Uma visita de amor As três crianças chegaram ao anoitecer. - TopicsExpress



          

Uma visita de amor As três crianças chegaram ao anoitecer. Tristes, traziam nos semblantes as dores choradas por horas. De mãos dadas, adentraram o que lhes seria, a partir de então, o novo lar. A mãe havia partido no dia anterior, no rumo do Mundo Espiritual. O Diretor da Instituição as recebeu e tentou acarinhá-las, desejoso de compensar-lhes o aconchego perdido. Porque estivessem tomadas todas as camas, ele cedeu a sua para que as três pudessem dormir, naquela noite. Ele próprio se acomodou, de forma improvisada, no mesmo quarto. Adormeceram as crianças, abraçadas, num intuito de uma a outra darem proteção. Na madrugada, algo despertou aquele homem. Abriu os olhos e percebeu um grande clarão próximo à cama dos pequenos. Tentou erguer-se mas não conseguiu. Uma forma feminina, no meio da luz intensa, lhe disse: Não se mexa. Fique aí. As crianças estão bem. E deteve-se, especialmente, ao lado do menor dos garotos. O mais desalentado daquele trio. Durante algum tempo ali permaneceu. E o Diretor, cansado, acabou por adormecer outra vez. Quando a manhã sorriu, entrando jovial pela janela, ele despertou os meninos. Enquanto auxiliava o menorzinho a se vestir, percebeu que ele estava muito quieto. Depois, em certo momento, perguntou: Senhor, minha mãe veio me visitar ontem à noite. O senhor viu? O Diretor aconchegou a si o pequeno e consentiu: Sim, meu filho. Eu vi. * * * A morte não destrói os afetos, nem os relacionamentos. Os que abandonam o corpo prosseguem, de onde se encontram, a velar pelos que permanecem na Terra. Amores profundos se perpetuam e onde quer que haja um coração dorido de saudade, o ausente amado se faz presente. Ninguém está só, no mundo, embora a pobreza dos sentidos nem sempre nos permita o registro dos amados. Contudo, quando à mente nos assoma a imagem de quem realizou a grande viagem; quando a lembrança dos amores, repentinamente, nos emociona; quando a saudade embala recordações... acreditemos: os amores estão próximos. São suas presenças que acionam nossos registros mentais e motivam esses quadros doces e acalentadores. Quando isso ocorrer com você, feche os olhos, sinta o perfume do amor beijar-lhe a face, e agradeça a Deus pela dádiva do reencontro. Depois, amenizada a saudade, enxugue o pranto, sorria e prossiga nas lutas, aguardando no tempo o reencontro definitivo, quando as sombras da morte igualmente o abraçarem. Redação do Momento Espírita, com história do cap. A visita da mãe a um órfão, do livro O estranho e o extraordinário, de Charles Berlitz, ed.Best Seller.
Posted on: Mon, 29 Jul 2013 10:27:22 +0000

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