Vasculhando meu material da tese do Dr., eis que topo com um - TopicsExpress



          

Vasculhando meu material da tese do Dr., eis que topo com um discurso de José Genoíno proferido no plenário da Câmara em 08/04/98. Em particularidade no conteúdo abordado, não há nada de excepcional nele. A não ser a demonstração da média de como eram os discursos e atuação de Genoíno naquele período. A média de Genoíno era ser um político acima da média do restante de seus colegas, esta eivada de política miúda do tipo toma lá, dá cá, enquanto o dep. Genoíno traçava avaliações sobre o futuro do país e do pluralismo político-social do povo e das instituições. Nele contém um trecho de enfrentamento feito ao Jair Bolsonaro (desde aquele tempo no exercício do papel de [anti]político do Congresso). Pode-se colher alguns significados do enfrentamento. Os explícitos correspondem à divergência entre Genoíno e Bolsonaro no que tange aos regimes políticos defendidos por ambos -- Genoíno pelo lado da democracia; Bolsonaro pela ditadura militar. Implicitamente, interpreta-se dessa contenda uma divergência carnal entre projetos de sociedade: Genoíno defensor da diversidade e da cidadania, Bolsonaro semeando a intolerância o descrédito no regime de expansão de direitos. Por sermos uma sociedade plural, diz no discurso, deve-se ter em conta que a situação política do país não pode ser reduzida a maniqueísmos ou a julgamentos preconceituosos. Eessa mensagem é atualíssima. [rs] ---------------------- SR. JOSÉ GENOÍNO (PT - SP. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, Sras e Srs. Deputados, preliminarmente quero manifestar - me de maneira crítica e apresentar meus protestos diante das declarações do orador que me antecedeu, Deputado Jair Bolsonaro, tanto sobre o Secretário José Gregori quanto sobre os companheiros e companheiras da Esquerda que morreram à época do regime militar. Não podemos aceitar esses adjetivos, Sr. Presidente; tampouco os atribuímos aos militares que combateram do outro lado. O conhecimento que o povo brasileiro tem deter da História não pode ser maniqueísta nem marcado por preconceitos ou revanchismo. Tem de ser democrático e pluralista. Por isso, não aceitamos os termos usados pelo Deputado Jair Bolsonaro ao se referir a essas companheiras e companheiros. A própria questão dos direitos humanos é urna conquista, uma bandeira universal da humanidade. Temos divergências, mas queremos explicitá-Ias. Encarar o problema pela visão da guerra, pela visão do tudo ou nada, pela visão do bem ou do mal, não é o caminho mais correto para construirmos uma relação positiva e democrática com as instituições do Estado brasileiro, principal e particularmente com as Forças Armadas. Temos de construir relações maduras, democráticas e profissionais, em que possamos levar em conta não apenas a política do retrovisor, mas também a política do pára-brisas, isto é, olhando para o futuro. Portanto, temos de examinar de maneira crítica os acontecimentos que marcam nossa História, para que esta e as futuras gerações tenham uma visão crítica, plural, polêmica dos importantes fatos históricos do nosso País. Não estamos aqui fazendo julgamentos. Quem conhece a História sabe que não é correto fazer julgamentos preconceituosos e maniqueístas, nem um lado nem do outro.
Posted on: Tue, 19 Nov 2013 21:19:38 +0000

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