MERAMENTE DE APARÊNCIA FÍSICA EXTERNA E VISÍVEL. Com tudo isso posto, fica agora CLARÍSSIMO o significado pretendido por Shaul ao redigir esta epístola aos Filipenses, A PALAVRA MORPHE (FORMA) NÃO TEM NADA A VER COM NATUREZA FÍSICA OU ESSÊNCIA INTRÍNSECA DO SER OU SUBSTÂNCIA, MAS SIMPLESMENTE COM A APARÊNCIA EXTERNA VISÍVEL, POIS ELE RELACIONA A FORMA DE YESHUA COM A FORMA DE UM SERVO, NESTE CONTEXTO, E UM SERVO NÃO PRECISA MUDAR SUA ESTRUTURA DE DNA PARA SER UM SERVO -ELE APENAS POSSUI A FUNÇÃO HIERÁRQUICA E SOCIAL DE UM SERVO. Texto de Luiz Felippe Cavalcanti Enviar a mensagem por e-mail Dê a sua opinião! Partilhar no Twitter Partilhar no Facebook Flávio Josefo e a Historicidade de Ieshua Flávio Josefo (37 -100 EC) é considerado como um dos maiores historiadores judeus de sua época, e além de escrever sobre a História dos Judeus e suas guerras, também escreveu sua autobiografia, na qual se descreve como filho de Matias o sacerdote judaico, nascido em Jerusalém, instruído pela Torá e adepto do farisaísmo (JOSEFO, Flávio, História dos Judeus – p. 476 - 495). O seu testemunho é importante, pois é provavelmente o único relato sobrevivente de uma testemunha ocular da destruição de Jerusalém. FLAVIO JOSEFO E A HISTORICIDADE DE IESHUA Josefo é considerado como um revolucionário judeu que rendeu-se à supremacia romana trocando o suicídio pela lealdade a Roma. Por sua demonstração de lealdade, Vespasiano não apenas o recebeu como cidadão romano, mas o patrocinou como historiador. No seu livro Antiguidade dos Judeus, que é normalmente datado na década de 90 EC tem duas citações interessantes. A primeira faz clara referência a Iaakov (Tiago) “irmão de Ieshua chamado Mashiach” veja: E agora César, tendo ouvido sobre a morte de Festus, enviou Albinus à Judeia, como procurador. Mas o rei privou José do sumo sacerdócio, e outorgou a sucessão desta dignidade ao filho de Ananus [ou Ananias], que também se chamava Ananus. Agora as notícias dizem que este Ananus mais velho provou ser um homem afortunado; porque ele tinha cinco filhos que tinham todos atuado como sumo sacerdote de Dus, e que tinha ele mesmo tido esta dignidade por muito tempo antes, o que nunca tinha acontecido com nenhum outro dos nossos sumos sacerdotes. Mas este Ananus mais jovem, que, como já dissemos, assumiu o sumo sacerdócio, era um homem temperamental e muito insolente; ele era também da seita dos Saduceus, que são muito rígidos ao julgar ofensores, mais do que todos os outros judeus, como já tinhamos dito anteriormente; quando, portanto, Ananus supôs que tinha agora uma boa oportunidade: Festus estava morto, e Albinus estava viajando; assim ele reuniu o sinédrio dos juízes, e trouxe diante dele o irmão de Ieshua, o que era chamado Mashiach, cujo nome era Iaakov (Tiago) e alguns outros; e quando ele formalizou uma acusação contra eles como infratores da lei; ele os entregou para serem apedrejados; mas para aqueles que pareciam ser os mais equânimes entre os cidadãos, e igualmente mais precisos quanto as leis, eles não gostaram do que foi feito; eles também enviaram ao rei (Herodes Agripa II); pedindo que ele ordenasse a Ananus que não agisse assim novamente, porque isto que ele tinha feito não se justificava; alguns deles foram também ao encontro de Albinus, que estava na estrada retornando de Alexandria, e informaram a ele que era ilegal para Ananus reunir o sinédrio sem o seu consentimento. Albinus concordou com eles e escreveu iradamente a Ananus, e o ameaçou dizendo que ele seria punido pelo que havia feito; por causa disso, o rei Agripa tirou o sumo sacerdócio dele, quando ele o tinha exercido por apenas três meses, e fez Ieshua, filho de Damneus, sumo sacerdote. – (JOSEFO, Flavio, Antiguidades Judaicas) Dois fatos são interessantes nessa citação: (1) Confirma uma clara declaração da Brit Chadashá: Ieshua tinha um irmão chamado Iaakov (Gl.1.19); (2) Ele era reconhecido como Mashiach, outra afirmação clara da Brit Chadashá (Mt.16.16). A segunda declaração de Josefo a respeito de Ieshua é ainda mais explícita e é conhecida mundialmente por todos os grandes historiadores de renome como Testimonium Flavianum, de tão grande que é a sua importância na História da Humanidade, e é a seguinte: “Nesse mesmo tempo apareceu Ieshua, que era um homem sábio, se todavia devemos considera-lo simplesmente como um homem, tanto suas obras eram admiráveis. Ele ensinava os que tinham prazer em ser instruídos na verdade e foi seguido não somente por muitos judeus, mas mesmo por muitos gentios. Ele era o Mashiach. Os mais ilustres da nossa nação acusaram-no perante Pilatos e ele fê-lo crucificar. Os que o haviam amado durante a vida não o abandonaram depois da morte. Ele lhes apareceu ressuscitado e vivo no terceiro dia, como os santos profetas o tinham predito e que ele faria muitos outros milagres. É dele que os ntzarim, que vemos ainda hoje, tiraram seu nome” – (JOSEFO, Flávio, História dos Judeus – pp. 418) Apesar de a ampla maioria de evidências endossar esta versão acima do texto, essa citação tem sido criticada, por uma pequena minoria, como sendo impossível de ter sido proferida por um judeu-romano escrevendo sobre a história dos judeus. Normalmente apela-se para o fato de que o texto acima seria fruto de uma corrupção cristã tardia, porém, a ampla maioria das mais recentes de evidências textuais de variações de manuscritos do Testimonium Flavianus, endossam a versão original citada acima. O Testimonium Flavianum é um texto muito respeitado. Até o meados do século XVII, não havia nenhuma ressalva contra ele, porém, depois disso houve muita discussão se ele seria ou não uma interpolação cristã posterior. Entretanto, a descoberta de novos manuscritos mais antigos no século XX tem reforçado a credibilidade do texto. Alice Whealey, por exemplo, apresentou um manuscrito do século V que contém uma variante: Ele era tido com sendo o Mashiach (onde, nos outros manuscritos, está Ele era o Mashiach). A real dificuldade em se acreditar no texto reside na sua afirmação de que Ieshua era o Mashiach (ὁ χριστὸς οὗτος ἦν), já que Josefo era judeu e esta afirmação parece fazer de Josefo um simpatizante de Ieshua. Entretanto, após participar na rebelião contra os romanos e ver sua nação praticamente destruída talvez, apenas no momento que escrevia, ele considerava a possibilidade de Ieshua ser de fato o messias. Quando ele escreve sobre Iochanan o imersor, descreve o modo de pensar dos judeus da época sobre derrotas militares e suas causas. Veja o que Flávio Josefo diz sobre Iochanan, o imersor: Mas para alguns judeus a destruição do exército de Herodes pareceu ser vingança divina, e certamente uma justa vingança, pelo tratamento dado a Iochanan, o imersor. Porque Herodes o tinha condenado à morte, mesmo ele tendo sido um homem bom e tendo exortado os judeus a levar uma vida correta, praticar a justiça para com o próximo e a viver piamente diante de Dus, e fazendo isto se imergir.[...] Quando outros também se juntaram à multidão em torno dele, pelo fato de que eles eram agitados ao máximo pelos seus sermões, Herodes ficou alarmado. Eloqüência com tão grande efeito sobre os homens pode levar a alguma forma de sedição. Porque dava a impressão de que eles eram liderados por Iochanan em tudo que faziam. Herodes decidiu então que seria melhor atacar antes.[...] De qualquer forma Iochanan, por causa da suspeita de Herodes, foi trazido acorrentado à Machaerus, a fortaleza de que falamos antes, e lá executado, contudo o veredito dos Judeus era de que a destruição que visitou o exército de Herodes era vingança de Iochanan, que Dus achou por bem infligir este castigo à Herodes. (JOSEFO, Flavio - livro 18 do Antiguidades Judaicas) A única base de argumentação contrária a autenticidade do TESTIMONIUM FLAVIANUM, portanto, não reside nos fatos e evidências, mas EM MERO PRECONCEITO, em seu sentido mais literal: PRÉ-CONCEITO, numa inferência INDIRETA e na SUPOSIÇÃO de que Josefo não poderia ser favorável a Ieshua. O frágil argumento dos contradizentes é que o parágrafo quebra a continuidade da narrativa, mas isto pode ser explicado pelo fato de Antiguidades Judaicas ter sido escrito por numerosos escribas. Contestações baseadas em análise linguística também não se mostraram conclusivas porque muitas outras passagens de Josefo contêm características incomuns. Contudo, ainda que tal citação de Josefo possa ser tomada com algumas ressalvas, é importante lembrar que uma versão árabe do texto de Josefo no mesmo trecho, que embora tenha as partes mais criticadas ausentes, apresenta aspectos interessantes sobre o Mashiach, observe: “Nessa época havia um homem sábio chamado Ieshua. Seu comportamento era bom, e sabe-se que era uma pessoa de virtudes. Muitos dentre os judeus e de outras nações tornaram-se seus discípulos. Pilatos condenou-o à cruficicação e à morte. E aqueles que haviam sido seus discípulos não deixaram de seguí-lo. Eles relataram que ele lhes havia aparecido três dias depois da crucificação e que ele estava vivo [...] talvez ele fosse o Messias, sobre o qual os profetas relatavam maravilhas” – (GEISLER, Norman, Enciclopédia de Apologética – Vida 2002, pp.449) Nesse momento temos que fazer uma importante pergunta: “O que ganharia esse judeu traidor nacional em mencionar a figura de Ieshua?”. Considerando o fato de que era financiado por Roma, era de se esperar que sua visão pudesse ter sido comprada pelos romanos e sua história tenha cedido em alguns lugares à tentação de ser conscientemente impreciso o que o levou a ganhar a fama de mentiroso inveterado. Contudo, aos olhos de Roma, essa nova “religião” tinha claras tendências de ser facciosa ao Império em função do seu estranho conjunto de doutrinas e sua objetiva recusa de adorar ou a César ou aos deuses romanos. Com isso, era de se esperar que ele suprimisse qualquer evento, fato ou personagem que pudesse o colocar em oposição com seus patrocinadores. Portanto, é evidente que não haveria qualquer ganho para Josefo em apresentar a pessoa de Ieshua, e talvez, por essa mesma razão, é que ele tenha escrito tão pouco a seu respeito. Para concluir, vemos que ao analisar o TESTIMONIUM FLAVIANUS, nós podemos recontar precisamente a essência de todo o ensino sobre o mashiach Ieshua achado na Brit Chadashá, tal como contada pelos seus emissários, nestas poucas linhas do Testimonium Flavianum, escrito por alguém que nem era seu seguidor direto: - Ieshua foi um homem considerado sábio; - não era considerado um mero homem - de bom comportamento e virtudes; - fez muitos milagres - tinha um irmão chamado Tiago (Iaakov) - Era o Messias - teve muitos seguidores de diferentes nacionalidades; - foi crucificado por Pilatos; - morto por crucificação; - nem por isso seus discípulos o abandonaram e foram chamados de ntzarim; - Ieshua ressuscitou após três dias; - foi reconhecido como o Messias anunciado pelas escrituras hebraicas. Texto de Luiz Felippe Cavalcanti
Posted on: Fri, 25 Oct 2013 00:50:07 +0000

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