Uma história mal contada (Osmar José de Barros Ribeiro, em 02 - TopicsExpress



          

Uma história mal contada (Osmar José de Barros Ribeiro, em 02 Setembro 2013) Era uma vez a presidente de um país, grande e populoso, rico em recursos naturais, mas pessimamente servido pelos seus dirigentes políticos mais preocupados em auferir vantagens do que em melhorar as condições de vida do povo. Acontece que a referida presidente (um “poste”, no dizer do seu antecessor e padrinho eleitoral) e a cúpula do partido pelo qual fora eleita, sonhavam em instalar naquele país um regime inspirado no ditador barbudo de uma ilha caribenha, regime esse apelidado de “democracia do século XXI”. Tudo ia bem até que distúrbios exigindo melhorias nos transportes públicos, na saúde e na educação, mas voltados ao que se dizia para a derrubada de governantes eleitos nas principais cidades, assustaram a presidente e seus acólitos. Passado o primeiro momento de estupor, resolveram apresentar uma solução para o problema da saúde. E tal solução, apresentada como sendo a salvação da lavoura, era a importação de médicos cubanos. Embora sem êxito, isso bastou para que as associações que reuniam facultativos nacionais se posicionassem contra tal providência, apontando uma série de inconvenientes que seria fastidioso enumerar. Assim, logo foi aberto o voluntariado para assistência às regiões menos assistidas. Como seria de esperar, não surgiram candidatos em número suficiente e foi estabelecida a importação de médicos, mesmo sem que fossem submetidos a um exame que verificasse sua proficiência. E eles vieram em grande número, principalmente da ilha anteriormente referida sendo, após um treinamento pro forma, transportados para aquelas localidades que os haviam solicitado. Pronto! Estava resolvido o problema e a presidente garantia os votos dos que passaram a dispor de assistência médica. Acontece que se trata de uma falsificação grosseira da verdade e aproveitamento de uma dada situação para resolver, ainda que parcialmente, uma questão que se arrasta há anos: a validação no Brasil de diplomas obtidos em países estrangeiros, notadamente em Cuba onde, desde os anos 90, até 100 estudantes brasileiros são selecionados, ano após ano, para cursar a Escola Latino-Americana de Medicina (ELAM). Os requisitos básicos exigidos por Cuba aos postulantes aos quais será proporcionada uma bolsa de estudos, são: ter no máximo 25 anos no momento de iniciar o processo seletivo; ter concluído o ensino médio (ou equivalente), com obrigatoriedade das matérias de Biologia, Física e Química em todos os anos. A seleção final, à cargo do governo cubano, inclui uma entrevista com o candidato, na embaixada de Cuba, em Brasília, onde será verificado o seu fervor ideológico e o amor pela ilha. No Brasil, a escolha dos bolsistas é iniciada com uma pré-seleção feita pelos dirigentes do MST, do PT, do PC do B e congêneres, sendo exigido que o candidato tenha estudado todo o período escolar em escola pública; possua no mínimo dois anos de filiação partidária e apresente carta de recomendação de instância partidária setorial, diretório ou comissão executiva de âmbito municipal, estadual ou nacional. Como se vê tudo muito democrático, ficando a questão do mérito em segundo plano. Para aquilatar o “fervor revolucionário” dos jovens enviados a Cuba, em vídeo postado no YouTube por Dárcio Bracarense, uma jovem, indicada pelo MST, declara: “O socialismo é o futuro. Espero voltar para meu país e implantar esta semente revolucionária que estou aprendendo aqui e que está me nutrindo”. Ou seja, em última análise, a implantação da tal “semente” é mais importante que aprender medicina e ajudar o próximo. O circo vem sendo armado de há muito tempo. Após uma série de tentativas frustradas de validar os diplomas cubanos, feitas pelo PT, o planejamento estava pronto, à espera da ocasião azada e esta surgiu com as agitações de junho. Assim, é bem possível que os cubanos “avaliados” por universidades que participam do programa recebam seus diplomas e fiquem, à exemplo dos nacionais, isentos do Revalida. No entanto, embora a Justiça tenha afirmado, segundo dizem, que a batata quente está nas mãos do Congresso, não pairam dúvidas quanto ao fato de que, quanto aos cubanos, a legislação trabalhista é ferida, assim como a Constituição, haja vista que o seu pagamento será feito através uma operação triangular envolvendo o Brasil, a Organização Pan-Americana de Saúde e Cuba, cabendo a esta estabelecer o valor do numerário dos cubanos e realizar o pagamento. Mas nada disso importa no país do Macunaíma. Lamentavelmente, por razões não só ideológicas quanto eleitoreiras (o ministro da Saúde foi escalado por Lula para concorrer ao governo de S. Paulo), a soberania brasileira é varrida para debaixo do tapete. Esta, a verdadeira história de mais um vexame protagonizado pelo Partido dos Trabalhadores
Posted on: Wed, 04 Sep 2013 11:55:06 +0000

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