Uma vez, há muito tempo, em um grupo de colegas universitários, um deles disse-me o seguinte: "Você, calado, já está errado". Um pensamento dele, no tempo dele, em que amigos dele "faziam e ditavam as leis". O Tempo passou, eu segui, porém, sempre constatando que muitos "influíam" em minha formação e no meu pensamento com imposições semelhantes àquela que por ele dita. Assim, por exemplo, se eu dissesse que "o amarelo é o ouro", com certeza, apareceria alguém que logo retrucaria: "Você está, de novo, errado, o amarelo indica uma doença, tal qual se pode comprovar, tomando o exemplo da febre-amarela, que é uma terrível moléstia, que a muitos já ceifou a vida". Fatos e acontecimentos assim foram muito comuns na minha vida, até mesmo na minha formação de instrução, que muitos pretendem que seja denominada de "educação", ao meu ver, ações bem diversas que podem, à depender do interesse de quem as executa, ser opostas e antagônicas. Para bem compreender o que digo, basta-nos que tomemos o exemplo de um aprendizado, em que a obediência deve ser e será cega, nos obrigando à comportamentos e atos em que não podemos ou não precisamos "pensar a sua validade", apenas executá-los. Manipuladores ou, até, "os poderosos de força bruta", costumam utilizar-se deste tipo de ensinamento e ou determinação para, em seu lugar, eis que eles não querem assumir às consequências dos atos que seriam praticados, com o intuito da impunibilidade, ou, por simples covardia, "encaminham os seus aprendizes-comandados para a frente de batalha com a determinação de atenderem aos seus desígnios e vontades. Estes são "os titios da vida", a que me referi anteriormente. Covardes, defensores de sua própria impunidade, que manipulam e/ou ordenam aos seus afilhados, menos pensantes e subservientes à sua vontade, que praticarão os atos que à ele, a prática seria prejudicial, acarretaria em desgaste, não-lucro, ou, até, punição. Nestas minhas palavras, creio eu, estar bem explicado, o motivo de minha constante e imutável rebeldia, adquirida desde a minha juventude, em que não foi agradável recusar-me "a algumas obediências" que, no meu julgamento íntimo, não deveria dar curso ao seu cumprimento, e que, sem dúvida, terminaram por criar-me muitas e muitas impossibilidades. O Tempo passou, muitas coisas melhoraram, há muito mais democracia, porém, ainda existem muitos e muitos "titios". E o pior, ainda existem muitos, na juventude atual, que podem ser considerados "presas fáceis" nas mãos destes famintos de poder, a quem denominei de "titios". "Educar" é a solução! Nunca, simplesmente, "instruir"! Para uma reflexão, em favor da "juventude atual" e da que virá a se formar no futuro próximo e, espero eu, outras e outras. Muita Paz! Salvador-Ba, 22 de Junho de 2013. Amauri Britto
Posted on: Sat, 22 Jun 2013 15:34:40 +0000
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