Uma análise sobre o 2º dia de batalha do The Voice Brasil. Para - TopicsExpress



          

Uma análise sobre o 2º dia de batalha do The Voice Brasil. Para começar foi muito fraco, pois batalha só é batalha quando a luta é igual, mas tão igual que a gente nem sabe para quem torcer. Tivemos de fato uma única batalha ontem: Vivian e Cecília Militão (ex- caloura do Raul Gil). As duas possuem voz potente, recursos musicais que as permitem realizar modulações durante o canto, porém, não podemos deixar de pontuar que elas se destacam mais pelo fato de se apoiarem nos recursos de black e do gospel americano, cheios de firulas, um rasgadinho na voz e tal. O que é até louvável, pois, no conjunto da obra, todos esses recursos se casaram muito bem e tivemos um grande espetáculo. O mesmo não aconteceu na batalha Gaby X Amanda. Não por faltar recursos vocais, pois isso as duas possuem. O problema foi na escolha da música, nada mais e nada menos que uma das maiores canções da MPB: Resposta ao tempo. Esse grande hino da MPB, cantado por Nana Caymmi, privilegiou a grande voz de Gaby, e por outro lado prejudicou e muito a outra candidata, que parecia não ter voz para alcançar as notas, ou então, não teria voz suficiente para duelar no mesmo tom de Gaby, que sem dúvidas, foi muito superior a Amanda. Outra batalha justa foi de Luana Camarah e Bruna. a apresentação foi até mais ou menos, mas venceu não a melhor voz, e sim, o melhor estilo (Luana) na visão é lógico de Lulu Santos. Por falar em Lulu Santos, alguém sabe o motivo daquele choro? não pense você que pela apresentação, pois esta foi muito abaixo do que o programa já apresentou. Outro detalhe, estávamos diante de candidatos lineares, ou seja, aquilo é o máximo deles, tanto o Gustavo Trebien como André e Kadu. Eles não mostram nada de excepcional para ser a grande voz do Brasil, basta dá um pulinho na Romanos em Imperatriz, ou no antigo Mestiço ou qualquer bar de música ao vivo, que nos deparamos com vozes muito mais chamativas. O choro do Lulu não foi pela apresentação e sim pela criatura que agora contempla, ainda em vida, o criador, ou alguém tem dúvidas da carga poética da música Apenas mais uma de amor que marca gerações a cada vez que é tocada. Mas aí começou a declinar o programa, a procura pela grande voz passou por um momento de caridade, assim como nesses reality em que ganha não o melhor jogador, mas sim o coitadinho. Todos se voltaram para LULU e não para os candidatos, e no final escolheu-se o candidato um pouco mais competitivo que a dupla. Já que o assunto é DÓ, e, por favor, não confunda com a nota musical e sim com o sentimento de pena, o duelo entre duas candidatas ontem, que nem vale a pena citar o nome até porque me fugiu da memória, foi deprimente. Elas cantaram uma das melhores músicas do Legião Urbana, Quase sem Querer. É certo que eu não tinha pretensões de ouvir algo superior à versão do Rei Renato Russo, mas algo diferente, uma roupagem nova e moderna. No entanto, vi e ouvi a reencarnação de Sandy e Júnior, como se cantassem Maria chiquinha. É sério, até na postura do dueto. Resultado: estragaram a música. E ainda esqueceram que a versão mais moderna de interpretação estava ali na frente delas, creio eu que quase pedindo pra ser arrebatada do palco de tamanha vergonha, pois aos que não sabem, Quase sem querer ganhou nova vida na voz de Maria Gadú (vide DVD multishow ao vivo Maria Gadú). Ao final restaram aos técnicos elogiar a menos fraca das candidatas e dizer a outra candidata que o jeito dela intimista era até autêntico, bacana e tal, mas não a ponto de vencer a outra candidata. Como dizem aqui no Bico: agora bem aí! Cês são doidos, aquela moça precisa urgente de treinamento. Imaginem ouvi-la por duas horas de show? Nossa, é de acabar o mundão! Ela é travada mesmo, robótica, canta soletrando as palavras, tem baixa emissão de voz. Não troco o show da imperatrizense Lena Garcia por nenhum show das duas. Enfim, é um tédio. Vamos agora à batalha mais desastrada do The voice de todos os tempos: Davi X Golias, ou seja, Pedro Lima X Guto Santana. Desde a 1º etapa, o candidato chamado Guto não disse a que veio, pois para quem não se lembra, ele se emocionou (maior migué) e começou a chorar na parte mais importante da música (Rock pop), sendo que dois jurados já haviam virado pra ele, e aí ficamos sem saber se ele tinha voz para modular em um tom acima do que ele realmente canta, e se faria isso com perfeição, sem desafinar ou se apoiaria em um falsete limpo. Traduzindo, ficamos sem saber se o refrão da música de Leoni por que não eu ah ah por que não eu? realmente faria jus a este candidato. Até aí ficou a dúvida, e ontem realmente vimos, ele não canta isso tudo não. Ele tenta ser um protótipo de Dinho Ouro Preto, da Banda Capital Inicial, mas não passa disso um protótipo, e foi justamente desmascarado pelo pequeno gigante cantor de banheiro Pedro lima, que ao melhor estilo black music, foi até cortês com o candidato à banda de rock pop, pois não o massacrou com todos os recursos vocais que possui. Mas mostrou a ele com quantas notas se faz um canto. Ainda teve a batalha das ANITAS, sendo que realmente as duas são afinadas, mas prevaleceu a que tem o melhor conjunto: Jullie. Para finalizar, ressalvado uma ou outra batalha que meus caracteres se negam a comentar, tivemos ainda a batalha do exagero: Samya Nalany e Heverton Castro. Putz, essa era pra ser a batalha, pois os dois cantam muito, porém, não muito para fazer uma batida quase black de uma música de Djavan. É só observar, quando se fala ou se ouve Djavan, não há batida, não há dancinha, não há melodia que substitua o conteúdo da letra djavanlística. Ao escolherem a levada romântica Boa Noite para essa dupla, acabaram com uma bela batalha. Uma porque a moça não tem voz para cantar e envolver quem a ouve revelando pela pronúncia a força da letra que a canção traz. O rapaz por sua vez é mais performático que cantor. Resultado, venceu a performance, a firula de Heverton, ao mesmo tempo estragaram a música alheia. Diante disso, estou eu aqui de férias e em casa implorando minha esposa para irmos dia 16 (sábado) em Imperatriz ao Show de Djavan, no intuito de limpar os ouvidos e ainda levar um cartaz e mostrar para ele contendo a seguinte frase: Djavan, perdoe-os, pois, lá no The Voice Brasil, eles não sabem o que cantam. Enfim, tô de férias, e isso é bom demais, ter tempo para passear, curtir a família, ser crítico de Tv, ler todos os livros de Dan Brown, praticar esporte e aguardar o próximo pagamento do Estado.
Posted on: Fri, 15 Nov 2013 15:48:19 +0000

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