Uma passagem da carta aos Romanos que parece bem complicada para - TopicsExpress



          

Uma passagem da carta aos Romanos que parece bem complicada para alguns, é aquela quando se afirma a luta travada por Paulo, no combate entre a carne e o espírito. Diz assim: ”Porque não faço o bem que quero, mas o mal que não quero esse faço.” Afirmam os opositores, Paulo estava na carne quando proferiu essas coisas, porque é normal estarmos na carne, pois não é possível uma vida sem o realizar das obras carnais, e vivemos caindo de um lado para o outro constantemente. Mas não foi assim que a igreja na patrística interpretou essa passagem, com efeito: Agora se descreve o homem sob a Lei, de antes da graça, quando é vencido pelos pecados, enquanto se empenha com suas forças para viver justamente sem a ajuda da graça libertadora de Deus. Mas no livre-arbítrio ele tem com que acreditar no Libertador e receber a graça, para que, naquele que dá, ajudando-o e libertando-o, então não peque. E, assim, deixa de estar sob a Lei, mas com a Lei ou na Lei, observando-a com a caridade de Deus, o que não pudera com o temor. Paulo estava exemplificando alguém que estava sob o controle do pecado, precisando de ajuda e libertação por parte da graça de Deus. Ao dizer eu sou carnal (cf. Rm 7,14.19) como vimos acima, o Apóstolo não poderia estar a falar de si mesmo, mas sim que falava em lugar dos carnais. Mas preste bem a atenção, o que Agostinho afirma em dizer, que é de fato verdade: que é possível um cristão verdadeiramente convertido cair do estado da graça e começar a praticar as obras carnais por desatenção e negligencia. Mas que fique bem claro, Paulo não estava na carne ao escrever essas palavras: “Ora, se eu faço o que não quero, já o não faço eu, mas o pecado que habita em mim” (Rm 7,20). E prossegue o discurso para o libertador, o nosso salvador e Senhor Jesus Cristo, dizendo: Miserável homem que eu sou! Quem me livrará do corpo desta morte? (cf. Rm 7,24), e desenvolve o restante do discurso no inicio do capítulo 8 da referida carta, para termos uma reta compreensão dos fatos. Se não entendemos desse modo, fica muito difícil uma interpretação eficaz da teologia paulina sobre a carne e o espírito, podendo afirmar, como muitos afirmam, que é normal um crente ser dominado pelos desejos carnais e cair nessa prática, pois para essas pessoas, Paulo também vivia dessa forma. Na passagem que diz: “Por que , se viverdes segundo a carne, morrereis” (Rm 8,13), confirma a explicação acima, que Paulo ao afirmar que é possível um verdadeiro crente cair do estado da graça, e se deixar levar pela correnteza dos vícios, a palavra “morrereis” indica morte eterna. “Com estas palavras indica de maneira evidente o que arruína o homem, se continuar a viver segundo a carne, e o que o salva.” “Que possamos todos nós alcançar, pela graça e amor aos homens de nosso Senhor Jesus Cristo, com o qual ao Pai, na unidade do Santo Espírito, glória, poder, honra, agora e sempre, e pelos séculos dos séculos. Amém.”
Posted on: Mon, 29 Jul 2013 18:56:28 +0000

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