Via Marcelo Castañeda Venho postando sobre um conluio que está unido desde (bem) antes do dia 7 de setembro com o objetivo de, depois que a terra tremeu em junho, pacificar o Rio com vistas a garantir uma boa foto nos mega-eventos. Compõem este conluio os governos (Paes/Cabral/Dilma-Lula), suas bancadas majoritárias nos legislativos, parte considerável do judiciário (principalmente o MP), empresários e a mídia oligopólica. Agem juntos e de forma coordenada para pacificar, calar, reprimir. Por outro lado, a prefeitura continua suas remoções arbitrárias, Paes e Cabral não abrem diálogo nem negociam com os professores e profissionais da educação nas duas redes, o debate sobre a mobilidade urbana foi varrido pra debaixo do tapete (e temos uma CPIzza que está embargada pela parte do judiciário que não se presta a estar no conluio), a saúde pública está um caos. Mas o projeto das UPPs pacificando Zona Sul e grande Tijuca (chegando agora ao Lins) continua. As tensões estão aí para quem quiser ver e sentir além da tinta e manchetes dos jornais. O conluio parece não querer ceder em nada: governos não querem dialogar nem ser transparentes; suas bancadas aprovam decretos, os empresários não querem abrir mão de seus lucros (e alguns dão calote no BNDES, como Eike) e a mídia parece imprimir e editar seus jornais direto da delegacia ou do batalhão. A continuar desta forma, a tendência não é pacificar, mas continuar as tensões, tendo em vista que, do lado de quem tece as lutas, não há mais como recuar.
Posted on: Fri, 18 Oct 2013 15:06:33 +0000
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