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Um feriado importantíssimo,Independência é tudo na vida!!!!amém!!!! Adesão do Pará à independência do Brasil completa 189 anos Neste dia 15 de agosto, um feriado estadual lembra uma importante data histórica para o Pará: Sua adesão à independência do Brasil. Até os dias de hoje, percorrendo a Cidade Velha ou o bairro da Campina, os primeiros de Belém, ainda é possível observar resquícios da colonização portuguesa na Região Amazônica e justamente esta estreita relação dos paraenses com a população lusitana foi o principal motivo para a tardia adesão da então Província do Grão-Pará à nova Nação, criada pelo grito de Dom Pedro I, às margens do Ipiranga, em 1822. Para a professora da Faculdade de História da Universidade Federal do Pará (UFPA), Magda Ricci, a adesão do Pará à independência do Brasil é o momento histórico no qual começa a ser traçada uma identidade brasileira entre o povo paraense, até então, isolado do resto do País. “É um momento especial de formação de uma identidade local. O que nasceu mais rápido foi um sentimento de pertencimento ao Pará. A adesão do Pará e a dos paraenses à causa brasileira, em 15 de agosto de 1823, foi o primeiro passo para a formação de uma identidade patriótica maior”, explica a historiadora. Províncias - A pesquisadora conta que, até 1822, o Brasil que conhecemos, hoje, era dividido em duas províncias: A do Grão Pará e Maranhão e a do Brasil. O contato das elites e as trocas comerciais e culturais locais eram realizadas, diretamente, com Portugal e havia pouco diálogo com a província irmã no sul, o que, atualmente, é chamado de Brasil. Até 1815, com a transferência da Corte Portuguesa para o Rio de Janeiro, as províncias separadas passaram a ser uma única, batizada de “Reino Unido”. Porém, com o retorno de Dom João VI para Portugal, em 1820, começou uma crise no Estado, que precisava decidir se deveria aliar-se ao Brasil ou permanecer ligado a Portugal. “O Pará foi o primeiro local a aderir à causa revolucionária portuguesa, pois significava poder político para Lisboa e o Pará poderia ter mais liberdade política e econômica. Contudo, com a declaração da independência, as cortes de Lisboa se radicalizaram e ouviam, cada vez menos, os deputados que estavam fora de Portugal”, narra Magda Ricci. A elite da cidade de Belém era ligada à nação lusitana de várias maneiras, desde a relação comercial com portugueses da cidade do Porto até a presença de militares lusitanos que eram fiéis ao antigo monarca e que pouco conheciam o jovem imperador Dom Pedro I. Para integrar o País, Dom Pedro enviou uma frota que deveria seguir até a Bahia para incentivar a adesão à causa da independência. Os militares, porém, seguiram até o extremo norte, no Pará, e, em um blefe, afirmavam que eram o primeiro de uma frota de navios que invadiria o Estado, caso os paraenses não aceitassem, pacificamente, se tornar brasileiros. Quando as elites perceberam o golpe, era tarde demais e elas já estavam politicamente obrigadas a assinar o documento de adesão. “Contudo esta tomada não mudou muita coisa na vida dos paraenses, especialmente na vida dos mais pobres e dos escravos, dos povos indígenas e dos mestiços. Deixamos de pertencer ao império português e passamos a pertencer ao império brasileiro. Havia uma expectativa de mudanças, especialmente entre os paraenses natos. Todavia nada disso ocorreu e rapidamente eclodiram revoltas. A do brigue palhaço foi a mais conhecida e trágica”, aponta a historiadora. O processo de adesão no Pará foi complexo e delicado, já que bastava assinar um documento e jurar fidelidade ao novo monarca para ser considerado brasileiro e manter seus títulos e poderes no Estado. Essa situação revoltou parte da população paraense. “Três meses após a adesão, uma revolta das tropas paraenses foi duramente reprimida. Exatos 256 paraenses que lutavam por cidadania e direitos iguais aos dos portugueses que aqui viviam foram confinados no porão do Navio São José Diligente e morreram asfixiados, sufocados ou até mesmo fuzilados. Este episódio marcou um momento de consciência política e de identidade local. Nasceu ali um forte sentimento de identidade paraense que irá explodir mais tarde em outras revoltas, como na sangrenta Cabanagem, que explodiu em 1835. Incertezas e dúvidas - “A dúvida maior era a de se descobrir como se tornar ‘brasileiro’”, explica Magda Ricci. Para alguns paraenses, ser brasileiro era aderir ao movimento liderado pelo Rio de Janeiro; para outros, era ter nascido no País. “Assim, depois da adesão de 1823, houve ainda um tempo de incertezas e dúvidas. Se a elite local estava dividida, a população mais pobre e os escravos de origem africana perceberam rapidamente que a independência não mudou suas vidas e, diante da fragilidade da elite, poderiam também fazer uma revolução mais ampla para mudar suas vidas. Tudo isso culminou em muitos levantes e mortes, que se concluíram com a sangrenta Cabanagem de 1835.” De acordo com a pesquisadora, esse processo de construir uma identidade brasileira no norte do Brasil ainda não se encerrou e permanece “até os nossos dias, quando é preciso lutar para se fazer uma identidade nacional mais ampla e formadora de uma cidadania plena”, considera. Arquivo Público guarda documentos e história do Pará - A ata de adesão, com as assinaturas dos cidadãos e os ofícios trocados entre as autoridades de Lisboa e do Rio de Janeiro com as do Pará estão guardadas no Arquivo Público. Os jornais O Paraense e o Luso- Paraense, que retratavam a época, também estão arquivados no local. Nesta quarta-feira, 15, este episódio da história paraense completa 189 anos e ainda é pouco lembrado pela população paraense. “Todos estes são periódicos muito efêmeros e pequenos em número de páginas. Contudo são peças fundamentais de divulgação de ideias e demonstram bem o clima político acirrado que existia então”, conclui Magda Ricci. Texto: Núcleo de Imprensa e Informação da Assessoria de Comunicação da UFPA Fotos: Alexandre Moraes e Reprodução 161 More Sharing Services Share on facebook Share on orkut Share on twitter Share on email Publicado em: 15.08.2012 06:00 Últimas Notícias Arco Triunfal marca os 300 anos de nascimento de Antônio Landi Inéditos de José Saramago chegam ao Brasil pela Editora da UFPA Progep apresenta instrumentos para Avaliação de Desempenho no Estágio Probatório Universidade norueguesa e UFPA discutem parceria em educação e pesquisa Capacitação para melhorar o atendimento infantil Capes divulga resultado do programa Pesquisador Visitante Especial Livro sobre arte rupestre na Amazônia será lançado na Escola de Aplicação da UFPA Conselho Universitário aprova Campus de Ananindeua Mais Visitadas UFPA divulga última repescagem de 2013 Escola Nacional de Administração Pública oferta cursos a distância para servidores EJI abre inscrições para cursos na área de informática Conselho Universitário aprova Campus de Ananindeua Inscrições abertas para o Curso de Capacitação em Libras Pesquisadores contemplados pelo Pibic devem fazer cadastro online Ministério Público Federal dá parecer favorável à adoção do Enem pela UFPA Divulgada última chamada ao Programa Ciência sem Fronteiras Copyright © 2012-2013 Universidade Federal do Pará - Rua Augusto Corrêa, 01 - Guamá
Posted on: Thu, 15 Aug 2013 15:23:38 +0000

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