Via Rute Faria texto de Breno Costa. Eu sei e entendo perfeitamente como o rival se sente. O rival sabe que é diferente de nós e que a única coisa que o torna relevante são os seus tão queridos títulos. Não fossem eles, talvez seriam hoje um time sem relevância nacional. Porém, o que nos torna relevante é algo diferente, algo maior. Deve doer na alma do nosso amigo rival ver que o Galo é o time da moda, que só se fala de Galo e da sua torcida. Deve doer de sangrar, de se revirar na cama ao ver o Galo, um time sem títulos de expressão, atrair torcedores de todo o Brasil para a frente da TV (exceto os do Grêmio, por causa do R10). Como deve ser sofrido ver o jogador melhor do mundo por duas vezes vestir nossa camisa 10. Fico imaginando nosso rival ligar a TV domingo pela manhã e ver uma matéria de mais de 15 minutos do Esporte Espetacular com nosso craque. Imagina esse sujeito trocando de canal e ver Galo, Galo, Galo... Se até eu estou enjoando de ver o Galo na TV, imagina nosso rival? Secar é natural, assim como secamos a final da Libertadores de 2009. O que não é natural é essa angústia, essa necessidade de auto-afirmação que vemos hoje. A ansiedade é tão grande que nem esperaram OS segundos Jogos para comprarem camisas do Newell`s Old Boys e do Olímpia. Sabemos que quando há tanta necessidade de auto-afirmação é porquê algo de errado se passa com o sujeito. Freud pode explicar. Quem está consciente das suas virtudes não se auto-afirma o tempo todo. Eu tenho a cabeça completamente tranquila. Se vier um resultado negativo na quarta-feira, continuarei com a certeza que escolhi o time certo e que serei Galo até o fim, com ou sem título. Por fim, continuarei sem discutir futebol com meu rival, porque falamos de ciosas diferentes: enquanto ele é torcedor, eu sou atleticano. Não falamos sobre as mesmas coisas.
Posted on: Fri, 19 Jul 2013 16:35:33 +0000
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