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Vistoria em hospitais revela velhas queixas Velhos problemas do sistema de saúde pública voltam a ser constatados no Estado. Conselho Regional de Medicina de Pernambuco (Cremepe) e Sindicato dos Médicos de Pernambuco (Simepe) percorreram cinco unidades do Recife para avaliar estrutura e atendimento. O resultado confirmou queixas antigas de médicos e pacientes: falta de profissionais, superlotação e problemas estruturais. A fiscalização foi realizada na segunda-feira à noite na Policlínica Doutor Amaury Coutinho, em Campina do Barreto, na Unidade Mista Professor Barros Lima, Casa Amarela, no Pronto-Socorro Cardiológico de Pernambuco (Procape), Santo Amaro, no Hospital Agamenon Magalhães, Tamarineira, e no Hospital da Restauração, Derby. “Demos atenção especial às urgências e condições de trabalho e acomodação dos profissionais e encontramos problemas em todas as unidades”, explicou o presidente do Simepe, Silvio Rodrigues. “Há déficit de profissionais e de investimento. Os médicos não têm condições de trabalho adequadas e quem sofre com isso é a população.” As conclusões serão apresentadas ao Ministério Público de Pernambuco e à Secretaria de Saúde, para que os órgãos tentem encontrar uma solução. As vistorias vão continuar. “Até o fim do ano, todas as emergências serão fiscalizadas”, garantiu Rodrigues. Na Amaury Coutinho, maior parte dos problemas está na estrutura física. Paredes têm mofo e infiltração, o banheiro da recepção não tem luz e a sala de descanso dos médicos é pequena. Pacientes sofrem com exames demorados e médicos insuficientes. Na Barros Lima, há pouco espaço entre os leitos, o que tira a privacidade dos pacientes. Além disso, não há sala de recuperação para gestantes e só dois neonatologistas atendiam os 70 leitos da maternidade. A falta de médicos também atinge o Agamenon Magalhães, que só tinha um anestesista de plantão. Pacientes ficam em salas com lixo no chão e banheiros sem água. No Procape, a dor de cabeça é a superlotação. Com 33 leitos, a urgência tinha 89 pacientes internados. Eles se apertam em leitos improvisados e cadeiras nos corredores do setor. Já no Hospital da Restauração, a emergência está em reforma e os pacientes se aglomeram em enfermarias. Muitos ficam sem equipamentos médicos e remédios. Na sala vermelha, por exemplo, havia oito entubados que deveriam estar na UTI. Para completar, acompanhantes dormem no chão. A Secretaria Estadual de Saúde e a Universidade de Pernambuco, responsável pelo Procape, reconhecem a superlotação do Agamenon e do hospital universitário. Alegam que a demanda é grande, mas todos são atendidos. Já a Secretaria de Saúde do Recife diz que está reformando a Barros Lima e vai construir uma UPA na Campina do Barreto. A assessoria do HR não respondeu as denúncias. De acordo com o Simepe, os problemas do Hospital das Clínicas são ainda maiores. “Laudo do Departamento de Engenharia da UFPE diz que o hospital foi construido em área de mangue e as bolsas de sucção, para evitar a absorção de água, estão sem funcionar.” O Simepe vai pedir ao Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (Crea) que vistorie a unidade.
Posted on: Fri, 22 Nov 2013 22:12:57 +0000

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