Você concorda com o que essa foto tenta enfiar na sua cabeça? - TopicsExpress



          

Você concorda com o que essa foto tenta enfiar na sua cabeça? Pois então... Eu pensei só um pouquinho, antes de engolir todo o conceito. Sem entender o que significava, já fui contra a desmilitarização da PM, mas fui procurar mais informações e mudei totalmente a minha opinião. Sou absolutamente contra - isso sim! - o desarmamento compulsório da população, mas não contra a desmilitarização da Polícia Militar. Desmilitarizá-la NÃO significa desarmá-la, enfraquecê-la, como irresponsavelmente a foto quer fazer parecer, mas unificar as duas, civil e militar, em uma só, aos moldes das polícias de todos os países do mundo, que fazem ao mesmo tempo a investigação e o policiamento. Se dá certo em países como Inglaterra, EUA, França, Alemanha e outros, por que não daria aqui? Todos os outros sistemas estão errados e apenas o nosso seria o certo? Quer polícia mais ofensiva que a inglesa, ou a de NY? Isso me faz lembrar daquela piada da mãe que assiste à parada militar (tudo a ver, concorda? Hahaha!) e mostra o filho, aquele lindo, maravilhoso e que é o único com o passo certo... Os argumentos de duas pessoas, com conhecimento de causa para opinar, vieram cimentar essa minha pesquisa: Heitor Camargo de Oliveira Junior, Agente de Polícia Federal: Só no Brasil existe esta infeliz separação entre Polícia de patrulhamento e Polícia de investigação. Acredite, no médio prazo, a unificação das Polícias vai criar uma Polícia mais forte. Independente dos argumentos dos comunas, a desmilitarização da PM dará FORÇA à Polícia. Ciclo Completo Policial é o melhor caminho. Cláudio Alencar, Delegado de Polícia Federal, fez Direito na UERJ e é ex-aluno do Colégio Militar do Rio de janeiro: O fato de desmilitarizar não corresponde à desordem, são mantidos os uniformes ostensivos, disciplina e hierarquia, mas, eleva-se o então policial militar a um policial não-militarizado, restabelecendo sua cidadania plena, esta prejudicada pelo regime disciplinar da caserna. Pode-se perguntar: a militarização não seria imprescindível para o adestramento de uma tropa policial? Não necessariamente, há tropas de operações especiais policiais, as quais não são militares, contudo, estas são dotadas de elevado padrão moral-técnico-operacional no Brasil e no mundo. Apesar da aparente semelhança entre policiais e militares, subsiste diferenças cruciais, pois veja: se um policial não for dotado de sua cidadania plena, este será sujeito a imposições ideológicas indispensáveis no teatro de operações de guerra, concepções estas dotadas da missão de eliminar o inimigo, mas estas são impraticáveis no ambiente de mandato policial. Onde por mais que seja perigoso o meliante, o ordenamento jurídico pátrio jamais irá qualificá-lo como o inimigo. Ao observarmos os trabalhos das tropas de missões de paz da ONU, percebemos, com mais clareza, as missões que se complementam entre militares e policiais. Assim sendo, em um primeiro momento, as tropas militares ocupam o território utilizando o nível de força letal imprescindível para neutralizar as forças antagônicas àquele Estado-nação, o qual se vê socorrido pela intervenção da ONU. Uma vez sufocadas estas forças e restabelecido o domínio territorial, as tropas militares se retiram e dão continuidade na missão de se implementar o Estado de Direito, mediante o restabelecimento da Lei e da ordem democrática, as tropas policiais não-militarizadas. Por esta e por outras razões técnico-policial é que a PEC-51 é, efetivamente, a primeira e única ação política nos últimos 200 anos que poderá promover uma substancial melhoria da atuação das forças policiais do Brasil. Gostei. Trocando em miúdos: a missão do militar é diversa da missão do policial. O militar, o das Forças Armadas, subordinado ao Ministério da Defesa, é preparado para a GUERRA e obviamente, visa a neutralização e morte do inimigo, em defesa da Nação, de sua soberania e de sua população. Essa é sua missão. Já o policial, subordinado ao Ministério da Justiça, tem a missão de manter a ordem e proteger o cidadão, que jamais deveria ser encarado como inimigo, visto que é o seu objeto de proteção. O teatro de operações não é um campo de batalha, mas o meio urbano, em seu funcionamento cotidiano. Deter o suspeito de crime, investigá-lo e levar à Justiça para a aplicação das leis: precisa ser militar para exercer a função? No meu - recente - entendimento, NÃO.
Posted on: Sun, 20 Oct 2013 17:28:56 +0000

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