Vamos lá deixar de bater no ceguinho, aqui o sportinguista por herança paterna, crente num futuro melhor, sai em defesa de Jorge Jesus, não antes de esclarecer que o trabalho da PSP não está aqui em causa e que ninguém deve sair impune num caso de obstrução a justiça, concordando em parte com a teoria de Jorge Gabriel. Ainda assim, compreende-se a atitude irreflectida do técnico da Luz, quando, numa comemoração, foi em defesa apaixonada de um adepto, podendo mesmo considerar-se um crime passional, porque todos sabemos que o Sport Lisboa e Benfica é festivaleiro é dado a festa, a comemorações, recordemos na Madeira após vitória com o Marítimo. Jorge Jesus sentiu a dor do adepto, pois também ele, num passado recente, foi vítima de agressões num relvado, explora-se aqui a situação de stress pós-traumático, os ingredientes estavam lá todos, relvado, Cardozo, Vitória de Guimarães. A nação benfiquista é uma grande família, Jesus foi em socorro de um familiar, quem não o faria, família é assim mesmo, sentimos as dores dos que nos são próximos, e aqui podemos estar a falar, ao sentir a dor, de legítima defesa. Por último, Jorge Jesus, perdeu a pastilha no meio dos confrontos, uma perda irreparável, e aqui a questão é simples, a perda da pastilha abrirá a porta para um pedido de indemnização por parte do treinador? Sabendo que seria um amuleto, será plausível o acrescento de danos morais? Uma certeza prevalece, qualquer outro cidadão no lugar de Jorge Jesus, teria direito a uma visita guiada a prisão vimaranense, pelo menos por uma noite, mas Jesus só há um.
Posted on: Mon, 23 Sep 2013 16:51:16 +0000