Um levantamento feito entre fevereiro e abril deste ano pelo - TopicsExpress



          

Um levantamento feito entre fevereiro e abril deste ano pelo Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (Cremesp) em 71 prontos-socorros (PSs) apontou falhas na maioria das unidades avaliadas, entre elas os PSs da Santa Casa de Sorocaba e do Conjunto Hospitalar de Sorocaba (CHS). Dos nove problemas listados no estudo, o hospital público estadual teve o desempenho mal avaliado em cinco, e a Santa Casa em três. O único problema comum aos dois hospitais revelado na avaliação foi a falta de material considerado permanente crítico. O resultado foi apresentado pelo conselho em uma coletiva de imprensa realizada na última terça-feira, 4, o que gerou o lançamento de uma campanha intitulada "Prontos-socorros em agonia. Até quando?" com a finalidade de cobrar providências do Ministério da Saúde e das secretarias municipais e estaduais de saúde. As unidades que passaram por avaliação foram selecionadas de acordo com a localização, porte de atendimento ou denúncias feitas pelo Ministério Público ou profissionais da saúde e população. Problemas de lotação, classificado como "macas nos corredores", que na verdade são referentes a qualquer local que não seja equipado para atender pacientes em tratamento intensivo ou especializado, foram constatados em 41 prontos-socorros, o que equivale a 57,7% das unidades avaliadas. Entretanto, em nenhum dos hospitais de Sorocaba essa situação foi registrada. A mesma proporção dos locais avaliados também possui a equipe médica incompleta, incluindo nesta estatística o CHS. A dificuldade no encaminhamento de pacientes para outros serviços de referência está presente em 48 PSs do Estado (66,2% do total), incluindo a Santa Casa de Sorocaba. A ausência de chefia de plantão e de médico diarista é recorrente no CHS e outras 32 unidades dentre as avaliadas no Estado, o que representa 46,5% do total. Também não há triagem com classificação de risco em 23 serviços (32,4%), incluindo o Conjunto Hospitalar de Sorocaba. A falta de pelo menos um tipo de material classificado como permanente crítico em uma lista de 28 itens atinge as duas unidades da cidade avaliadas e outras 40 de todo o Estado, o que equivale a 59,2% do total. Há a existência de salas de emergência inadequadas em 20 PSs (28,2%), incluindo a Santa Casa. Já o problema com menor índice de constatação, que é a falta de uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI), também não existe em Sorocaba e atingiu apenas três unidades avaliadas (6,1%). O conselho mostra ainda que 65% dos médicos da rede pública estão insatisfeitos com o local de trabalho. O levantamento foi realizado somente em PSs com atendimento via Sistema Único de Saúde (SUS), sendo desses 30 de natureza pública municipal, 22 filantrópicas (como é o caso da Santa Casa), 16 mantidos pela rede pública estadual (entre eles o CHS) e três leitos do setor privado ou contratado. O Cremesp destaca, no entanto, que embora o estudo envolva quase 10% do total de serviços de urgência e emergência do Estado, não se trata de um levantamento com significância estatística em relação ao total de PSs de São Paulo. Justificativas Questionada sobre os problemas apontados pelo levantamento do Cremesp em relação ao Conjunto Hospitalar de Sorocaba, a Secretaria de Estado da Saúde, justificou os problemas de maneira generalizada, ou seja, no que se refere a todas as unidades em geral, e não exclusivamente sobre o CHS. De acordo com a pasta, a superlotação de alguns prontos-socorros acontece, na maioria dos casos, devido a "falta de estrutura das redes básicas de saúde de alguns municípios", pois pacientes que poderiam ter problemas simples tratados em unidades básicas não conseguem atendimento e acabam se dirigindo para hospitais estaduais, que realizam na maioria dos casos, assistência de média e alta complexidades. Sobre a falta de materiais, a secretaria estadual da saúde garantiu que não existe esse problema nos PSs da rede. Por meio de nota, a pasta declarou ainda que o problema com a falta de médicos na rede pública da saúde "é uma realidade que afeta hospitais em todo o Brasil, e não somente em São Paulo. A secretaria garante ainda que neste ano ampliou o valor pago pelos plantões de 12 horas para atrair novos profissionais. O Governo do Estado afirma também que cumpre a Emenda Constitucional 29/00, aplicando 12% de seu orçamento na área da saúde. A Santa Casa de Sorocaba também foi procurada pelo Cruzeiro do Sul para se manifestar sobre os problemas no hospital apontados pelo levantamento do Cremesp, porém, até o fechamento desta edição, não deu retorno à reportagem. O diretor administrativo de relacionamento com o cliente da Santa Casa, Newton Tomio Miyashita, disse ontem, às 19h30, que quem poderá falar sofre o assunto são o coordenador do PS da Santa Casa, Milton Palma, e o diretor clínico do hospital, Aristides Camargo, mas isso só poderá ser feito hoje. (Colaborou Carlos Araújo) (Supervisão: Adalberto Vieira) Click cruzeirodosul.inf.br/acessarmateria.jsf?id=477821
Posted on: Thu, 06 Jun 2013 17:22:00 +0000

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