Um Ponto de Vista Sobre a Mediunidade A mediunidade é fenômeno - TopicsExpress



          

Um Ponto de Vista Sobre a Mediunidade A mediunidade é fenômeno dos mais complexos, já que sua menifestação não depende da vontade de cada um, o médium nasce com essa faculdade. Se não apromora, se não se dedica ao espiritismo, mais cedo ou mais tarde vem a sofrer em consequência desse dom. O médium é uma prece constante em favor de todos os seres. Feliz é aquele que aceita a missão determinada pelo alto. O médium não desenvolvido capta, em sua passagem pelas ruas ou nos aglomerados, pelas forças negativas, pelos kiumbas, pelos obsessores que atraídos pela força magnética do médium em potencial, se apossam de suas energias, e o perturbam de todas as formas. Perguntam os leigos, os que vão, vez por outra, a um terreiro ou a um centro kardecista: existirão médiuns inconscientes? Existem, sim. Não tão numerosos como nos apresentam. A mediunidade inconsciente é fato indiscutível e comprovado. Mas esta classe de mediunidade não é tão corriqueira como afirma a maioria. Que Deus nos ajude a compreender os nosso irmãos a fim de que não analisemos as suas afirmativas na base que vemos e sentimos nos terreiros, mas dificilmente aceitaremos essa generalização da mediunidade inconsciente. Sabemos que há convicções arraigadas quanto ao fenômeno e não é do nosso duvidar, a priori, das afirmativas de outrem. Estendemos nossos conceitos acerca da mediunidade sem a preocupação de mostrar sapiência, uma vez que nos consideramos leigos na matéria. O pouco que sabemos é produto de muita leitura, de longas observações, de estudos aos quais nos temos dedicado no afã de aprender mais e mais.. Contrariando muita gente e até amigos nossos, pessoas que muito nos merecem, somos de opinião que a inconsciência mediúnica não é tão comum como todos querem fazer crer. Que existe, não podemos duvidar, mas não em número tão elevado, chegando quase a generalização. Há três categorias de mediunidade: consciente, semi-consciente e inconsciente. O médium consciente é o mais comum. Ouve, sente o que a entidade quer transmitir à assistência em plena consciência. Há nessa categoria puro espiritismo. Não há fingimento, não há fingimento. Aproveitamdo-se dessa particularidade é possível que os mistificadores tirem partido para agir de acordo com os seus interesses. O detalhe da mistificação, contudo, não podemos prever nem provar, salvo quando o chefe é vidente e intervém na atuação maliciosa do aparelho. Semi-consciente é o médium que ouve, sente, percebe claramente o que faz, mas não tem força para reprimir, mesmo que seja algo contrário ao que sua mente deseja. Nessa categoria, o médium só fala e age de acordo com a ordem da entidade. Por mais que o médium queira, não consegue interferir com sua vontade própria. Os médiuns inconscientes agem como se estivessem adormecidos num sono profundo, do qual ao emergir, de nada se lembram. Nesse caso a entidade (guia) faz o que quer. Fala, escreve, dá passes, faz tudo, enfim, que é necessário aos trabalhos espirituais, sem a mínima interferência do aparelho. Os diretores de culto, todos os que têm a seu cargo a elevada missão de conduzir rebanhos em nossa Seara, muito lucrariam e mais produtiva seria sua tarefa se explicassem aos seus filhos e porquê da incorporação, o que é a mediunidade a fim de que houvesse melhor entendimento do culto e dos seus fenômenos metapsíquicos. Não nos parece muito acertado ficarmos adscritos apenas ao trivial, à prática singela da roda, da gira ao som dos atabaques, limitando-nos somente qo que nos é dado ver e sentir. Necessário se torna que nos aprofundemos na doutrina, não só quanto aos seus preceitos como também no que tange à evolução mesma dos fenômenos espíritas entre os quais a mediunidade ocupa lugar destacado. Mercê das provas que temos tido, da imponderável força que é o espiritismo, temos absoluta fé nos Orixás da Umbanda e admitimos tudo como certo. Cremos na incorporação espiritual, cremos na existência dos guias, das entidades representativas das falanges, cremos na vidência, aceitamos todas as facetas da mediunidade, mas devemos pôr algumas restrições quando necessário, para que sejamos sinceros com a nossa própria consciência. Outro aspecto importante do espiritismo é o que se prende à materialização. Poucos têm a felicidade de assistir sessões onde se registra fenômeno tão importante. Os que discorrem sobre a matéria de forma acadêmica, não facilitam o entendimento geral, de vez que se embrenham nos labirintos dos ectoplasma, citoplasmas, etc., o que não permite a todos uma conclusão definitiva. De nossa parte preferimos a forma simplista que se consubstancia na crença pura e simples do fenômeno. A mediunidade e outros fenômenos espíritas têm gerado controvérsias entre os mais autorizados mestres. Que nos perdoem as falhas, os equívocos que porventura estejamos cometendo ao nos intrometer em assuntos cujo mérito não nos é dado conhecer como desejávamos. FONTE: Revista Batuque. Ano I. Revista Mensal. Nº 2. Porto Alegre. 1978
Posted on: Fri, 13 Sep 2013 20:09:24 +0000

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