Verso 09 - Fazer o Necessário e não o Supérfluo (Versão - TopicsExpress



          

Verso 09 - Fazer o Necessário e não o Supérfluo (Versão Original) "Uma vez acabada a obra, retira-te! tal é a lei do céu" Lao Tsé tao É melhor não encher totalmente um vaso do que tentar carregá-lo se estiver cheio. Só se pode encher um vaso até a borda nem uma gota a mais. Quando afiamos demasiadamente uma faca, seu gume não se conservara. Quando o ouro e o jade enchem um salão, seus donos não poderão manter a segu-rança. Não se pode acumular outro e pedras preciosas, sem ter lugar seguro para guardá-los. Quando a riqueza e as honrarias conduzem à arrogância, de certo o mal vira logo a seguir. Quem é rico é estimado mas não conhece a sua limitação, atrai a sua desgraça. Quando fizermos o trabalho e o nosso nome começar a celebrizar-se a sabedoria consiste em recolhermo-nos à obscuridade, assim que a tarefa terminar. Este é o Caminho do céu. ... Tao Te King. Nossa Interpretação para Mestres e Discípulos O Mestre deve ser como a água, em silêncio adaptar-se às limitações do discípulo, descer ao nível da compreensão de cada um e orientá-lo. O Mestre jamais deve achar que nada mais tem a aprender, não deve ser como um jarro cheio onde não cabe sequer mais uma gota. O mestre deve entender que o homem-ego não pode fazer mais que o homem-Eu. Amplia a capacidade da sabedoria pela liberação do EU. O Mestre não deve exigir que o discípulo torne-se mais aguçado do que lhe permite o seu próprio grau. O Mestre não satura o discípulo com sua especialidade, pois tem que deixar lugar para que outros ensinamentos possam ser acrescidos. Se o vaso for preenchido até a borda, nem uma gota a mais caberá nele. O Mestre não deve exibir toda sua sabedoria para não despertar a cobiça e atrair a sua própria desgraça. É errado o Mestre cobrar agradecimentos, elogios e recompensas. Deve contentar-se unicamente com o bom trabalho desenvolvido pelos seus discípulos. O verdadeiro Mestre deve recusar todo e qualquer mérito faustoso que lhe queiram atribuir. A fama não lhe deve dizer respeito. O esquecimento em nada o perturba. Ante vicissitudes o Mestre prossegue em frente ou contorna de uma maneira equilibrada todas as dificuldades orientando-se pelo seu bom senso e sabedoria e nunca por estar à espera de fama ou honrarias. Mostrar toda sabedoria é mostrar um tesouro e expor-se a sanha dos ladrões. Quando a fama se acercar do Mestre ele deve humildemente se recolher à obscuridade deixando que a sua obra receba os elogios mas não a sua pessoa. O Mestre é aquele que se retira e vive na obscuridade. O refugio na obscuridade não significa, abandono da atividade e sim o desapego a resultados. O Mestre que se deixa levar pelo brilho ilusório das recompensas, muitas vezes acreditar ter discípulos quando na verdade se vê cercado apenas de bajuladores, enquanto o Mestre humilde atrai os que têm olhos para enxergar e ouvidos para escutar e assim tem discípulos. O discípulo deve ver no Mestre uma mina de onde com esforço pode recolher as preciosidades, mas não vê-lo como uma caia de jóias da qual tente se apossar. O Mestre dá a jóia mas cabe ao discípulo a lapidá-la.
Posted on: Fri, 28 Jun 2013 03:54:05 +0000

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