VOCÊ SABIA..que, no dia 26 de julho de 1.899, foi inaugurada, em Ribeirão Preto, a ILUMINAÇÃO PÚBLICA ÉLÉTRICA? Antes disso, havia lampiões à querosene. Nos primórdios, somente defronte às casas mais abastadas. Em 1.883, o vereador Antonio Bento Ferreira sugeriu que fossem solicitadas doações de lampiões para que fossem colocados “nos lugares mais convenientes das ruas principais”, encarregando-se a Câmara de custear o querosene. Em 1884, o melhoramento evoluiu mais um pouco. O vereador Cândido José Ferreira sugeriu que a Câmara fornecesse combustível “aos moradores das ruas do Commercio do Largo da Matriz que tivessem lampiões”. E, assim devagar, foram estendendo essa precária iluminação, para toda a rua General Osório, até a Estação da Mogiana, e para a rua Duque de Caxias. Nessa parte, a Câmara determinava o local das luminárias, adquiria uma parte dos lampiões e aceitava a doação de outros, para completar o trabalho. Em 1886, foi feita a primeira concessão dessa iluminação à lampião para Antonio Gomes de Freitas, que durou pouco. A saber, os lampiões eram da Câmara e o cidadão só os acendia e apagava, bem como cuidava da conservação. Em 1887, o concessionário já era Rufino Ricardo Teixeira, sendo que a edilidade aprovou a compra de mais lampiões, em razão da expansão da Vila. Esses últimos 21 lampiões eram belgas, iluminavam melhor e foram adquiridos pelo próprio concessionário junto ao comerciante José Bérgamo, tendo o valor sido, posteriormente, ressarcido pela edilidade. Em 1888, Rufino solicitou providências, junto à Câmara, no sentido de dar proteção aos seus funcionários, que vinham sendo agredidos por indivíduos embriagados ou mal intencionados por ocasião de apagarem os lampiões. Em 1.888, o concessionário Rufino solicitou um reajuste contratual, comprometendo-se a zelar por cada lampião belga à razão de 6$000 mensais. Os modelos mais antigos seriam conservados por 4$000 e os consertos e vidros quebrados por 24$000 réis. A Câmara, porém, não aceitou essas bases e assumiu, temporariamente, o serviço. Contudo, no início de 1889, Rufino voltou a ser contratado. Um detalhe deste novo contrato. A Câmara indicaria outros pontos a serem iluminados e os lampiões não seriam apagados às 10 horas, como vinha acontecendo e, sim, à meia-noite. O valor era de quinhentos mil réis mensais. E assim as coisas caminhavam lentamente, mesmo porque outras cidades já contavam com luz elétrica, quando, na sessão da Câmara de 18.5.1893, foi apreciada uma proposta do engenheiro Paulo Castellane, propondo-se a estabelecer a iluminação elétrica, com lâmpadas de 500 velas cada uma, e mantendo-as acesas pelo tempo de 10 horas a Rs. 600$000, cada lâmpada. Mera tentativa... Na sessão de 2.5.1896, mais duas propostas foram apresentadas. Uma do Dr. Henry Deira, de Jacarehy, e outra de José Pedro de Arruda e Arthur Lellis de Miranda, de Perdeneira ( Amparo-SP), que foram igualmente rejeitadas. Dois anos depois, na sessão de 7 de maio de 1898, apareceu uma proposta de um outro RUFINO, o Dr. Rufino Augusto de Almeida, o qual, na época, era o concessionário da iluminação elétrica de Cravinhos. A sua proposta foi aprovada pela Edilidade, tendo sido estabelecida a primeira usina elétrica no ribeirão Preto, proximidades da Estação do Barracão. Um ano depois de receber a concessão, no dia 26 de julho de 1899, Rufino realizou , no prédio da Câmara Municipal, a solenidade de inauguração, que contou com a presença do Intendente ( Prefeito) Joaquim Alfredo de Siqueira, dos vereadores Tenente-Coronel João Evangelista Guimarães, Bento Vieira de Albuquerque, Capitão Joaquim Carlos de Azevedo e Dr. Manuel Aureliano de Gusmão e muitas outras pessoas de famílias da cidade e visitantes. Além do empresário, que apresentou o melhoramento público, fizeram uso da palavra, os vereadores Bento Vieira de Albuquerque e Dr. Manoel Aureliano de Gusmão, em nome da Câmara Municipal; o Dr. Tamborim, pelo povo, e o jornalista Francisco Sacramento, representando o jornal “Diário da Manhã”. Finalmente, FIAT LUX!
Posted on: Fri, 26 Jul 2013 11:43:15 +0000
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