Vejam a situação em que o INCa se encontra. Demissões de - TopicsExpress



          

Vejam a situação em que o INCa se encontra. Demissões de funcionários da Fundação Ary Frauzino antes das admissões e treinamentos dos concursados, que também não suprem o defcit de funcionários (médicos, enfermeiros e técnicos). Fila da radioterapia no estado do Rio é de três meses (Jornal EXTRA de hoje). José de Freitas é ajudado pela filha, Aline Ribeiro, ao deixar o Inca: o idoso tem câncer no lado esquerdo do rosto Foto: Rafael Moraes / Extra Flávia Junqueira Tamanho do texto A A A Com uma ferida no lado esquerdo do rosto, José de Freitas, de 75 anos, foi levado à Clínica da Família de Sepetiba, em julho. Lá, o médico diagnosticou o câncer e encaminhou o paciente ao Instituto Nacional de Câncer (Inca), por meio do sistema de regulação. A primeira consulta só foi marcada para 13 de setembro. Nesses dois meses de espera, a doença avançou. Para piorar, ele ainda terá que aguardar até o próximo dia 23 para realizar uma tomografia e, após o resultado, poder iniciar a radioterapia. Serão mais de três meses de espera, confirmando um levantamento realizado pelo Tribunal de Contas da União, que chama a atenção para a demora de três meses, em média, para se iniciar a radioterapia no estado do Rio. — A tomografia estava agendada para o dia 9, mas adiaram para o dia 23. Temos consulta marcada no dia 18, e o exame não estará pronto. A doença está avançando rapidamente e está dando bicho na ferida — conta, angustiada, a filha de seu José, Rita Ribeiro de Freitas, de 35 anos. De acordo com o defensor público da União, Daniel Macedo, a longa fila para se iniciar a radioterapia se deve à falta de profissionais no Inca, o que impossibilita o pleno funcionamento do setor, e à paralisação de outros serviços, como os dos hospitais dos Servidores e Mario Kroeff. O reflexo do déficit de funcionários foi verificado por Macedo em vistoria realizada, na última segunda-feira, na unidade do Inca na Praça Cruz Vermelha: — A direção do Inca informou que precisou fechar dez leitos de UTI e oito das 21 salas cirúrgicas. Na radioterapia, faltam 33 técnicos para que o serviço funcione em plena capacidade. O tempo médio de espera é de 45 dias. Mas, no estado do Rio, a espera tem sido, em média, de três meses. Cássia Castro mostra o cartão de agendamento do pai: sessões de radioterapia desmarcadas Foto: Rafael Moraes / Extra Situação pode piorar Uma decisão do Ministério Público do Trabalho promete deixar a situação ainda pior para quem precisa de tratamento contra o câncer. — O Inca terá que romper o contrato com a Fundação do Câncer e demitir seus 633 funcionários até 31 de dezembro. Trata-se de uma mão de obra especializada, treinada com investimento público. Um concurso para repor esse pessoal foi aprovado, mas não se sabe ainda quando acontecerá — diz o defensor Daniel Macedo. — Vou entrar com uma ação para pedir a contratação temporária e emergencial de técnicos de radioterapia. Isso não vai resolver o problema, apenas amenizar por um determinado tempo. Para o diretor do Inca, Luiz Antonio Santini, o déficit crônico de pessoal, que se arrasta desde 2006, não será resolvido com o concurso que foi aprovado: — O Ministério do Planejamento autorizou 583 vagas, para repor os funcionários da fundação que terão que sair. Mas, hoje, mesmo com a força de trabalho da fundação, tenho um déficit de 900 profissionais. Nossa proposta é que os funcionários da fundação só sejam demitidos depois que os concursados tomarem posse e que um novo concurso permitir a contratação de mais profissionais. O Inca atende cerca de 400 pessoas ao dia na radioterapia Foto: Rafael Moraes / Extra No Inca, 450 esperam pelo tratamento Cerca de 450 pacientes estão na fila para iniciar a terapia no Inca, e os casos mais graves têm prioridade. O instituto atende 21% de toda a demanda de radioterapia do estado do Rio e 38% da demanda da capital fluminense. Quatro das seis máquinas funcionam em três turnos. Duas, apenas em dois turnos, por conta da falta de técnicos de radioterapia. — São dois turnos a menos por dia e cerca de cem pacientes ao dia que deixamos de atender — afirma Santini. Para minimizar a falta de técnicos de radioterapia, o Inca contratou, por meio de bolsa institucional, nove técnicos. — É uma medida temporária. Não vai resolver, mas nos ajudou a reduzir o tempo de espera, que já foi maior do que os 45 dias atuais. A sobrecarga provoca ainda a quebra dos equipamentos, levando ao adiamento de sessões de radioterapia de alguns pacientes. Foi o que aconteceu três vezes com o pai de Cássia Castro, de 36 anos. — Meu pai está com 81 anos e trata de um câncer no assoalho da língua, no Inca. A funcionária da radioterapia desmarcou três sessões dele porque uma máquina quebrou. Santini afirma que, apesar da manutenção em dia, pode acontecer de uma máquina quebrar, em função da sobrecarga no setor. Macedo afirma ser favorável à realização de concurso público, mas disse que vai entrar com uma ação civil pública pedindo a prorrogação do contrato com a Fundação do Câncer até a entrada dos concursados. O Ministério Público Federal também expediu recomendação para que o Ministério da Saúde adote todas as medidas administrativas para que a radioterapia do Inca funcione na sua capacidade máxima. Leia mais: extra.globo/noticias/rio/fila-da-radioterapia-no-estado-do-rio-de-tres-meses-10233845.html#ixzz2giA3QwZn
Posted on: Fri, 04 Oct 2013 01:17:59 +0000

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