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VALE A PENA LER. NÃO VAMOS QUERER FAZER "JUSTIÇA" E COMEÇAR A CAÇAR OS TUBARÕES. PRÁTICA QUE VEM SENDO ACEITA POR UMA GRANDE PARTE DE, PARA MIM, FALSOS BIÓLOGOS DE UM GRUPO!!!!! Por: Mônica Souza Esclarecimento Hoje fomos surpreendidos por mais um ataque de Tubarão em Boa Viagem. Incidentes deste tipo acontecem desde 1992, existem ainda relatos isolados que possuem datas anteriores. Infelizmente, acredito que casos como este não deixarão de acontecer, uma vez que existem fatores naturais e antrópicos que interferem na aproximação direta desses animais, como: a construção do Porto de Suape, o relevo submarino que possue um canal adjacente a praia e em muitos momentos chega a menos de 20 m de distância, correntes marinhas, que favorece a migração dos tubarões, soprando em sua maior parte do ano no sentido de sul pra norte, a pesca de arrasto de camarão acontecendo a menos de 1 km da praia, a poluição, matadouros clandestinos que jogam sangues e vísceras de animais nos rios que deságuam no mar e podem atrair estes animais de sentidos aguçados para áreas próximas a praia, entre outros. Todos os fatores elencados acima somados as ações para minimizar os incidentes com tubarões, foram discutidos em quatro workshops internacionais, os quais contaram com a presença dos maiores especialistas do mundo no assunto. Portanto hoje, as ações de pesquisa e educação ambiental realizadas pela Universidade Federal Rural de Pernambuco, através de seu departamento de pesca e aquicultura (UFRPE) e pelo Instituto Oceanário de Pernambuco, respectivamente, são resultantes das sugestões desses especialistas, que aboliram em vários momentos a captura e matança dos tubarões. Foi através de um dos eventos que surgiu a proposta de criação de um fórum para discutir todos os assuntos relacionados aos tubarões, desde acompanhar e registrar os incidentes provocados por este animal até avaliar os impactos de toda ordem, econômicos, sociais e ambientais. Então, em 17 de maio de 2004 através do decreto estadual nº 26.729, o Comitê Estadual de Monitoramento com Incidentes de Tubarões (CEMIT) foi criado. Por anos ele foi presidido pelo professor Fábio Hazin e atualmente é quem preside é a professora Rosângela Lessa. Um dos pontos que é importante esclarecer encontra-se relacionado à área em que os incidentes aconteceram. Nosso litoral é composto de 187 km de extensão e em aproximadamente 20 km, que vai da praia do Paiva, no município do Cabo de Santo Agostinho, até a praia de Del Chifre, no município de Olinda, ocorreram ataques, ou seja, ainda temos cerca de 167 km de áreas apropriadas para o banho de mar e até mesmo nestes trechos de risco, existe o que chamamos de medidas preventivas, que são orientações adotadas pelo CEMIT, para um banho de mar seguro. Até o presente momento as pessoas que seguiram estas normas, não sofreram qualquer tipo de ataque de tubarão. Portanto, evitem tomar o banho de mar: 1- Em áreas de mar aberto, sem a proteção dos recifes; 2- Na maré alta, principalmente nos períodos de lua cheia e lua nova; 3- Ao amanhecer e ao cair da tarde, quando os tubarões estão mais ativos; 4- Nas bocas de rios, onde há maior possibilidade da presença de tubarão cabeça-chata; 5- Em águas que ultrapassem a linha da cintura; 6- Quando a água estiver turva, principalmente nos períodos chuvosos; 7- Se estiver sozinho, pois normalmente os tubarões atacam presas solitárias; 8- Com joias ou objetos brilhantes, que podem reluzir na água como uma escama de peixe; 9- Com qualquer tipo de sangramento; 10- Se tiver ingerido bebidas alcoólicas, pois a perda da percepção pode fazer com que a pessoa seja levada por uma corrente de retorno; Por fim, obedeçam a sinalização distribuídas, em placas educativas e de risco, ao longo do trecho desse trecho de 20 km. Estas são as orientações e esclarecimentos que como bióloga e profissional da área poderia repassar.
Posted on: Tue, 23 Jul 2013 10:53:40 +0000

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