Um rosto para lembrar Terça, 26 de novembro Agora, pois, vemos apenas um reflexo obscuro, como em espelho; mas, então, veremos face a face. 1 Coríntios 13:12 Minha viagem à Itália foi uma experiência memorável. Contudo, os primeiros cinco dias foram um pouco mais memoráveis do que eu gostaria. O programa era uma viagem de 12 dias para dirigir seminários. Saí de Washington, DC, às 15 horas de uma quarta-feira, e cheguei ao destino final na Itália (depois de quatro voos diferentes) na quinta-feira à tarde. Infelizmente, só consegui dormir umas duas horas no avião. Desmaiei na cama às 19h, prevendo ansiosamente uma noite de sono profundo. Acordei às 22h30, totalmente desperta e longe de cair no sono de novo. Esse padrão ocorreu por cinco noites. O estresse do meu organismo devido à falta de sono, falta de exercício, mudança de hábitos alimentares e a responsabilidade de dirigir seminários que preciavam ser traduzidos, tudo isso cobrou uma conta alta. Na noite de domingo, os níveis de cortisol estavam tão altos que passei por uma reação eczematosa. A metade do meu rosto estava vermelha, inchada e coçando. Além dos efeitos fisiológicos havia os psicológicos: eu aparentava ser 10 anos mais velha – e meu ego não estava lidando muito bem com isso. Não sinto a necessidade de aparentar 20 anos quando estou na faixa dos 40 e poucos, mas também não gosto da ideia de parecer que estou nos 50 e tantos! Depois de mais um voo, e sofrendo pela perda da minha bagagem, acomodei-me na Villa Aurora, o colégio em Florença, onde eu devia dar algumas aulas para os alunos do seminário, por vários dias. Foi lá que comecei a ficar curada. Mas a cura nem sempre é confinada ao físico. Por ocasião do desjejum, certa manhã, sentei-me com Laura, uma das alunas do seminário. Eu sei muito pouco de italiano, e ela muito pouco de inglês. Mas, ajudando uma à outra, conseguimos nos comunicar bem. A certa altura da conversa, ela olhou para mim, usou a mão para fazer um círculo diante da própria face e disse: Seu rosto transmite paz. Nesse momento, enxerguei o que era a minha vaidade. Eu me sentira ansiosa porque meu rosto parecia mais velho do que era na realidade. Mas agora percebo que, apesar de todo aquele estresse e ansiedade – possivelmente até por causa disso –, Deus pôde trabalhar para permitir que outros vissem o que realmente importa: o fruto do Seu Espírito. Essa experiência me fez entender que os momentos memoráveis para as pessoas com quem entramos em contato serão aqueles em que permitimos que Deus opere por nosso intermédio, a fim de que vejam a Sua face. E Sua face é muito mais memorável do que a minha. Bonita Joyner Shields
Posted on: Mon, 25 Nov 2013 21:57:06 +0000
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