Yes, we can, maybe one day. Eu fico pensando no dia em que a Bahia - TopicsExpress



          

Yes, we can, maybe one day. Eu fico pensando no dia em que a Bahia elegerá um governador negro, ops, afrodescendente, quiçá em Salvador um dia teremos um prefeito preto ou pardo. Sim, é assim mesmo que o IBGE informa, na Bahia 73% da população é composta de pretos e pardos, sendo 13% e 60% respectivamente. Ora, se nem mesmo na Bahia conseguimos eleger um negro como governador ou prefeito de sua capital é difícil imaginar que um dia o Brasil cuja população conta com mais de 50% de pretos e pardos eleja um presidente pardo como seria classificado por aqui o Sr. Barack Hussein Obama. Vale lembrar que afrodescendentes nos EUA representam menos de 20% da população, como pode Brasil? Fato importante em termos comparativos, Obama é filho de um queniano e de uma americana, o pai economista e a mãe antropóloga, dois acadêmicos que por obviedade devem ter incutido na mente de seu hoje ilustre filho a importância de uma boa formação. Em plagas tupiniquins em geral o negro que chega a algum lugar é devido a esforço pessoal motivado pela vontade de subir na vida, é estudar muito e ainda imberbe ter um emprego para ajudar em casa uma vez que naturalmente é filho de pais humildes com pouca escolaridade. Cito um exemplo magistral que é o Ministro do STF Joaquim Barbosa que chegou lá sem precisar de cota alguma. Angustio-me na dúvida se o povo negro brasileiro votaria nele para Presidente da República, eu votaria e faria campanha, mesmo sendo contrário a algumas posições dele no STF. Fazer comparações entre Brasil e EUA é muito complicado, faz-se necessário estudos que nem mesmo é minha preocupação e muito menos tenho competência para tanto, como o caso dos negros americanos, mesmo os bem sucedidos que geralmente constituem família com pessoas de sua etnia, os poucos que fogem desse paradigma acabam tendo restrições até no convívio familiar, devemos lembrar que é assim ainda hoje e fatalmente é um reflexo do violento apartheid que existiu por lá até o início da década de 1960, Rosa Parks e Ruby Bridges que o digam. Aqui no Brasil o homem negro tem por desiderato o casamento com uma mulher branca, não consegue enxergar na negra brasileira uma mulher linda como é a primeira-dama americana Michelle Obama. Por aqui não tivemos o apartheid que teve lá, mas temos algo pior, um racismo taciturno que parece se perpetuar e nefandamente consegue contaminar o próprio afrodescendente brasileiro, quer seja negro, preto, pardo, mulato, cafuzo, marrom ou sei lá. Não, não me esqueci dos jogadores de futebol e nem dos pagodeiros com suas loiras e popozudas interesseiras, mas como dizia a piada sobre o admirável Pelé, a maioria deixou de ser negro há muito tempo e eu não tenho nada com isso.
Posted on: Thu, 29 Aug 2013 20:38:10 +0000

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